sexta-feira, 1 de abril de 2016

O CORAÇÃO DO HOMEM (PARTE I)

O CORAÇÃO DO HOMEM (PARTE I)

TEXTO BASE 1ª JO 3: 4 -20


O templo de Deus ou a oficina de Satanás

4ª Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade.

5ª E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado.

6ª Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu.

7° Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo.

8° Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. 
Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.

9° Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.

10ª Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus.

11° Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.

12ª Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas.

13° Meus irmãos, não vos maravilheis, se o mundo vos odeia.

14° Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte.

15ª Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele.

16ª Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.

17° Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?

18° Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.

19° E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele asseguraremos nossos corações;

20° Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas.

Este não é um estudo novo. Apareceu pela primeira vez na França, há mais de duzentos anos e trouxe então grande benção a milhares de almas. 

Tem servido de espelho espiritual, onde as pessoas têm visto a sua própria condição, tal qual Deus as vê. 

Muitos dos que Têm visto os seus corações pecaminosos revelados através destas páginas, arrependeram-se e alcançaram novos corações e um novo espírito.

Enquanto você lê estes quadros, guarde, por favor, no seu pensamento, que ele é um espelho no qual você pode se contemplar. 

Quer você seja cristão ou ímpio, crente ou renegado, encontrará nestes quadros a sua imagem tal como Deus a contempla. 
Pois Ele olha para o coração do homem.

Satanás é o pai da mentira, o príncipe das trevas e o deus deste século. 

Ele transforma-se a si mesmo num anjo de luz; no entanto, ele não é já um anjo de luz, como muitos supõem; e até por vezes se ofendem quando é representado  tal qual ele é. 

Assim como nos tempos antigos houveram falsos Cristos. 
Não é, pois, para admirar que o próprio Satanás se transforme num anjo de luz. (2a Coríntios 11: 13, 14). 

Satanás cega o entendimento dos homens para que não possam ver o amor de Deus, a Sua glória e majestade, nem o seu Redentor Jesus Cristo (2a Coríntios 4: 4). 

O povo, cego pelo deus deste século, não pode ver que está a caminhar apressadamente para a eterna destruição, para um lago que arde e queima com fogo e enxofre. 

Estão mortos para Deus e são governados pelo deus deste século. (Efésios 2: 2). 

"Para isto se o Filho de Deus Se manifestou: para desfazer as obras do Diabo". (1a João 3: 8). 

Portanto, "sujeitai-vos, pois a Deus, resisti ao Diabo e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós". (Tiago 4: 7, 8).
Ao ler este estudo e examinar os seus quadros você poderá olhar para dentro do seu coração. 

Permita que o seu coração seja examinado e verá qual a sua condição. 

Se achar que seu coração é mau e pecaminoso, não negue esse fato, nem tente escondê-lo, mas antes confesse os seus pecados a Deus. 

"Se dissermos que não temos pecado enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós". 1a Jo 1: 7 =10.

 Humilhai-vos debaixo da potente mão de Deus, para que Ele possa perdoar os seus pecados e limpar-vos no precioso sangue de Jesus Cristo.

Você está sendo governado por Deus ou por Satanás. 

É escravo do pecado ou servo de Deus!? Se o pecado reinar na sua vida não procure negar este fato. 

Antes clamai a Deus, que o livrará por Jesus Cristo, pois Ele veio a este mundo a fim de salvar os pecadores, abrir os olhos aos cegos e  tirar-nos das trevas, assim como tirar as trevas de dentro de nós. 
Ele veio para trazer-nos a Sua maravilhosa luz. 

Jesus veio livrar-nos do poder do pecado e de Satanás. 

Por Ele temos a redenção dos nossos pecados. 

Agora estais perante um Deus santo, que vê e conhece todos os seus segredos e atos ocultos, assim como todos os seus pensamentos. 

Você não esconder de Deus os seus atos nem a você mesmo.
"Aquele que fez o ouvido não ouvirá? E o que formou o olho não verá?" Salmos 94: 9. 

"Porque os Seus olhos estão sobre os caminhos de cada um, e Ele vê todos os seus passos. 

“Não há trevas e sombra de morte, onde se escondam os que obram a iniqüidade". Jó 34: 21, 22. 

"Porque, quanto ao Senhor, Seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-Se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele". 2o Crônicas 16: 9.

"Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto”. 

“Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e  em cujo espírito não há engano". Salmos 32: 1 =5.

Leia também o Salmo 51: Jesus ainda hoje está a chamar: 

"Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei". Mateus 11: 28.

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado

terça-feira, 29 de março de 2016

O QUE ACONTECE QUANDO A IGREJA ORA?

TEXTO BASE AT 2: 42 - 47

INTRODUÇÃO 

TEMA: O QUE ACONTECE QUANDO A IGREJA ORA?

42. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

43. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.

45. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.

46. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,

47. Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

I. EXISTEM TRÊS TIPOS BÁSICOS DE ORAÇÃO!

1. A oração individual, At 9. 11

2. A oração em grupo, At 16. 26

3. A oração coletiva, At 2. 42


II. AS GRANDES VANTAGENS DA ORAÇÃO COLETIVA!

quinta-feira, 24 de março de 2016

"DEZ" NUNCA DO PASTOR!

TEXTO BASE HB 10: 25

INTRODUÇÃO

TEMA: OS "DEZ" NUNCA DO PASTOR!

“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia”.

Como perceber e evitar erros na hora de pastorear
Como resultado de minha experiência e observação no ministério, cheguei a alguns "Nunca" que, creio, serão de grande utilidade para os nossos pastores e líderes. 

Espero que essas orientações estejam sempre na sua cabeceira, e visto todos os dias antes de sair de casa.


I° NUNCA "PESQUE EM AQUÁRIO" DOS OUTROS

Tenho visto muitos pastores "pescando em aquários", convidando membros de outras comunidades para se tornarem membros de sua igreja. 

Eticamente isso é um grande erro, pois além de causar problemas de relacionamentos com seus colegas pastores, produzirá questões de relacionamento também entre as igrejas. 

Por outro lado, a Palavra de Deus nos adverte a não abandonar nossa congregação (Hebreus 10: 25), 

E quando você convida alguém para fazer isso e se filiar á sua igreja, estará indo contra a bíblia.

Cuidado! Será que não há outras pessoas mais necessitadas do que os irmãos 
de outras igrejas para você convidar?


II° NUNCA TOME PARTIDO NUMA QUESTÃO SEM OUVIR OS DOIS LADOS

Esse é um problema delicado, lamentavelmente tenho visto pastores se enredando em questões ministeriais, porque, ao ouvirem uma facção da igreja que apresente uma causa, já tomam logo partido em defesa deste lado, sem ouvir o outro. 

Isso infelizmente pode trazer injustiças e problemas de relacionamento.

Entretanto, julgue a luz da Bíblia, ouça os dois lados, ore e dependa do Espírito santo, para direcionar a questão.


III° NUNCA DEIXE DE PREGAR A PALAVRA DE DEUS COM MEDO DE OFENDER AS PESSOAS

quarta-feira, 23 de março de 2016

📖 ESBOÇO BÍBLICO EXPOSITIVO📖ZARA RICHARDSON:500 ORGASMO DIÁRIO.Clique na letra G


📖Quando o Corpo Sofre sem Controle: Compreendendo o Sofrimento Involuntário à Luz da Bíblia

Reflexão sobre o caso de Zara Richardson e a Síndrome de Excitação Genital Persistente (PGAD)

🎯 INTRODUÇÃO

Zara Richardson, uma jovem britânica de 30 anos, vive uma realidade que desafia nossa compreensão sobre o sofrimento humano. Diagnosticada com a Síndrome de Excitação Genital Persistente (PGAD), ela experimenta até 500 episódios involuntários diários que, longe de trazerem prazer, tornaram-se uma fonte de tormento físico, emocional e social. Este caso nos convida a refletir biblicamente sobre o sofrimento que ocorre no próprio corpo, sem controle da vontade, e como a Igreja deve responder com compaixão, sabedoria e verdade bíblica.

🏛️ CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E CULTURAL

A Condição Médica

A Síndrome de Excitação Genital Persistente é uma condição rara identificada medicamente apenas em 2001, caracterizada por sensações involuntárias e incontroláveis nos órgãos genitais. Para Zara e outras mulheres afetadas, como a americana Amanda Michelle Grace que sofre desde os seis anos de idade, esta condição não é fonte de prazer, mas de profundo sofrimento que as isola socialmente e compromete sua qualidade de vida. O tratamento inclui antidepressivos leves, analgésicos, anti-inflamatórios e terapias para controle mental dos sintomas.

O Contexto Bíblico do Sofrimento Corporal

Na época bíblica, havia profunda compreensão de que nem todo sofrimento é resultado direto de pecado pessoal, conforme Jesus ensinou no caso do cego de nascença (João 9:1-3). O Antigo Testamento inicialmente associava sofrimento ao pecado, mas o livro de Jó revolucionou essa perspectiva ao apresentar o sofrimento do justo. Jesus demonstrou compaixão especial por aqueles que sofriam de condições involuntárias do corpo, curando "todas as enfermidades e doenças" sem julgamento moral prévio (Mateus 9:35-36)

📜 TEXTOS BÍBLICOS FUNDAMENTAIS E ANÁLISE EXEGÉTICA

1. O Corpo como Templo (1 Coríntios 6:19-20)

📖 Texto: Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.

Análise Exegética:
Paulo escreve aos coríntios em contexto de imoralidade sexual voluntária, mas o princípio teológico é mais amplo. A palavra grega naos (templo) refere-se especificamente ao santuário interior, o lugar mais sagrado. O verbo "glorificar" (doxazō) significa "dar honra, respeito e valor". Paulo estabelece que nossos corpos não nos pertencem absolutamente - fomos "comprados" (agorazō) pelo sangue de Cristo. Esta verdade tem implicações profundas: quando o corpo sofre involuntariamente, não há violação deste princípio, pois a vontade permanece submissa a Deus

💡Ilustração: Assim como um templo pode sofrer danos estruturais por terremotos sem que isso desqualifique sua santidade, o corpo pode experimentar disfunções fisiológicas sem que a pessoa perca seu valor diante de Deus. O templo continua sendo templo, mesmo quando suas paredes tremem.

2. O Domínio Próprio e Seus Limites (1 Tessalonicenses 4:4-5)

📖 Texto: Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira santa e honrosa, não dominado pela paixão de desejos desenfreados, como os pagãos que desconhecem a Deus.

Análise Exegética:
O termo grego ktaomai (controlar/possuir) implica autodeterminação consciente. Paulo contrasta o autocontrole cristão com a entrega aos epithumia (desejos desenfreados) dos gentios. Crucialmente, o texto refere-se a escolhas morais voluntárias, não a condições médicas involuntárias. O "domínio próprio" (enkrateia) é fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22-23) aplicado às decisões conscientes. Quando o corpo reage independentemente da vontade devido a uma síndrome neurológica, não há violação do princípio bíblico do domínio próprio, pois a vontade não está dirigindo as ações fisiológicas.

💡Ilustração: Considere uma pessoa com epilepsia que sofre convulsões involuntárias. Ninguém a acusaria de falta de domínio próprio porque seu sistema nervoso manifesta atividade elétrica anormal. Semelhantemente, condições que afetam o sistema nervoso autônomo e as respostas genitais não representam falta de santidade.

3. A Compaixão de Cristo pelos Enfermos (Mateus 9:35-36)

📖 Texto: E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E, vendo as multidões, teve compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.

Análise Exegética:
O verbo grego splagchnizomai (ter compaixão) é um dos mais fortes no vocabulário emocional do Novo Testamento, referindo-se a uma reação visceral de empatia profunda. Jesus curava "todas" (pasa) as enfermidades sem exceção, demonstrando que nenhuma condição física está além de Sua compaixão. O texto não faz distinção entre enfermidades "dignas" e "indignas" de cura. A resposta de Jesus ao sofrimento corporal era sempre misericórdia, nunca julgamento. Isto estabelece o padrão para a Igreja: nossa primeira resposta ao sofrimento involuntário deve ser compaixão, não condenação.

💡Ilustração: Quando uma mulher com fluxo de sangue há doze anos - condição que a tornava ritualmente impura e socialmente isolada - tocou em Jesus, Ele não a repreendeu, mas a chamou de "filha" e a curou com ternura (Marcos 5:25-34). Aqueles que sofrem de condições corporais involuntárias merecem a mesma compaixão cristã.

4. O Sentido Redentor do Sofrimento (2 Coríntios 12:7-10)

📖 Texto: E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.

Análise Exegética:
Paulo descreve seu sofrimento usando a metáfora skolops (espinho/estaca) na sarx (carne/corpo). Embora a natureza exata da aflição seja debatida, o princípio é claro: Deus pode permitir sofrimentos corporais mesmo em Seus servos mais fiéis. A resposta divina não foi remoção imediata, mas promessa de graça suficiente (arkei - é adequada, é suficiente). Paulo aprendeu que o sofrimento pode ter propósito redentor quando unido ao sofrimento de Cristo. Isto não significa que Deus causa a doença, mas que Ele pode trazer significado eterno mesmo nas circunstâncias mais dolorosas.

💡Ilustração: Como Cristo transformou a cruz - instrumento de tortura - em meio de salvação, Deus pode transformar nossos sofrimentos mais incompreensíveis em testemunho de Sua graça sustentadora. Zara Richardson pode descobrir que sua luta se torna plataforma para demonstrar a suficiência da graça de Deus em meio ao sofrimento extremo.

5. O Corpo Ressurreto (1 Coríntios 15:42-44)

📖 Texto: Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual.

Análise Exegética:
Paulo usa a metáfora agrícola da semeadura para descrever a transformação escatológica do corpo. O termo phtora (corrupção) engloba todas as disfunções, doenças e limitações do corpo atual. A promessa cristã não é apenas imortalidade da alma, mas ressurreição corporal em estado glorificado. Todo sofrimento corporal presente - incluindo condições neurológicas que causam tormento involuntário - será definitivamente resolvido na ressurreição. Esta esperança não minimiza o sofrimento presente, mas o situa em perspectiva eterna.

💡Ilustração: Uma semente de trigo que cai na terra parece destruída, mas está destinada a emergir transformada em esplendor. Nossos corpos atuais, por mais aflitos que sejam, são apenas a forma temporária que precede a glória futura.

🎭ILUSTRAÇÕES PRÁTICAS

Ilustração 1: O Piloto Automático Defeituoso
Imagine um avião cujo piloto automático está com defeito e causa movimentos involuntários da aeronave. O piloto humano não é responsável pelas falhas do sistema automático, mas luta constantemente para manter o controle consciente. Semelhantemente, o sistema nervoso autônomo pode apresentar disfunções que produzem respostas corporais involuntárias, mas isto não reflete o caráter ou as escolhas morais da pessoa.

Ilustração 2: A Orquestra Desafinada
Um maestro virtuoso pode reger uma orquestra onde alguns instrumentos estão desafinados devido a defeitos mecânicos. A habilidade do maestro não está em questão - o problema está nos instrumentos. Nossa vontade é como o maestro; nosso corpo é como a orquestra. Quando há "desafinação" fisiológica, isso não desqualifica o maestro.

Ilustração 3: O Testemunho de Jó
Jó sofreu aflições corporais severas - feridas purulentas da cabeça aos pés - sem ter cometido pecado que justificasse tal sofrimento. Seus amigos o julgaram erroneamente, mas Deus o vindicou (Jó 42:7-8). A Igreja deve aprender com os amigos de Jó: não presumir que todo sofrimento corporal indica pecado pessoal.

🔍 PRINCÍPIOS TEOLÓGICOS APLICADOS

1. Distinção entre Pecado e Enfermidade⚖️
A teologia cristã madura reconhece que vivemos em um mundo caído onde doenças ocorrem independentemente da conduta moral individual. Embora todo sofrimento seja consequência indireta da Queda (Gênesis 3), nem todo sofrimento individual é punição por pecado específico.

2. Compaixão como Marca da Igreja❤️
Jesus estabeleceu o modelo: a resposta cristã ao sofrimento corporal é compaixão ativa, não julgamento ou isolamento. A Igreja deve ser comunidade de acolhimento para aqueles cujos corpos os traem.

3. A Santidade da Pessoa Integral✝️
O valor de uma pessoa diante de Deus não é determinado pela funcionalidade de seu corpo, mas por ser criada à imagem de Deus e redimida por Cristo. Condições médicas não diminuem a dignidade humana.

4. Graça Suficiente no Sofrimento🕊️
A promessa bíblica não é ausência de sofrimento, mas presença de graça suficiente para sustentação. Deus não abandona aqueles cujos corpos os fazem sofrer de maneiras incompreensíveis.

5. Esperança Escatológica🌟
A doutrina da ressurreição corporal oferece esperança concreta: todo sofrimento presente é temporário; a restauração completa está garantida.

💬APLICAÇÕES PRÁTICAS PARA A IGREJA

Para Líderes e Conselheiros:
1. Educar-se sobre condições médicas que afetam a sexualidade involuntariamente, evitando julgamentos precipitados
2. Oferecer espaço seguro para que pessoas com condições raras compartilhem suas lutas sem medo de condenação
3. Referenciar profissionais médicos cristãos quando apropriado, reconhecendo que algumas questões requerem tratamento clínico

Para a Congregação:
1. Desenvolver cultura de compaixão que abraça aqueles cujos sofrimentos são invisíveis ou mal compreendidos
2. Evitar presunções sobre a vida espiritual de alguém baseando-se apenas em condições corporais
3. Orar especificamente pela graça sustentadora de Deus sobre aqueles com enfermidades crônicas

Para Quem Sofre:
1. Lembrar que seu valor não é determinado pela funcionalidade de seu corpo, mas por ser amado e redimido por Cristo.
2. Buscar tratamento médico adequado como mordomia do corpo que Deus lhe deu.
3. Permanecer na esperança da ressurreição, quando todo sofrimento será eliminado.

🎯 CONCLUSÃO:

O caso de Zara Richardson nos confronta com uma realidade que desafia categorias simplistas: sofrimento corporal que ocorre na esfera da sexualidade, mas que é completamente involuntário e traz tormento em vez de prazer. A resposta bíblica é clara: compaixão sem julgamento, apoio sem condenação, e reconhecimento de que o corpo pode sofrer disfunções que não refletem o caráter ou as escolhas morais da pessoa.

Como Igreja de Cristo, somos chamados a ser comunidade de graça onde aqueles cujos corpos os traem encontram aceitação, apoio e esperança na promessa de restauração completa na ressurreição. Que possamos imitar a compaixão de Jesus, que tocou os intocáveis e curou sem julgamento. O Evangelho proclama que nenhum sofrimento - por mais incompreensível ou vergonhoso que pareça - está além do alcance da graça transformadora de Deus.

📋 SOBRE O AUTOR

Pr. João Nunes Machado  
Casado, Brasileiro, residente em Florianópolis/SC  
Formado em Teologia Cristã pela FATEC (Faculdade Teológica Cristocêntrica)  
Ministro do Evangelho há mais de 20 anos

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🤝Nos laços do Calvário que nos unem,  
✝️Pr. João Nunes Machado

Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. (Hebreus 4:15oportuno. (Hebreus 4:15-16)