domingo, 3 de julho de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1646 A Confissão de fé de Westminster

Nem todos na Inglaterra aprovavam a igreja estatal. 

Desde o início muitas pessoas viam o anglicanismo como um sistema que não penetrara profundamente nas doutrinas reformadas. 



A rainha Elisabete I aprovara Os trinta e nove artigos de religião em 1563, estabelecendo uma igreja episcopal inglesa. 

Desde o início, os puritanos estavam tentando impor a forma presbiteriana de governo e de cultos menos ritualísticos, mas seus pedidos foram totalmente ignorados.

Os reis da casa de Stuart — Tiago I e seu filho, Carlos I — procuraram aumentar o poder do sistema episcopal. 
Carlos, que queria a uniformidade tanto na Escócia quanto na Inglaterra, tentou impingir o anglicanismo sobre os escoceses presbiterianos. 

Essa situação volátil, tratada de maneira desajeitada, levou ao início da guerra civil inglesa.

Carlos ι teve uma longa história de batalhas com o Parlamento. 

Na primavera de 1640, convocou um parlamento que se opôs vigorosamente a ele, levando-o a dissolvê-lo rapidamente, apenas para convocar outro no outono do mesmo ano. 

O Parlamento Longo, outrora puritano, seria o motivo de sua queda.

Dois anos depois, diante do mesmo parlamento, o rei tentou prender alguns membros da Câmara dos Comuns que se opunham a ele. 

Sua acusação de que aqueles homens tinham cometido traição foi a fagulha que deu início à guerra, que levou a Inglaterra ao puritanismo por alguns anos.

Logo no início de 1643, o Parlamento aboliu o sistema episcopal. 

Para colocar uma igreja presbiteriana em seu lugar, uma assembléia foi convocada na abadia de Westminster. 

Um total de 121 ministros e 30 leigos — alguns dos quais eram escoceses — se reuniu para reconstruir a igreja inglesa.

Durante os seis anos em que a Assembléia de Westminster se reuniu, Oliver Cromwell, o líder do exército do Parlamento, levou os puritanos ao poder. 

O rei seria decapitado em 1649.

A Assembléia de Westminster criou a Confissão de fé de Westminster (1646), um clássico do pensamento presbiteriano, assim como o Breve catecismo de Westminster (1647) e o Catecismo maior (1648). 

As crenças propagadas neles eram puramente calvinistas.

A Confissão falava sobre a inspiração das Escrituras, declarando que a Bíblia é a única autoridade da fé cristã. 

Em suas línguas originais, as Escrituras foram “inspiradas por Deus e […] se mantiveram puras por todas as eras”. 

A plena certeza da autoridade divina, porém, é “uma obra interior do Espírito Santo”.

A Confissão de fé de Westminster incluiu a doutrina da predestinação, assunto sobre o qual Os trinta e nove artigos de religião se mantiveram em silêncio. 

A confissão afirmava: “Alguns homens e anjos são predestinados para a vida eterna e outros preorde-nadas para a morte eterna”. 

Contudo, “nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da criatura”.

Além disso, ele enfatizava o relacionamento de Deus com seu povo por meio da Aliança. 

A redenção humana é um tipo de equilíbrio entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana.

A Confissão defendia o governo dos presbíteros, em vez de deixá-la a cargo de sacerdotes e de bispos, além de não permitir qualquer espaço para a transubstanciação (ao contrário do que fizeram Os trinta e nove artigos). 
Do mesmo modo, determinava a observância do domingo por parte do crente, um dia estritamente dedicado à adoração pessoal e pública.

O puritanismo da Inglaterra, porém, não durou muito. 

Em 1658, com a morte de Oliver Cromwell, nenhum líder forte se levantou do lado puritano. 

Embora tivesse assumido o lugar de seu pai como Protetor da Inglaterra, Richard, o filho de Cromwell, não tinha as habilidades de liderança de seu pai. 

Richard afastou-se de maneira digna, e a Inglaterra voltou à monarquia sob o reinado de Carlos II, filho de Carlos I.

O novo rei conseguiu restaurar de maneira bem-sucedida o episcopado na Inglaterra. 

Os escoceses, no entanto, se apegaram à Confissão de fé de Westminster, fazendo com que ela se vinculasse à Igreja da Escócia. 

Por intermédio da Escócia, a palavra Westminster se transformou em sinônimo de “calvinismo histórico”.

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE CORUPÇÃO!!


O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE CORUPÇÃO!!


Há quem pense que a corrupção seja um fenômeno recente na sociedade. Se o fosse, não haveria tantas advertências bíblicas contra ela.

“O que anda em justiça, e o que fala com retidão, que arremessa para longe de si o ganho de opressões, e que sacode das suas mãos todo suborno, que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de sangue, e fecha os olhos para não ver o mal; este habitará nas alturas, e as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio. O seu pão lhe será dado, e as suas águas serão certas”. Isaías 33:15-16



“Verdadeiramente a opressão faz endoidecer até o sábio, e o suborno corrompe o coração”. Eclesiastes 7:7


*Advertência contra a corrupção no funcionalismo público

“Chegaram também uns cobradores de impostos, para serem batizados, e lhe perguntaram: Mestre, que devemos fazer? Respondeu-lhes: Não peçais mais do que o que vos está ordenado”. Lucas 3:12-13


*Advertência contra a corrupção policial

“Então uns soldados o interrogaram: E nós, o que faremos? Ele lhes disse: A ninguém trateis mal, não deis denúncia falsa, e contentai-vos com o vosso soldo”. Lucas 3:14


*Advertência contra a corrupção no Poder Judiciário

“Não torcerás a justiça, nem farás acepção de pessoas. Não tomarás subornos, pois o soborno cega os olhos dos sábios, e perverte as palavras dos justos. Segue a justiça, e só a justiça, para que vivas e possuas a terra que o Senhor teu Deus te dá”. Deuteronômio 16:19-20

“Também suborno não aceitarás, pois o suborno cega os que têm vista, e perverte as palavras dos justos”. Êxodo 23:8

“O ímpio acerta o suborno em secreto, para perverter as veredas da justiça”. Provérbios 17:23

“Ai dos que...justificam o ímpio por suborno, e ao justo negam justiça”. Isaías 5:22a,23

“Até quando defendereis os injustos, e tomareis partido ao lado dos ímpios? Defendei a causa do fraco e do órfão; protegei os direitos do pobre e do oprimido. Livrai o fraco e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios. Eles nada sabem, e nada entendem. Andam em trevas”. Salmos 82:2-5a

“Não farás injustiça no juízo; não favorecerás ao pobre, nem serás complacente com o poderoso, mas com justiça julgarás o teu próximo”. Levítico 19:15


*Independência entre os poderes

“Pereceu da terra o homem piedoso, e não há entre os homens um que seja reto. Todos armam ciladas para sangue; cada um caça a seu irmão com uma rede. As suas mãos fazem diligentemente o mal; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, e o grande fala da corrupção da sua alma, e assim todos eles são perturbadores”.
Miquéias 7:2-3


*Advertência contra a corrupção no Poder Executivo

“Os teus príncipes são rebeldes, companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno, e corre atrás de presentes. Não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas”. Isaías 1:23

“Pela justiça o rei estabelece a terra, mas o amigo de subornos a transtorna”. Provérbios 29:4

“Abominação é para os reis o praticarem a impiedade, pois com justiça se estabelece o trono”. Provérbios 16:12


*Advertência acerca dos acessores corruptos

“Tira o ímpio da presença do rei, e o seu trono se firmará na justiça”. Provérbios 25:5


*Advertência contra a corrupção no Poder Legislativo

“Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que escrevem perversidades, para privar da justiça os pobres, e para arrebatar o direito dos aflitos do meu povo, despojando as viúvas, e roubando os órfãos! Mas que fareis no dia da visitação, e da assolação, que há de vir de longe? A quem recorrereis para obter socorro, e onde deixareis a vossa glória, sem que cada um se abata entre os presos, e caia entre os mortos?” Isaías 10:1-4


*Advertência contra a corrupção e a ganância no meio empresarial

“No meio de ti aceitam-se subornos para se derramar sangue; recebes usura e lucros ilícitos, e usas de avareza com o teu próximo, oprimindo-o. E de mim te esqueceste, diz o Senhor Deus. Eu certamente baterei as mãos contra o lucro desonesto que ganhastes...” Ezequiel 22:12-13a

“Melhor é o pouco, com justiça, do que grandes rendas, com injustiça”. Provérbios 16:8

“O que oprime ao pobre para aumentar o seu lucro, ou o que dá ao rico, certamente empobrecerá”. Provérbios 22:16


*Advertência contra juros absurdos praticados pelo Sistema Financeiro

“O que aumenta a sua fazenda com juros e usura, ajunta-a para o que se compadece do pobre”. Provérbios 28:8

“Sendo o homem justo, e fazendo juízo e justiça (...) não oprimindo a ninguém, tornando ao devedor o seu penhor, não roubando, dando o seu pão ao faminto, e cobrindo ao nu com vestes; não dando o seu dinheiro à usura, não recebendo demais, desviando a sua mão da injustiça, e fazendo verdadeiro juízo entre homem e homem; andando nos meus estatutos, e guardando os meus juízos, para proceder segundo a verdade, o tal justo certamente viverá, diz o Senhor Deus”. Ezequiel 18:5,7-9

“Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre, que está contigo, não te haverás com ele como credor; não lhe imporás juros”. Êxodo 22:25

“Aos retos até das trevas nasce a luz, pois é compassivo, compassivo e justo. Bem irá ao que se compadece e empresta, que conduz os seus negócios com justiça. (...) É liberal, dá aos pobres, a sua retidão permanece para sempre; a sua força se exaltará em glória”.
Salmos 112:4-5,9


*Advertência acerca dos Direitos trabalhistas

“Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando contendiam comigo, então que faria eu quando Deus se levantasse? E, inquirindo ele a causa, que lhe responderia?” Jó 31:13-14

“Chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o trabalhador, e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos”. Malaquias 3:5

“Vós, senhores, dai a vossos servos o que é de justiça e eqüidade, sabendo que também vós tendes um Senhor nos céus”. Colossenses 4:1

“Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás. O salário do operário não ficará em teu poder até o dia seguinte”. Levítico 19:13


*Advertência contra lucros desonestos

“O mercador tem balança enganadora em sua mão; ele ama a opressão”. Oséias 12:7

“Não terás dois pesos na tua bolsa, um grande e um pequeno. Não terás duas medidas em tua casa, uma grande uma pequena. Terás somente pesos exatos e justos, e medidas exatas e justas, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá. Pois o Senhor teu Deus abomina todo aquele que pratica tal injustiça”. Deuteronômio 25:13-16

“Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer”. Provérbios 11:1

“O peso e a balança justos são do Senhor; obra sua são todos os pesos da bolsa”. Provérbios 16:11

“Poderei eu inocentar balanças falsas, com um saco de pesos enganosos?” Miquéias 6:11

“Não cometereis injustiça nos julgamentos, nas medidas de comprimento, de peso ou de capacidade. Balanças justas, pesos justos, efa justo, e justo him tereis. Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito.” Levítico 19:35-36.

Imagine se nossos políticos tivessem a Bíblia como livro de cabeceira, em vez de "O Príncipe" de Maquiavel. Veriam que a corrupção não compensa.

Autor: Hermes C. Fernandes


sábado, 2 de julho de 2022

AS SUTILEZAS DE SATANÁS!!

AS SUTILEZAS DE SATANÁS.


Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo (Cl.2.8).

... para que não sejamos vencidos por Satanás, porque não ignoramos os seus ardis (II Co.2.10,11).



E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz (II Co.11.14).

Desde os tempos bíblicos, Satanás vem usando os seus agentes com suas sutilezas a fim de levar a humanidade a desacreditar da Bíblia, da divindade de Cristo e da obra redentora de Cristo na cruz. 

Devemos estar devidamente preparados para discernir e desmascarar suas sutilezas. Sem dúvida, esse é um dos maiores desafios da Igreja de Cristo nestes últimos dias. 

A grande estratégia de Satanás é desviar as pessoas da verdadeira Palavra de Deus e fazê-las presa sua por meio de filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo e não em Cristo. 


FILOSOFIAS VÃS E SUTILEZAS.

Paulo nos adverte a vigiar contra todas as filosofias, religiões e tradições que destacam a importância do homem à parte de Deus e de sua revelação escrita. 

Hoje, uma das maiores ameaças contra o cristianismo bíblico é o "humanismo secular", que se tornou a filosofia de base e a religião aceita em quase toda educação secular. 

A filosofia do humanismo começou com Satanás e é uma expressão da sua mentira de que o homem pode ser igual a Deus (Gn.3.5). 

As Escrituras identificam os humanistas como os que mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que ao Criador (Rm.1.25). 


O QUE ENSINA A FILOSOFIA DO HUMANISMO?

Ensina que o homem, o universo e tudo quanto existe é apenas matéria e energia moldadas ao acaso.

Afirma que o homem não foi criado por Deus, mas que resultou de processo evolutivo.

Rejeita a crença num Deus pessoal e infinito.

Nega ser a Bíblia a revelação inspirada de Deus à raça humana.

Afirma que não existe conhecimento à parte das descobertas feitas pelo homem, e que a razão humana determina a ética apropriada para a sociedade.

Procura modificar ou melhorar o comportamento humano mediante educação, redistribuição econômica, psicologia moderna ou sabedoria humana.

Crê que padrões morais não são absolutos, e sim relativos e determinados por aquilo que faz as pessoas sentirem-se felizes no que lhes dá prazer.

Rejeita os valores morais e princípios bíblicos.

Considera que a auto realização do homem, sua autossatisfação e seu prazer são o sumo bem da vida.

Sustenta que as pessoas devem aprender lidar com a morte e com as dificuldades da vida, sem crer em Deus ou depender dEle.

Enfim, a doutrinação humanista é uma filosofia totalmente contraria a Deus e aos princípios da sua Palavra. Eles resumem tudo no material e sempre voltado para o homem.


CONCLUINDO

Estejamos atentos as sutilezas de Satanás, que vem de forma disfarçada e sorrateira. 

O inimigo  trabalha incansavelmente para desviar os crentes da vontade de Deus, induzindo-os a crenças falsas e práticas que desonram ao Criador. 

Por isso, devemos estar atentos quando um movimento religioso apresenta-se com persuasão e argumentos aparentemente convincentes, mas não está de acordo com a Palavra de Deus.26 de junho de 2022

Autor: Pr Geraldo Barbosa 

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1628 Comênio é expulso de sua terra natal

Os católicos afirmavam sua autoridade sobre a Boêmia de maneira agressiva. 

Os protestantes já haviam sido banidos, muito embora tivessem tentado se esconder por alguns anos. 



A medida que o perigo crescia, em 1628, um grupo atravessou as montanhas rumo à Polônia.

O líder desse grupo, João Amos Comênio, era o pastor, escritor e professor. 

Ele parou para olhar para sua terra amada e conduziu seus colegas em uma oração, pedindo a Deus que preservasse uma “semente oculta” em seu povo, uma que pudesse crescer e dar frutos mais tarde. Comênio jamais veria sua terra natal outra vez.

A Guerra dos Trinta Anos estendeu-se por boa parte da vida de Comênio. 

Em 1618, quando ela começou, Comênio era simplesmente um pastor recém-ordenado, atuando como diretor de uma escola na Unitas Fratrum, a União dos Irmãos, os herdeiros protestantes dos ensinamentos de João Hus.

A Europa se tornara uma colcha de retalhos de católicos, luteranos e calvinistas. 

A Boêmia, território fortemente protestante, era uma parte infeliz e rebelde do Sacro Império Romano. 

Em 23 de maio de 1618, alguns rebeldes protestantes invadiram o palácio real de Praga e atiraram seus governadores pela janela. 

De acordo com os relatos, os homens caíram em uma pilha de estéreo e não morreram. Com a Defenestração de Praga, porém, a revolução estava a caminho.

Com a ajuda de forças espanholas, o imperador Fernando π desbaratou os rebeldes na Batalha do Monte Branco, em 1620, e o território foi declarado oficialmente católico. 

Os protestantes tiveram de sair. 

Comênio deu início a um período de sete anos de fuga. Movendo-se de maneira furtiva, de fazenda em fazenda, tentou ministrar aos Irmãos que permaneceram. 

Cinco anos antes do nascimento de John Bunyan, Comênio escreve O labirinto do mundo, uma intrincada alegoria em muito semelhante à obra O peregrino.

Comênio e o grupo dos Irmãos se dirigiram para Leszno, na Polônia. 
Ali, foi nomeado bispo da Unitas Fratrum e publicou livros para educação de crianças e para o ensino de idiomas. Suas teorias eram revolucionárias. 

Todas as crianças — meninos e meninas, ricos e pobres — deveriam ser ensinadas por um currículo amplo que lhes daria acesso a diversos campos. 

A educação deveria começar com o cuidado maternal, até mesmo antes do nascimento, dizia ele, e deveria envolver aspectos lúdicos e não apenas repetitivos no aprendizado. 

Defendia blocos de seis anos, comparáveis à pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e superior. 

Acima de tudo, os professores deveriam desenvolver métodos de ensino fundamentando-se na natureza. 

Aprender era uma questão de crescimento, não simplesmente de aquisição de informação.

A Guerra dos Trinta Anos prosseguia. 

Os protestantes dinamarqueses invadiram o território católico, mas foram expulsos novamente. 

O rei sueco Gustavo Adolfo entrou no conflito, do lado protestante. Ele teve alguns sucessos, mas morreu em 1632.

Enquanto isso, Comênio continuava a construir sua reputação de estudioso e de educador. 

Ele escreveu O caminho da luz, na esperança de que a educação adequada pudesse promover a paz. 

Em 1641, o parlamento britânico o convidou a colocar suas teorias em prática, criando uma universidade inglesa que seguia os preceitos da “pansofia”. 

Mais uma vez, uma guerra civil irrompeu, forçando Comênio a fugir novamente. 

Ele se estabeleceu na Prússia durante certo tempo. 

Viajava com freqüência da Prússia para a Suécia como consultor educacional do primeiro-ministro, Axel Oxenstierna. 

Ele também pediu ao primeiro-ministro que se lembrasse da causa dos Irmãos à medida que a guerra se aproximava.

Curiosamente, a França mudou sua tendência durante a guerra. 

Embora fosse uma nação católica, a França viu uma oportunidade de acabar com o poder da dinastia de Habsburgo e de anexar alguns territórios para si. 

As forças francesas entraram na batalha em 1635, e a guerra prosseguiu. 

Em 1648, a Paz de Westfália dividiu os despojos de uma guerra que havia exaurido a Europa. 

O Sacro Império Romano estava destruído, e algumas pessoas estimam que a Alemanha perdeu metade de sua população na guerra. 

A França conquistou mais terras. Os calvinistas e os luteranos ganharam, mas só os calvinistas passaram a ser tolerados.

Os Irmãos, porém, não receberam o direito de voltar à Boêmia nem ganharam uma nova terra. 

Comênio continuou a perambular pelo resto de sua vida. 

Viajou por 22 anos, ministrando às comunidades dos irmãos espalhadas em uma grande área. 

Quando sua casa na Polônia foi invadida e queimada, Comênio perdeu a maior parte da enciclopédia que estava compilando. 

Contudo, graças a um patrocinador holandês, publicou muito mais livros sobre educação, incluindo o primeiro livro-texto ilustrado para crianças, chamado O mundo em gravuras.

Comênio foi respeitado e honrado, mas raramente lhe devam ouvidos. 
Aos 75 anos, participou de um concilio internacional para implorar pela paz entre a Inglaterra e a Holanda, mas seu conselho foi totalmente ignorado. 

Ele tinha visão para a área de educação que poderia trazer tanto a plenitude espiritual quanto a paz mundial, mas, embora o primeiro objetivo atraísse algumas nações, nenhuma estava disposta a tentar o segundo.

Embora ele possa ser corretamente considerado um dos principais fundadores do ecumenismo, Compêndio foi muitas vezes ignorado. 

O mundo secular o valorizou muito mais do que a igreja, e ele é, com frequência, considerado o pai da educação moderna.

A “semente oculta” pela qual Compêndio orou pode ter surgido muito tempo depois. Um grupo de irmãos emigrou para Herrnhut, na Alemanha, no início do século xvm. 

Ali aconteceu um despertamento espiritual que deu início aos grandes movimentos missionários que se espalharam por todo o mundo.