quinta-feira, 30 de junho de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1620 Os peregrinos assinam o Pacto de Mayflower

“Nenhum bispo, nenhum rei”, proclamou o rei Tiago I, para dizer aos puritanos que tinham um rei e que certamente teriam os bispos da igreja. 



Entretanto, ele não contava com a fé persistente daqueles purificadores da igreja. 

Alguns queriam permanecer na igreja, mas nem todos sentiam que a reforma aconteceria sob o reinado desse rei hostil. 

Esse grupo — o dos separatistas — se afastou das congregações anglicanas e, por fim, do próprio rei também.

O governo aprisionou e ameaçou muitos separatistas, em resposta à sua

rejeição à Igreja Anglicana. Mesmo quando o governo não os pressionava, grupos se reuniam para atrapalhar as reuniões separatistas.

Robert Browne levou alguns separatistas para a Holanda, país que tolerava dissidentes. 

Contudo, eram estrangeiros naquela terra. 

O pluralismo holandês não ajudou na construção de sua comunidade, e muitos temiam que seus filhos se tornassem por demais seculares.

Uma inquietação crescente fez com que se voltassem para o Novo Mundo. 

Talvez ali pudessem construir uma igreja pura, não contaminada pelas falhas da Igreja da Inglaterra. 

Em uma terra sem governo estabelecido, poderiam criar um que refletisse as ideias calvinistas. 

Mesmo as dificuldades da nova terra não seriam capazes de detê-los em sua busca pela liberdade.

O líder separatista John Robinson disse o seguinte: “Eles sabiam que eram peregrinos”. 

Já que a Holanda não fora sua terra prometida, talvez a América pudesse ser. 

Embarcando em um navio chamado Mayflower, 102 separatistas ingleses que haviam voltado por um breve período para a Inglaterra rumaram para o porto de Plymouth.

Embora seu plano inicial fosse ir para a Virgínia, uma tempestade os tirou do curso, fazendo com que aportassem em Massachusetts. 

Um peregrino descreveu a nova terra como “uma vastidão horrenda e desolada”.

Muito mais do que a desolação da terra na qual chegaram, os peregrinos temiam a anarquia e a impetuosidade da natureza humana. A carta que lhes concedia autoridade para aportar na Virgínia não tinha poder naquele lugar. 

Eles precisavam criar um governo sobre o qual pudessem estabelecer o Reino de Deus.

Reunidos ainda no navio, 41 homens assinaram o Pacto de Mayflower. 
Nesse pacto, concordavam em que assumiriam a nova colônia para a glória de Deus e para a propagação do cristianismo. 

Eles se dispuseram a criar leis que fossem boas para o público em geral, insistindo na solidariedade do grupo e na renúncia dos interesses pessoais.

O Pacto dizia, com efeito, que as pessoas precisavam governar a si mesmas. 

Naturalmente, William Bradford e os outros pais peregrinos que assinaram o pacto acreditavam que não exerceriam o governo separados de Deus — o governador de todas as coisas —, mas também não estabeleceram o governo de um rei humano.

Tiago ι ficara chocado com sua recusa quanto ao governo dos bispos e passaria a ter ainda menos simpatia pelos que negassem esse governo. 

Porém, ele já tinha problemas suficientes para resolver e não precisava se importar com um pequeno grupo de pessoas que não tinham nem governo nem licença e que viviam do outro lado do oceano.

terça-feira, 28 de junho de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1611 Publicação da Versão do Rei Tiago da Bíblia


“Ao supremo e poderoso Príncipe Tiago pela graça de Deus…”: o príncipe era o filho de Maria da Escócia, e a fonte dessa citação é a dedicatória presente na Bíblia que foi traduzida sob sua direção.


Depois de a rainha Elisabete, a governante da Inglaterra, morrer sem deixar descendentes, Tiago VI da Escócia também se tornou Tiago I, rei da Inglaterra. 

Diante de sua ascensão, os calvinistas esperavam que sua formação presbiteriana fizesse com que ele se voltasse a favor daquele grupo, pois a Igreja da Inglaterra ainda passava por um período de ajustamento. 

Embora essa igreja já tivesse se livrado de muitas coisas do catolicismo, que as igrejas reformadas tanto rejeitavam, ela não era tão protestante quanto as igrejas européias de confissão luterana e calvinista. 

Alguns anglicanos com fortes inclinações reformistas não abandonaram a igreja oficial, mas queriam “purificar” a igreja — e essa é a origem de seu nome: puritanos.

Tiago tinha opiniões bastante fortes quanto à realeza: acreditava que tinha o “direito divino” de governar, como também considerava a hierarquia anglicana, com o título de “Defensor da Fé” que o monarca recebia, muito atraentes para ele. Desdenhava do presbiterianismo, pois encorajava uma independência que não se encaixava com o direito divino de governar que o rei possuía.

Mesmo antes de Tiago chegar a Londres, os puritanos lhe entregaram a Petição dos mil, supostamente endossada por mil homens. 

Nela, pediam mudanças moderadas na Igreja da Inglaterra. 

Tiago não tinha intenção de ceder às pressões puritanas, mas, pelo fato de eles serem muito numerosos, não podia simplesmente ignorá-los. 

Assim, em janeiro de 1604, uma conferência de bispos e de puritanos se reuniu em Hampton Court. 

De modo geral, a reunião na qual Tiago ameaçou “expulsá-los para fora da terra” foi um fracasso para os puritanos. 

Sua única vitória foi o fato de receberem de Tiago a aprovação para uma nova tradução da Bíblia.

O rei se considerava uma espécie de erudito e pode ter achado que o trabalho valesse a pena, mas ele também queria se afastar da Bíblia de Genebra — uma versão popular, publicada em 1560, de inclinação claramente calvinista. 

A Bíblia dos Bispos, uma versão de 1568, cujo objetivo era substituir a Bíblia de Genebra, recebera aceitação para uso na igreja, mas as pessoas comuns nunca a consideraram como sua Bíblia. 
É óbvio que uma tradução que apoiasse o direito dos reis e que recebesse a aceitação como uma Bíblia de leitura pública beneficiaria Tiago.

Ele indicou 54 estudiosos, dividindo-os em grupos de sete ou oito, que poderiam trabalhar individualmente ou em grupo. 

A criação da nova versão bíblica poderia se basear tanto nos textos originais quanto nas traduções mais antigas, por exemplo, a Bíblia de Tyndale, que teve grande impacto sobre esse trabalho.

A tradução prosseguiu de 1607 até 1611. 

Embora não seja possível provar que a Autorize Version [Versão Autorizada], ou, como é mais conhecida, a Versão do Rei Tiago, recebeu o reconhecimento oficial do próprio rei, ela, com o tempo, realmente substituiu a Bíblia de Genebra. 

Foi uma produção bastante erudita, uma tradução precisa, que foi utilizada por muitos séculos.

Para muitas pessoas de língua inglesa, ela ainda é a Bíblia.

DIGA NÃO AO ABORTO!!

TEXTO BASE Êxodo 23: 26

TEMA: ABORTO: DOIS PONTOS DECISIVOS!!

INTRODUÇÃO 

"Não haverá mulher que aborte, nem estéril na tua terra; o número dos teus dias cumprirei".

"A expulsão dum embrião ou dum feto antes de poder viver sozinho". 



Decisiva é o feminino de decisivo. O mesmo que: categórica, corajosa, definitiva, peremptória, resolutiva. 

Significado de decisivo. Crucial; capaz de decidir, ...


A LEGISLAÇÃO SOBRE O ASSUNTO!

O artigo 128 do Código Penal brasileiro (que é de 1940) permite o aborto quando há risco de vida para a mãe, e quando a gravidez resulta de estupro. Porém, apenas sete hospitais nos pais faziam o aborto legal. 

Esse ano, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara dos Deputados, aprovou a obrigatoriedade do SUS (Sistema Único de Saúde) realizar o aborto nos termos da lei. 

O projeto, porém, permite ao médico (não ao hospital) recusar-se a fazer o aborto, por razões de consciência – um reconhecimento de que o assunto é polêmico e que envolve mais que procedimentos médicos e mecânicos. 

Por exemplo, o ministro da Saúde, Carlos Albuquerque, disse ser contrário à lei e comparou aborto a um assassinato. 

Além disto, médicos podem ter uma resistência natural, pela própria formação deles (obrigação de lutar pela vida). "O juiz que autoriza o aborto é co-autor do crime. 

Isso fere o direito à vida", disse o desembargador José Geraldo Fonseca, do Tribunal de Justiça de São Paulo, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo (22/09/97). 

Segundo ele, o artigo 128 do Código Penal não autoriza o aborto nesses casos, mas apenas não prevê pena para quem o pratica. 

No momento, existem projetos de ampliar a lei, garantindo o aborto também no caso de malformação do feto, com pouca possibilidade de vida após o parto.


O QUE A BÍBLIA ENSINA SOBRE O ABORTO!

O assunto é particularmente agudo para os cristãos comprometidos com a Palavra de Deus. 

É verdade que não há um preceito legal na Bíblia proibindo diretamente o aborto, como "Não abortarás". Mas a razão é clara. 

Era tão inconcebível que uma mulher israelita desejasse um aborto que não havia necessidade de proibi-lo explicitamente na lei de Moisés. Crianças eram consideradas como um presente ou herança de Deus (Gn 33.5; Sl 113.9; 127.3). 

Era Deus quem abria a madre e permitia a gravidez (Gn 29.33; 30.22; 1 Sm. 1.19-20). 

Não ter filhos era considerado uma maldição, já que o nome de família do marido não poderia ser perpetuado (Dt 25.6; Rt 4.5). 

O aborto era algo tão contrário à mentalidade israelita que bastava um mandamento genérico, "Não matarás" (Êx 20.13). Mas os tempos mudaram. 

A sociedade ocidental moderna vê filhos como empecilho à concretização do sonho de realização pessoal do casal, da mulher em especial, de ter uma boa posição financeira, de aproveitar a vida, de ter lazer, e de trabalhar. 

A Igreja, entretanto, deve guiar-se pela Palavra de Deus, e não pela ética da sociedade onde está inserida.

A humanidade do feto

Há dois pontos cruciais em torno dos quais gira as questões éticas e morais relacionadas com o aborto provocado. O primeiro é quanto à humanidade do feto. 

Esse ponto tem a ver com a resposta à pergunta: quando é que, no processo de concepção, gestação e nascimento, o embrião se torna um ser humano, uma pessoa, adquirindo assim o direito à vida? Muitos que são a favor do aborto argumentam que o embrião (e depois o feto), só se torna um ser humano depois de determinado período de gestação, antes do qual abortar não seria assassinato. 

Por exemplo, o aborto é permitido na Inglaterra até 7 meses de gestação. 

Outros são mais radicais. 

Em 1973 a Suprema Corte dos Estados Unidos passou uma lei permitindo o aborto, argumentando que uma criança não nascida não é uma pessoa no sentido pleno do termo, e, portanto, não tem direito constitucional à vida, liberdade e propriedades. 

Entretanto, muitos biólogos, geneticistas e médicos concordam que a vida biológica inicia-se desde a concepção. 
As Escrituras confirmam este conceito ensinando que Deus considera sagrada vida de crianças não nascidas. 

Veja, por exemplo, Êx 4.11; 21.21-25; Jó 10.8-12; Sl 139.13-16; Jr. 1.5; Mt 1.18; e Lc 1.39-44. 

Apesar de algumas dessas passagens terem pontos de difícil interpretação, não é difícil de ver que a Bíblia ensina que o corpo, a vida e as faculdades morais do homem se originam simultaneamente na concepção.

Os Pais da Igreja, que vieram logo após os apóstolos, reconheceram esta verdade, como aparece claramente nos escritos de Tertuliano, Jerônimo, Agostinho, Clemente de Alexandria e outros. 

No Império Romano pagão, o aborto era praticado livremente, mas os cristãos se posicionaram contra a prática. 
Em 314 o concílio de Ancira (moderna Ankara) decretou que deveriam ser excluídos da ceia do Senhor durante 10 anos todos os que procurassem provocar o aborto ou fizesse drogas para provocá-lo. 

Anteriormente, o sínodo de Elvira (305-306) havia excluído até a morte os que praticassem tais coisas. 

Assim, a evidência biológica e bíblica é que crianças não nascidas são seres humanos, são pessoas, e que matá-las é assassinato.


A SANTIDADE DA VIDA!

O segundo ponto tem a ver com a santidade da vida. 

Ainda que as crianças fossem reconhecidas como seres humanos, como pessoas, antes de nascer, ainda assim, suas vidas estariam ameaçadas pelo aborto. 

Vivemos em uma sociedade que perdeu o conceito da santidade da vida. 

O conceito bíblico de que o homem é uma criatura especial, feita à imagem de Deus, diferente de todas as demais formas de vida, e que possui uma alma imortal, tem sido substituído pelo conceito humanista do evolucionismo, que vê o homem simplesmente como uma espécie a mais, o Homo sapiens, sem nada que realmente o faça distinto das demais espécies. A vida humana perdeu seu valor. 

O direito para continuar existindo não é mais determinado pelo alto valor que se dava ao homem por ser feito à imagem de Deus, mas por fatores financeiros, sociológicos e de conveniência pessoal, geralmente, utilitarista e egoísta. 

Em São Paulo, por exemplo, um médico declarou "Faço aborto com o mesmo respeito com que faço uma cesárea. 

É um procedimento tão ético como uma cauterização". E perguntado se faria aborto em sua filha, respondeu: "Faria, se ela considerasse a gravidez inoportuna por algum motivo. 

Eu mesmo já fiz sete abortos de namoradas minhas que não podiam sustentar a gravidez" (A Folha de São Paulo, 29 de agosto de 1997).


Conclusão

Esses pontos devem ser encarados por todos os cristãos. 

Evidentemente, existem situações complexas e difíceis, como no caso da gravidez de risco e do estupro. 

Meu ponto é que as soluções sempre devem ser a favor da vida. C. 

Everett Koop, ex-cirurgião geral dos Estados Unidos, escreveu: "Nos meus 36 anos de cirurgia pediátrica, nunca vi um caso em que o aborto fosse a única saída para que a mãe sobrevivesse". 

Sua prática nestes casos raros era provocar o nascimento prematuro da criança e dar todas as condições para sua sobrevivência. 

Ao mesmo tempo, é preciso que a Igreja se compadeça e auxilie os cristãos que se veem diante deste terrível dilema. 

Condenação não irá substituir orientação, apoio e acompanhamento. 

A dor, a revolta e o sofrimento de quem foi estuprada não se resolverá matando o ser humano concebido em seu ventre. 

Por outro lado, a Igreja não pode simplesmente abandonar à sua sorte as estupradas grávidas que resolvem ter a criança. É preciso apoio, acompanhamento e orientação.

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado

domingo, 26 de junho de 2022

PERDÃO, A ASSEPSIA DA ALMA!!!


TEXTO BASE MT 18: 22

INTRODUÇÃO

“Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” Mateus 18: 22.

Mateus 6:14-Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós.

Efésios 4:32-Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.


O perdão é a faxina da mente.

O perdão cura e liberta, transforma e restaura. Estende a mão para quem o feriu e abraça quem o repudiou.

O perdão vence o mal com o bem, pois é maior do que o ódio.

O perdão não é fácil, mas é necessário. Não podemos ter uma vida saudável sem o exercício do perdão.

Não podemos ter uma vida espiritual vitoriosa sem a prática do perdão.

Quem não perdoa não pode orar, adorar, ofertar nem mesmo ser perdoado.

Quem não perdoa é escravo da mágoa.

Quem não perdoa vive num cárcere privado.

A Bíblia nos ensina a perdoar incondicionalmente. Devemos perdoar como Deus em Cristo nos perdoou.

O perdão zera a conta e não cobra mais a dívida.

Perdoar é lembrar sem sentir dor.

O perdão corre na direção do outro, não para lançar em seu rosto a falha, mas para lhe oferecer a reconciliação.

O perdão constrói pontes onde a mágoa cavou abismos.

O perdão estreita relacionamentos onde o ressentimento provocou afastamento.

O perdão é a expressão da graça e o triunfo do amor.

Suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. Colossenses 3:13

E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.2 Crônicas 7:14

Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão. Lucas 6:37Oremos

Deus, estou cansado de sofrer com minhas emoções machucadas. Sinto-me sozinho, não consigo sair desta caverna fria. Acho que vou sucumbir. Socorre-me e ensina-me a perdoar. Em Cristo Jesus, amém.

Tags: Andam, Bíblico, Caminho, Cristo, Cruz, Deus, Escrituras, Evangelho, Glória, Jesus, Palavra, Pastor, Porta, Poucos, Salvação, Salvador, Satanás, Verdade, Vida

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado



OS CÀRCERES DA ALMA!!


TEXTO BASE SL 142: 7

INTRODUÇÃO

TEMA:OS CÀRCERES DA ALMA!!

"Tira a minha alma da prisão, para que louve o teu nome; os justos me rodearão, pois me fizeste bem".



O livro de I Samuel 24 nos relata uma terrível experiência que Davi enfrentou antes de tornar-se rei em Israel.

Samuel já o havia ungido como rei, mas, ele estava aguardando o tempo do cumprimento da promessa em sua vida.

Saul fica sabendo que Davi seria rei em seu lugar e começa a persegui-lo a fim de matá-lo. 

Davi então foge e se esconde dentro de uma caverna e para sua surpresa quem é que entra na caverna logo depois? Seu arquiinimigo Saul.

Ao invés de matá-lo, Davi poupa a vida de Saul e o deixa ir.

Tempos depois, Davi sofre outra ferrenha perseguição e se vê completamente cercado por seus inimigos.

A partir desta experiência de profunda dor emocional Davi compõe este salmo comparando a enorme pressão da perseguição com o um enclausuramento forçado em uma caverna.

Fazendo a leitura deste salmo para os nossos dias gostaria meditar com os amados neste tema “Os cárceres da alma”. 

O que são estes cárceres? por que ficamos encarcerados? e como sair destes cárceres?

O cárcere da alma é uma situação traumática que não sai de sua mente. Aconteça o que acontecer está lá.

Passam-se dias, meses e anos e aquilo não sai da sua mente.

Você sente que este sentimento está corroendo sua alma. Talvez a coisa tenha sido tão profunda que tenha gerado até mesmo uma depressão ou outros tipos de distúrbios de ordem emocional.

Há muitas situações terríveis que passamos durante a nossa vida que nos marcam e vivemos aprisionados, refém de sentimentos e ressentimentos que nos afligem.


Quero meditar sobre alguns destes cárceres que nos aprisionam:

1° Primeiro cárcere é o da culpa – quando fazemos algo que não deveríamos ter feito. 

Davi poderia ter escolhido ter matado a Saul quando ele entrou na caverna, mas ele não fez. Muitas de nossas culpas são por decisões erradas que tomamos, por esta razão é muito bom pensar e orar bastante antes de tomar uma importante decisão, para não vir depois este sentimento.

Lembro-me de uma mulher que me procurou para aconselhamento quando estava ministrando em uma igreja em outro estado.

Ela era uma jovem casada, com filhos, e aparentemente tudo estava bem em seu casamento. 

Ela conheceu um homem e se deixou levar pela paixão, acabou se entregando para ele. 

Depois do ocorrido ela viu a grande besteira que tinha feito e como aquilo estava doendo em sua alma.

Muitas pessoas ficam aprisionadas no cárcere da culpa e se escondem em suas cavernas. Este cárcere consome todas as nossas energias.

Aquela mulher viveu meses carregando aquela culpa, até que ela veio conversar comigo e eu disse que ela teria que conversar com o seu marido se quisesse livrar-se daquela culpa.
Não existe libertação sem confissão.

Se ela não confessasse teria que carregar aquela situação o resto da vida.

Óbvio, havia o risco do marido não aceitá-la mais, mas, este é o risco que o perdão exige, a confissão.

Se você algum dia fez algo que te levou para o cárcere, então você está aprisionado a esta situação.
Você precisa confessar para ser liberto deste sentimento.

“Confessai as vossas culpas uns aos outros para serdes curados”.


2.Segundo cárcere é o da mágoa – quando alguém fez algo conosco que nos feriu. 

O oposto da culpa é a mágoa. Se por um lado alguém fere, por outro alguém foi ferido.

É preciso tratar dos dois lados, tanto do agressor quanto do agredido, por que no final os dois estão doentes.

A mágoa corrói todo o nosso ser e nos aprisiona em um cárcere poderoso. Ficamos presos em uma caverna com alguém que nos feriu e queremos nos vingar.

Davi estava sendo perseguido por Saul, e era óbvio que o que ele queria era ser aceito por Saul.

Por esta razão ele tenta agradar a Saul de todas as formas, mas, o que recebe é perseguição e ofensa.

No filme "Trezentos" o personagem Efialtes ofereceu-se para lutar junto com o 300 de Esparta, mas, foi recusado devido a sua deficiência física que dificultaria manobras militares.

 A sua mágoa o consumiu de tal forma que ele aliou-se ao exército inimigo.

Aquela foi a sua maior derrota. A magoa pode consumir uma pessoa tonardo-a insensível e cruel.

Lembro-me de uma situação que um pastor amigo nosso nos contou: ele era membro de uma igreja e o seu pastor o perseguiu durante anos, e então um belo dia cansado saiu da igreja e foi para outra.

Ele carregou aquela dor durante anos, até que assumiu um ministério.

Afinal, o que o membro da igreja mais quer é ser amado por seu pastor.

Então, após se passar dez anos, ele chama aquele pastor para pregar em sua igreja e declara publicamente o seu perdão. Ele ficou livre daquela mágoa que carregava.

O melhor remédio para a mágoa não é a vingança e sim o perdão.

Pessoas que se vingam podem até sentir certa satisfação inicial, mas nunca ficarão curados.


3.Terceiro cárcere é o do medo – quando algo nos amedronta tanto a ponto de nos impedir de continuar. 

O medo é algo natural, uma defesa que nos avisa quando estamos em perigo.

Entretanto há situação que enfrentamos que geram traumas e aprisionam a nossa alma e este cárcere nos impede de prosseguirmos e nos realizarmos.

Juizes 6 fala de um período enquanto os midianitas estavam aterrorizando o povo hebreu. 

Eles cavam literalmente covas para se esconderem com medo de serem saqueados.

O medo faz com que nos escondamos. Deus então levanta a Gideão como líder da nação para restaurar a confiança.

Talvez alguma experiência traumática tenha te encarcerado em uma caverna e hoje você tem medo de enfrentar uma determinada situação.

Creia que o nosso Deus é maior do que qualquer problema e pode te ajudar a vencer este medo.


4.Quarto cárcere da decepção e frustração – Quando queríamos muito que algo acontecesse e não aconteceu. 

Davi quando recebe a unção de Samuel que seria rei deve ter imaginado muitas coisas, talvez que Saul iria treiná-lo, e que ele fosse ficar feliz com sua unção.

Afinal, Davi considerava Saul como um pai. Para sua surpresa e frustração Saul começa a persegui-lo e criar situações para matá-lo.

Perseguição é uma rotina na vida de quem quer andar na presença de Deus. 

Quem quiser vencer em Cristo enfrentará persequição: seja no ministério, seja no trabalho, ou em qualquer outro grupo social.

Quem quer vencer tem que romper com o sentimento da frustração.

A frustração ocorre quando esperamos muito uma postura ou tratamento de alguém e isto não acontece, e em pior das hipóteses, além de não acontecer ainda se suscita uma perseguição.

Tantas pessoas passam por isto. Eu também passei por isto algumas vezes, e o sentimento é terrível.

Mas você tem uma escolha: perdoar e continuar sua jornada com um coração puro, ou permitir que este sentimento entranhe o mais profundo de sua alma e te corromper.

Garanto que se isto acontecer contigo, daqui a pouco você é quem estará frustrando os outros.

Livre-se deste cárcere, não vale a pena carregar sentimento de frustração. Perdoe a pessoa que te decepcionou e continue crescendo e prosperando em Cristo Jesus.


Conclusão

Como fazer para nos libertar do cárcere da alma?

O que Davi faz é pedir ao Senhor: “Tira a minha alma do cárcere para que eu dê graças ao teu nome”.

Davi sabia que a situação que ele estava enfrentando e que seus inimigos eram mais poderosos do que ele, então ele reconhece que precisa de ajuda e que precisa de alguém para retirá-lo do cárcere.

Davi era um adorador e como tal ele sabe que não tem ninguém melhor do que Deus para livrar sua alma do cárcere emocional que estava enfrentando.

Seja qual for o cárcere que você esteja enfrentando: culpa, mágoa, medo, frustração, decepção ou qualquer outro sentimento do gênero, se você quiser, Deus pode libertá-lo e te dar uma nova vida.

João 8.xx diz que “Se o filho vos libertares, verdadeiramente sereis livres”.

Jesus pode libertar você deste cárcere que tem aprisionado sua alma.

Vamos fazer algo.

Vamos voltar à situação em que você está preso.

Vamos entrar juntos na caverna onde sua alma está aprisionada.

Agora, vamos fazer como Davi, vamos pedir ao Senhor para te tirar de lá.

Agora, pela fé, sinta a mão forte do Senhor abrindo este cárcere e te dizendo pode sair filho amado.

Seja livre, pois o meu filho Jesus já pagou o preço pela sua libertação.

Tags: Andam, Bíblico, Caminho, Cristo, Cruz, Deus, Escrituras, Evangelho, Glória, Jesus, Palavra, Pastor, Porta, Poucos, Salvação, Salvador, Satanás, Verdade, Vida

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado


Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1608-1609 John Smyth batiza os primeiros batistas


Na primeira década do século XVII, dois grupos fugiram para a Holanda, com a finalidade de escapar da perseguição anglicana. 

Um desses grupos se transformou nos peregrinos. 


O grupo formou o movimento dos batistas.

Era uma época incerta para os cristãos na Inglaterra. 

A rainha Elisabete estabilizara a Reforma anglicana, assumindo uma posição moderada. 

Ela determinou que a Igreja Anglicana seria quase católica. 

A rainha já evitara as sangrentas guerras civis que assolaram o restante da Europa, mas sua decisão perturbou muitos dos protestantes mais radicais. 

Algumas dessas pessoas tentaram “purificar” a igreja, permanecendo dentro dela (os puritanos), mas outros decidiram se separar da igreja oficial (os separatistas). 

Mais ainda, era muito perigoso promover reuniões religiosas que não estivessem vinculadas à igreja oficial.

Quando Tiago I assumiu o trono, em 1603, ninguém sabia exatamente o que esperar. 

Os puritanos e os separatistas gostaram do fato de esse monarca ter crescido na Escócia presbiteriana. 

Isso poderia fazer com que ele pendesse para o lado desses grupos. 

Os católicos gostaram do fato de sua mãe, Maria da Escócia, ter sido uma católica fervorosa. 

Como os fatos provaram, Tiago era anglicano convicto e tornou as coisas ainda mais difíceis para os que estavam se separando da igreja oficial.

John Smyth, ex-aluno de Cambridge, era pregador e orador da Igreja Anglicana na virada do século XVII. 

Parece que ele se tornou interessado na busca pela verdade religiosa somente por volta dos trinta anos de idade. 

Perto do ano de 1606, ele deu o audacioso passo de iniciar uma igreja separatista em Gainsborough, Lincolnshire. 

A audácia de Smyth pode ter inspirado outros. 

Vários outros grupos separatistas surgiram naquela área, incluindo um em Scrooby na casa de William Brewster.

Quando a oposição das autoridades se intensificou em demasia, a congregação de Smyth fugiu para Amsterdã. 

Isso provavelmente aconteceu em 1608. (O grupo de Scrooby fugiu para Leyden e, mais tarde, enviou parte de sua filiação para a América.) 

Em Amsterdã, a igreja de Smyth alugou um salão de reuniões que pertencia a um menonita. 

Por meio de seu contato com os Menon itas de Amsterdã, Smyth começou a alterar sua maneira de pensar.

Os menonitas receberam essa designação por causa de Menno Simons,

ex-padre que desenvolveu uma grande comunidade anabatista na Holanda. 

Os anabatistas eram os radicais da Reforma, opositores das igrejas oficiais de qualquer tipo e que insistiam no batismo apenas de crentes.

Smyth ficou convencido de que o batismo infantil não era ensinado pelas Escrituras, assim como também não era algo muito lógico. 

Desse modo, acabou por convencer cerca de quarenta membros de sua congregação, que foram rebatizados por Smyth, que também se rebatizou com eles.

Você pode considerar esse acontecimento o marco inicial da Igreja Batista. 

Porém, faltou pouco para que as coisas não acontecessem dessa maneira. 

O nascimento da Igreja Batista exigiu o início de outra tradição batista: a divisão da igreja. 

Em 1610, duvidando da legitimidade do batismo independente que conduzira, Smyth procurou mesclar sua congregação com a Igreja Menonita. 

Cerca de dez membros da igreja se opuseram a essa fusão. 

Eles reclamaram a respeito disso com Smyth e pediram aos menonitas que não aceitassem esse grupo. 

(Os menonitas conseguiram postergar sua decisão e esperaram até 1615 para admitir os novos membros, três anos depois de Smyth morrer de tuberculose.)

Enquanto isso, liderado por Thomas Helwys, o grupo dissidente voltou para sua terra natal. 

Ali, perto de Londres, estabeleceram a primeira Igreja Batista da Inglaterra. 

Helwys, aristocrata rural que estudava Direito, tornou-se grande defensor da liberdade religiosa, publicando um livro intitulado Uma breve declaração do mistério da iniqüidade. 

Ele ousou enviar uma cópia autografada ao rei Tiago com a seguinte inscrição: “O rei é um homem mortal e não é Deus; portanto, não tem poder sobre a alma imortal de seus súditos, de modo a fazer leis e ordenanças para eles e estabelecer senhores espirituais sobre eles”.

Helwys foi preso e jogado na prisão de Newgate. Nunca mais se soube coisa alguma sobre ele.

O movimento batista, no entanto, cresceu. 

Essas igrejas se tornaram conhecidas por batistas gerais, devido à sua visão da expiação. 

Smyth trouxera a teologia arminiana dos menonitas, sustentando que Cristo morreu por toda a humanidade, e não apenas pelos eleitos. 

O grupo conhecido como batistas particulares surgiu de maneira independente entre 1638 e 1640. Eram puritanos que adotaram o batismo de crentes, mas retinham sua teologia calvinista. 

Eles também praticavam o batismo por imersão, que os batistas gerais logo passaram a realizar. 

Até aquele momento, os seguidores de Smyth praticavam o batismo por as-persão. 

Em 1644, havia na Inglaterra 47 congregações de batistas gerais e sete de batistas particulares.

Desde o início, as duas principais ênfases batistas eram evidentes: o batismo de crentes e a independência do Estado (convicção que compartilhavam com os anabatistas). 

Isso continuou ao longo dos séculos. 

Essa independência trouxe perseguição, divisão, mas também grandes feitos individuais.

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1572 O massacre do Dia de São Bartolomeu

Havia esperança de que a paz fosse alcançada em Paris, em 18 de agosto de 1572. 

O casamento real iria unir duas facções rivais na França. Henrique de Navarra vinha de uma família protestante íntegra. 


Ele estava se casando com Margarida de Valões, irmã do jovem rei Carlos IX e filha de Catarina de Mediei, católica. 

Os nobres protestantes e católicos que estavam lu tando uns contra os outros havia dez anos apresentaram-se para esse acontecimento glorioso.

O calvinismo chegou à França em 1555. 

A igreja protestante francesa foi oficialmente estabelecida em 1559, contando com 72 congregações no sínodo de Paris. 

Missionários de Estrasburgo e outras cidades calvinistas anuíam para lá. 

Em um curto espaço de tempo, havia 2 mil igrejas e cerca de 400 mil frequentadores. Os protestantes franceses ficaram conhecidos como huguenotes.

A luta se iniciou em 1562, com um massacre dos huguenotes em Vassy. 
Os protestantes desenvolveram sua liderança militar e se defenderam em três “guerras de religião” distintas. 

A movimentação entre essas duas facções tinha toda a complexidade de um jogo de xadrez. 

A rainha, Catarina de Mediei, buscara consolidar seu poder sobre o trono de seu filho, levando, por meio de artimanhas, seus rivais a se posicionarem uns contra os outros.

Uma mistura de rivalidades nos aspectos nacional, dinástico, religioso e político alimentou ainda mais as diferenças. 

De que maneira a França poderia se relacionar com nações como a Espanha, os Países Baixos e a Inglaterra? 

No aspecto dinástico, a rainha se aliara aos de Guisa, para opor-se aos de Bourbon. 

Política e religião pareciam se fundir, pois os nobres huguenotes apresentavam tendência de ser mais republicanos, antimonarquistas e antipapistas.

Ao mesmo tempo em que Catarina elaborava esse intricado casamento, também planejava o assassinato de Gaspar de Coligny, o líder hu-guenote. 

Coligny era um herói de guerra francês, muito popular, que se tornara protestante. 

Recentemente, alcançara a atenção do rei adolescente. Particularmente, ele propusera que a França apoiasse os Países Baixos na luta contra a Espanha, estratégia à qual Catarina se opunha grandemente. 

Em 22 de agosto, a tentativa de assassinato fracassou totalmente. Um plano desonesto como aquele, às vésperas de um casamento, ameaçava causar um terrível embaraço à família real. 

Diz-se que o rei fez o seguinte comentário: “Já que você vai assassinar Coligny, por que não mata todos os huguenotes da França, de modo que não fique um sequer para me odiar?”.

Foi quase isso o que aconteceu. Em pânico, Catarina ordenou o massacre dos líderes protestantes em Paris. 

O alerta soou às quatro da manhã do dia 24 de agosto de 1572, o dia de São Bartolomeu. 

Coligny foi assassinado em seu quarto. 

Claude Marcel, um oficial da cidade, reuniu grupos de pessoas (incluindo alguns assassinos de aluguel extrangeiros) para percorrer as ruas da cidade caçando outros líderes huguenotes. 

Não foi difícil encontrá-los. 

De modo geral, os huguenotes eram prósperos comerciantes da cidade e donos de lojas. 

De uma hora para outra, o ressentimento das classes mais humildes foi atiçado contra esses cidadãos de classe média. 

Um horrendo massacre teve início em nome da pureza religiosa.

Corpos foram empilhados às centenas. Muitos foram jogados no rio Sena. 

A barbaridade era aterrorizante: um livreiro foi queimado, com seus sete filhos, em uma fogueira feita com seus livros. Nem mesmo os bebês foram poupados desse banho de sangue.

A loucura se espalhou pelas províncias nos dias e nas semanas que se seguiram. 

Catarina tentou diminuir a violência em Paris fazendo com que Carlos assinasse uma declaração dizendo que o assassinato de Coligny e dos outros huguenotes não era um golpe contra a fé protestante, mas simplesmente o abafamento de uma conspiração. 

Isso pode ter acalmado os parisienses já fartos de sangue, mas, nos outros lugares da França, o terror apenas começava. 

A despeito das ordens reais aos governadores das províncias, aprovando a “proteção” para os huguenotes, as multidões continuavam ensandecidas.

Em Lião, por exemplo, os huguenotes foram reunidos em um mosteiro, para sua “proteção”. 

Quando o lugar ficou lotado, eles foram transferidos para uma prisão. 

A multidão católica, porém, conseguiu invadir a prisão e terminou por matar todos eles. 

Em todos os lugares, os huguenotes estavam sendo estorquidos e eram forçados a pagar enormes resgates por sua vida, mas, com freqüência, eram assassinados de qualquer maneira.

Estima-se que a quantidade de mortes chegou a 100 mil, embora o número mais provável esteja entre 30 e 40 mil. 

Mesmo assim, o massacre não extinguiu a chama huguenote na França. Outras cinco guerras civis foram travadas entre os protestantes franceses e os católicos nos anos que se seguiram.

Pouco depois da última dessas guerras, em 1589, Henrique de Navarra — o noivo protestante do casamento — tornou-se rei. 

Anteriormente, ele já abdicara de suas convicções protestantes por conveniência política, e fez isso novamente quando se tornou rei. 
Em 1598, tentou aplacar os huguenotes com o Edito de Nantes, concedendo razoável liberdade religiosa, pelo menos nos redutos huguenotes. 

Fsso, no entanto, também limitou as incursões protestantes nos territórios católicos.

Os huguenotes tiveram um breve período de prosperidade, mas o cardeal Richelieu rescindiu alguns de seus privilégios políticos em 1629, e Luís xiv oficialmente revogou o Edito de Nantes em 1685. 
Somente um século mais tarde, o controle dos católicos sobre a França foi novamente desafiado.

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1559 John Knox volta à Escócia para liderar a Reforma

O século

xvi foi um período de grande agitação para a pequena, pobre e devastada terra da Escócia. 

Nobres poderosos apoiavam a Inglaterra ou a França. 



As lutas internas e as ameaças externas criaram uma confusão política que implorava por mudanças.

No front religioso, a Reforma foi sistematicamente reprimida. 

Patrick Hamilton, pregador pró-luterano, morreu queimado na fogueira, em 1528. 

George Wishart sofreu o mesmo castigo, em 1548. 

Um dos partidários de Wishart, um sacerdote até então desconhecido, John Knox, assumiria a Reforma, mas não por muitos anos.

Knox foi capturado pelas forças francesas, que foram enviadas para subjugar os rebeldes que reagiram à morte de Wishart, revidando com o assassinato do cardeal Beaton, pois fora ele quem ordenara a morte de Wishart. 

Knox passou dezenove anos como escravo em uma galera. 

Quando foi libertado, dirigiu-se à Inglaterra protestante, onde permaneceu até que Maria ascendesse ao trono. 

A seguii; fugiu para a Europa, com outros protestantes. 

Em Genebra, ele se tornou um dos mais afeiçoados admiradores de Calvino e absorveu a teologia reformada.

Enquanto Knox estava distante, a Escócia estreitou sua aliança com a França por meio do casamento de Maria Stuart, rainha da Escócia, com o herdeiro do trono da França. 

Muitos escoceses temiam o governo da França católica. 

Uma combinação de nacionalismo e insatisfação religiosa cresceu muito, a ponto de criar um clima propício à Reforma.

Knox, em 1559, voltou para seu país com o apoio popular. 

As batalhas entre as forças da rainha e os protestantes terminaram diante do triunfo da ala protestante. 

Em 1560, o Parlamento adotou uma profissão de fé calvinista, que fora esboçada por Knox e outras pessoas. 

O Parlamento afirmava que o papa não tinha jurisdição sobre a Escócia e proibiu as missas.

Com o objetivo de substituir a ordem católica, Knox e seus seguidores compuseram o Livro da disciplina, em que estabeleciam uma forma de governo da igreja nos moldes presbiterianos. 

Isso também fez com que houvesse grande mudança na educação, pois foram criadas escolas públicas, incluindo-se universidades. 

Esse trabalho se tornaria um marco para o país, em virtude da disseminação de um forte espírito de independência e de democracia.

Com o objetivo de orientar o culto presbiteriano, Knox redigiu o Livro de ordem comum, que mostra seu compromisso com Calvino e com os reformadores suíços.

John Knox e a rainha, muitas vezes, estiveram em franca discordância. 

A corte da rainha católica possuía moral fraca, o que era uma ofensa para o justo Knox. 

De seu púlpito na Igreja de St. Giles, em Edimburgo, ele lançava insultos contra a rainha. 

Embora não fizesse qualquer tentativa para reconverter os escoceses, a rainha praticava sua fé em uma capela particular, algo que Knox não podia aprovar.

Embora fosse muito atraente, Maria não era muito sábia nas questões políticas e no trato pessoal. 

Depois da morte do marido francês, ela se casou com seu primo, o lorde Darnley. Logo após a morte desse último marido, fato que causou bastante suspeitas, a rainha rapidamente se casou com o conde de Bothwell. 

Nesse momento, até mesmo os católicos se voltaram contra ela. 

Os nobres da Escócia forçaram Maria a abdicar e, desse modo, o caminho para a Escócia protestante ficou aberto. 
Seu filho, Tiago — que mais tarde herdaria o trono da Inglaterra —, não era católico, e Knox demonstrou sua aprovação ao pregar na coroação desse jovem, em 1567.