sábado, 25 de março de 2023

OS SETE EPISÓDIOS - APOCALIPSE 14*

TEXTO BASÍCO AP 14:1-20

INTRODUÇÃO 

1. E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai.

2. E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e ouvi uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas.

3. E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.

4. Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro.

Cordeiro no grego “arnion” é um dos nomes de Cristo como temos encontrado no Apocalipse. 

O monte Sião é uma plataforma rochosa que antes da conquista da terra de Canaã era habitada pelos de bruxes. 

É a colina mais elevada da cidade de Jerusalém chamada também de monte Santo, com 800 m de altitude. 

No salmo 125 é descrita a solidez orográfica do monte Sião que é um tipo da inabilidade do cristão diante dos abalroamentos da vida. 

Em algumas passagens bíblicas esse nome é usado como sinônimo de Jerusalém 2 Rs 19.21; Is 1.8; 10.24. 

Durante o reino milenial o monte Sião será o local do trono administrativo mundial de Cristo Sl 2.6. 

Sião no hebraico “Siyôn” e no grego “Sion” que significa “lugar seco” e aparece 169 vezes na Bíblia; a primeira em 2 Sm 5.7, e a última neste verseto. 

Na linguagem poética é um aplicativo que se apresenta como símbolo do céu Hb 12.22,23. 

O Cordeiro foi visto impoluto no monte Sião e o dragão sobre a areia de suas convulsões inconstantes. 

No capitulo sétimo os 144.000foram fitos na terra e agora em prossecução neste capítulo. 

A errata mais hedionda das testemunhas de Jeová é afirmar que apenas 144.000 serão salvos como número completo dos redimidos de entre todas as nações mundiais.

3. “e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da 
terra.” 

Sião significando “lugar seco” denota, que os cânticos de adoração para os que nunca experimentaram a íntima comunhão com o Senhor são áridos e desagradáveis. 

Somente os 144.000 aprenderão a cantar porque saberão valorizar a gloriosa escolha divina e a proteção que desfrutarão em meio os castigos no tempo da grande tribulação. 

A linha limítrofe entre o tempo e a eternidade desaparece para aqueles que têm comunhão com o céu. 

Mesmo estando na terra só eles aprenderão o cântico que será entoado no céu. 

Que privilégio excepcional! Louvar a Deus em meio ás lutas e provações é um grande lenitivo para o espírito; quão glorioso será para nós cantarmos um dia em Sião! 

Nós que vivemos na dispensação da graça devemos entender que é sempre primavera no coração daqueles que louvam e adoram o Sábio Arquiteto do universo. 

A cantata que será apresentada pelos144.000 será uma canção de gratidão pela experiência que somente eles poderão desfrutar. 

4. “Estes são os que não estão contaminados com mulheres, porque são virgens... foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro.” 

Não contaminados com mulheres quer expressar que os144.000 não se envolverão com as falsas religiões e o paganismo do anticristo. 

Entre o povo judeu a idolatria era considerada prostituição espiritual Ex 34.16; Jz 2.17. 

Na agricultura hebraica a colheita não podia ser usada e nem comercializada enquanto as primícias não fossem dedicadas a Jeová Ex 23.19; Tg 1.18. 

Assim como Jesus as primícias da ressurreição, os 144.000 serão as primícias da grande colheita do povo judeu dedicados ao Cordeiro. Se todo o Israel será salvo, essas primícias mostram uma ordem preliminar Rm 11.26. 

5. “E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus.” 

Este grupo de 144.000 mostrará para o Diabo e o anticristo que a fidelidade à Cristo e a verdade são as mais 
sagradas dignidades e dotes da mente humana apesar de viver num mundo devasso e ateísta. 

Os 144.000 reluzirão como gemas na escuridão das trevas espirituais da grande tribulação. 

AS SEIS CARACTERÍSTICAS DOS 144.000 

> Selados: “Em sua testa tinham escrito o nome dEle e o de seu Pai” v.1. 

> Adoradores: “E ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil” v.30. 

> Resgatados: “Foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro” v.40. 

> Imaculados: “Estes são os que não estão contaminados com mulheres” v.4. 

> Perseverantes: “Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai” v.4. 

> Autênticos: “E na sua boca não se achou engano” v.5.

6. “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra.” 

Evangelho eterno no grego “euangelion aionion”,será a última oportunidade que os moradores da terra terão para se arrependerem antes das sete taças da ira de Deus serem derramadas. 

Cumprir-se-á nesse tempo o desejo dos anjos em proclamar as boas novas 1 Pe 1.12. 

A plataforma sagrada será o céu, o auditório será todas as nações do planeta, o som será uma grande voz e o tema da mensagem:”Temei a Deus e dai- ”Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo” v. lheglória, porque vinda é a hora do seu juízo” v.7. 

A pregação será do céu, porque na terra será proibida, e todos os templos estarão lacrados e se tornarão ociosos. 

É necessária a construção de templos, mas a prioridade é a universalização da Palavra de Deus. 

O evangelho eterno é diferenciado do evangelho da graça porque o seu teor será o juízo. 

A etapa da pregação do evangelho da graça iniciou no pentecostes e se estenderá até o arrebatamento: e o evangelho do reino será pregado após o arrebatamento até a vinda de Cristo em glória. 

É chamado eterno porque é de todas as épocas. 

8. “E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu! Caiu Babilônia, aquela grande cidade que todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição!” 

Babilônia é a grande cidade que se tornou maléfica pelo seu sincretismo idolátrico. 

Mistura de demonismo com idolatria, credos e heresias. 

No capítulo 18 encontramos um relato minucioso sobre a derrocada dessa metrópole paganizada. 

Todas as destruições feitas pelo Senhor dos exércitos, foram pré-anunciadas Gn 18.16-33; 19.1-6.
 
Deparamos com o extermínio tanto do sistema religioso paganista como da cidade nos capítulos 17 e 18. 

Vinho da ira da sua prostituição são os ensinos macabros da idolatria perniciosa. 

O vinho tem sido usado como símbolo do mal irrefreável e sedutor. 

A prostituição mencionada no texto na língua grega é “pornéia.” 

É uma alusão a imoralidade, e a prática sexual ilícita. 

Babilônia, a cidade pernóstica é a garçonete das noites espirituais que tem embriagado o mundo com o seu coquetel etílico do paganismo. 

9,10. “E seguiu o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal na testa ou na mão,... também o talbeberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira.” 

A vida confortável, a luxúria, os banquetes e os coquetéis internacionais e a adoração à besta serão temporários. 

Somente os tementes a Deus é que se resguardarão da marca insana do anticristo. 

Os mártires entenderão nesse tempo claudicante que será preferível sofrerem por um pouco de tempo e manterem a fidelidade, do que serem infiéis e padecerem no lago de fogo o tempo todo. 

Os adoradores da besta lançarão um desafio estrepitoso à semelhança de Golias contra Davi: “Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?” 13.4. 

Eles encontrarão o Cordeiro-Leão que irá achincalhá-la, 16.10; 19.20. 

O juízo será sem comiseração, e com aplicações de infortúnios intermináveis para quem receber a marca da besta. O vinho não misturado expressa a intensidade da ira sem misericórdia e graça.


13. “Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. 

Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam.” 

O termo grego “makários” quer dizer “bendito”, “feliz.” 

As crassas perseguições e a malignidade proliferaste no final da grande tribulação fará com que as pessoas tementes a Deus percam o medo de morrer por causa do consolo eterno de Cristo que lhes serão assegurados. 

Ambrósio disse: ”A morte é para o justo, um porto de salvação; mas aos olhos do culpado, assemelha-se a um naufrágio.” 

Muitos tem medo de morrer porque nunca tiveram comunhão com o Príncipe da vida. 

O versículo em análise é a segunda das sete bem aventuranças registradas no Apocalipse. 

Trabalho aqui tem a ver com uma com uma estafa originada da opressão do anticristo em combater e infortunar os santos. 

Os fiéis que morrerem pelo testemunho do Filho do Homem terão um descanso deslumbrante em contraste com os adoradores da besta que serão atormentados com fogo e enxofre 14.10. 

A palavra grega usada para descanso é “anapaesontai”, que tem o sentido de “refrigerados”, “encorajados.” 


14. “E olhei, e eis uma nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, um semelhante ao Filho do Homem, que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro e, na mão, uma foice aguda.” 

O Filho do Homem surge instalado sobre uma nuvem branca que é a Sua carruagem de trajetória sobre o universo. 

A cor branca indica pureza e justiça Sl 68.4; 104.3. 

As palavras gregas usadas para nuvem branca traduzidas quer dizer “nuvem luminosa.” 

A Sua realeza é representada pela coroa de ouro e o seu aspecto jurídico pela foice aguda. 

Neste cenário, Ele estará julgando as nações êmulas de Israel e prestes a estabelecer o juízo final. 


16. “E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi segada.” 

Foice no grego é “drépanon”, que é o “gancho colhedor.” 

Esse vocábulo é empregado por oito vezes, sete deles no Apocalipse. 

Este episódio será a eliminação das nações bodes que sempre foram opositoras de Israel eque praticaram o antissemitismo. Será o juízo contra as nações vivas. 

Haverá a separação entre as ovelhas e os bodes Mt 25.33. 

Os países que colaboraram com Israel ficarão a direita e entrarão para o reino milenial e os contrários serão colocados à esquerda do Rei Jesus, e terão como destino a destruição e o lago de fogo. 

A seara madura é o último e terrível estado da humanidade. 

A razão de estar madura é justamente pronta para o juízo punitivo. 

Essas nações ímpias serão exterminadas pelo Rei dos reis, o Guerreiro do cavalo branco que irradiará o céu com a Sua majestade cintilante e com a marcha vitoriosa tão esperada pelos justos. 

17. “E saiu do templo, que está no céu, outro anjo, o qual tinha uma foice aguda.” 

O dia da ceifa judicial chegará e não tardará, e os anjos ceifeiros entrarão em ação para a colheita no exercício jurídico da ordem dada pelo ceifeiro celestial Mt 13.49.


18. “E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice aguda, dizendo: Lança a tua foice aguda e vindima oscachos da vinha da terra, porque já as suas uvas estão 
maduras!” 

Nas terras mesopotâmicas, a vinha era conhecida por: “a erva da vida.” Nos escritos sumerianos o sinal que 
representava a vida era uma folha de videira. 

Na vinicultura hebraica e nas Escrituras é o símbolo da nação de Israel Is 5.7; Os 10.1; Mt 21.33-39. 

A vinha pronta para a vindima era chamada em grego de “akmazõ.” 

Uvas maduras, são os ímpios da nação de Israel que permanecerão vivendo e sentindo as reações pecaminosas sem a intenção de se arrependeram e de reconhecerem o maciado de Cristo. 

19. “E vindimou as uvas da vinha da terra, e lançou-as no grande lagar da ira de Deus.” 

As uvas da vinha estavam maduras, isto fala do Israel apóstata que não seguiu a Cristo, e se entregou aos ditames anárquicos do anticristo. 

Essa parte da nação estará num descalabro que deixará de ser chamada de videira do Senhor, para tornar-se em videira da terra Jl 1.7. 

O lagar é o lugar de pisar uvas. 

Era feito em cima da terra ou escavado na rocha em forma de uma pequena piscina, geralmente media 2,40 m de comprimento por 1,50 m de largura. 

Tinha em baixo uma abertura, de onde corria para a cuba que ficava mais baixa. 

No lagar as uvas eram pisadas com os pés Ne 13.15; Jó 24.11, por um ou mais homens. 

Por cima passava uma trave e nela eram amarradas algumas cordas que ficavam por cima da cabeça. 

Como o trabalho era monótono os piso eirós cantavam canções Is 16.10 Jr 25.30 48.33. 

O lagar é uma linguagem figurada que indica a impetuosidade da ira divina no afã de esmagar os ímpios em juízo.

20. “E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios.” 

O lagar pisado é usado inúmeras vezes na Bíblia para ilustrar a execução da ira de Deus Lm 1.15; Jl 3.12,13; e fora da cidade, mostra que o povo eleito estará livre do castigo que desabará sobre os rebeldes e hereges Is 63.3. 

Segundo o historiador Josefo, quando Jerusalém foi invadida pelo general Tito, os soldados romanos matavam a quem encontrassem pelo caminho, e a cidade tornou-se num rio de sangue a ponto de servir de limite para o fogo. 

As nações confrontantes de Cristo serão exterminadas fora das linhas geográficas da cidade de Jerusalém.

A extensão do rio de sangue: 1.600 estádios de 185 metros são iguais a 296 km. Um escatologista de renome que eu o considero, como subestimado da escola futurista de interpretação, que a meu ver, mostra-se, por conseguinte não ter nenhum conhecimento de Geografia Bíblica, disse: “Os futuristas passam mal aqui, nesta 
passagem, com o seu literalismo. 

Não podem encontrar um lugar na Palestina em que caiba um rio de duzentas milhas de comprimento, seja de água, seja de sangue.” 

Ele esqueceu que o rio Jordão em seu leito sinuoso atinge 340 km, e, se o sangue descer em direção ao Egito passando pelo deserto do Neguebe poderá atingir muito mais! 

Fora da cidade dá a entender que o local da batalha do Armagedom dar-se-á no vale de Jezreel o mais famoso, o mais vasto, não só do norte bem como de todo o país de Israel 16.16. 
 
CONCLUSÃO:

AS QUATRO MAIORES TRAGÉDIAS DA VIDA

1° Viver neste mundo sem ter abarcado a Cristo!

2. Sair deste mundo sem Ter a certeza de salvação!

3. Morrer sem ter o nome escrito no Livro da Vida!

4. Ter o nome escrito e depois ser ele riscado! 

Venha a Cristo para que seu nome seja escrito!

Faça uma confissão que confirme seu nome no livro da vida (Mt 10. 32; Rm 10. 9,10)

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado

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