terça-feira, 23 de novembro de 2021

FILHOS REBELDES: DE QUEM E A CULPA?


TEXTO BASE EF 6: 1 =4

INTRODUÇÃO 

TEMA: FILHOS REBELDES: DE QUEM E A CULPA?
 
Crianças: vítimas ou culpadas? 

Estamos, diante de uma questão polêmica: quem é o culpado pela existência de filhos problemáticos? 

A culpa tem sido atri­buída a vários fatores, de acordo com a percepção de cada pessoa.

Antes de redigir este estudo, além das pesquisas bíbli­cas, foram ouvidas pessoas de diferentes posições sociais, membros de igreja, oficiais e até mesmo elementos que professam outros credos, procurando sentir o que está acontecendo e o que pensam sobre o problema. 

Alguns responderam ser a sociedade a culpada, muitos afirmaram serem os pais (a família), outros não tiveram respostas, mostrando-se confusos e reflexivos. 

O problema existe e requer uma análise profunda das dificuldades que afetam hoje os lares, os pais, os adolescentes e jovens.


I° O conflito de gerações

1° O lar hoje. Mudou muito a estrutura dos lares modernos. 

Pelo menos três pontos são bem conhecidos:

1° O amor está se esfriando: 

O casamento por si já é uma sociedade complexa. 

E ele está em crise. Se o dia não foi muito bom para um dos cônjuges, é certo que será ótimo para um bate-boca.

2. O sustento da casa está cada vez mais problemá­tico. 

Se o dinheiro falta, a confusão está armada; quando sobra também.

3° Filhos sem afeto: A convivência dos pais com filhos é cada vez menor. 

O pai precisa sair de madrugada para o trabalho e só volta à noite: quase não convive com os filhos. 

A mãe tem sido obrigada a trabalhar fora.

2. Como são os filhos: A personalidade dos filhos é fruto de uma carga variada de influências-, o meio em que se formaram, a herança paterna, as influências externas e especialmente o pecado original do qual só nos livramos pela conversão e pela misericórdia de Deus. 

Assim, encon­tramos:

1° filhos rebeldes: estão sempre de mau-humor e criado conflitos com os pais e irmãos; logo cedo na vida arrumam seus colegas, se "enturmam" e não têm hora para sair ou chegar em casa;

2. filhos desobedientes: têm por hábito contrariar a vontade dos pais em quase tudo; não acatam sua autori­dade, suas ordens, fazem o que querem;

3. filhos respondôes: discordam de tudo, às vezes gratuitamente; são turrões; outros agridem com palavras que humilham e ferem; xingam, discutem. 

Muitos assumem uma posição política contrária à da família, o que se torna um motivo a mais para desavenças;

4. filhos agressivos: são indelicados, batem nos irmãos e até nos pais, quebram objetos. São de "estopim curto". 

A qualquer contrariedade, explodem. 

Quando che­gam em casa, tudo fica tenso; quando saem, é um alívio;

5. filhos preguiçosos: não cumprem suas tarefas, não estudam, e não querem trabalhar;

f. filhos delinqüentes: desviam-se dos padrões morais da família, envolvendo-se em namoro escandaloso, ou mexendo com drogas, roubos, etc. 

São "barra-pesada" e a polícia está sempre de olho neles.


II. Problemas externos afetam a harmonia do lar

Entre os problemas externos, vamos analisar a inter­ferência do consumismo e dos meios de comunicação sobre o lar.

1° Consumismo: A família sofre os efeitos negativos da inflação, mas o consumismo é um flagelo ainda maior. 

Provavelmente o verbo "comprar" seja o mais conjugado nos lares. 

Quando a expectativa dos filhos não corresponde aos seus anseios, surgem conflitos na família, que levam a conseqüências desastrosas - indisposição de pais contra filhos, abandono do lar, desenlaces, acarretando para os filhos problemas das mais diversas naturezas.

2. Influência negativa dos meios de comunica­ção: uma interpretação materialista da vida. Isso não é novo. 

Nos dias de Davi já havia quem afirmasse: "Não há Deus", SaImo 14: 1. 

Hoje a divulgação dessa posição é feita pelo cinema, televisão, jornais, revistas, internete e livros. 

Os meios de comunicação estão solapando o alicerce da família.


III. Do ponto de vista espiritual, o que precisa ser feito

Aqui reside o ponto central da questão: filhos problemá¬ticos normalmente não crêem em nada. 

Até mesmo no meio evangélico, esse mal vem campeando. 

Os críticos atribuem a culpa à Igreja, aos pastores e presbíteros. 

Alegam falta de ambiente adequado, de tato no relacionamento, de melhores programas, ou de excessiva rigidez doutrinária. 

Na verdade, a Igreja começa ou tem a sua origem no lar e este, por sua vez, tem falhado em vários aspectos básicos, indispensáveis para a criação dos filhos, como:

1° Falta de espiritualidade: No Antigo Testamen¬to, no sistema patriarcal, cada família se constituía numa congregação, onde Deus era servido e adorado, Deuteronômio 6: 4, 9. 

O cristianismo também se desenvolveu através das famílias. 

A Igreja Primitiva não tinha templos; suas reuniões eram feitas nos lares, Romanos 16: 5. 

Hoje, a falta de cultivo espiritual nos lares está corroendo e desintegrando a família.

2. Falta de ensino, Prov. 22:6 e 15. Os pais crentes precisam saber dizer aos seus filhos: 

"Sede meus imitadores como também eu sou de Cristo", I Corintios 11: 1.

3. Falta de disciplina: Esse elemento é indispen¬sável para a construção da obediência dos filhos, Provérbios 22: 15; 23:13-14 e 29:15-17 e Efésisos 6:1-3.

4. Falta de amor : A Palavra de Deus determina que os pais amem os seus filhos, mas também que sejam prudentes, não os irritando, Colosenses 3: 21. 

Os filhos problemáticos são na maioria das vezes frutos de uma rejeição, involuntária ou deliberada dos pais.


Conclusão

Duas propostas de soluções para os pro­blemas entre pais e filhos.

1° O diálogo: Hoje os pais estão mais amadurecidos quan­to a esses problemas e procurando dialo­gar com os ãlhos.

Es­tão procurando apoio ou lendo mais, porque sabem que, dependendo da idade, soluções anti­gas como bater, casti­gar, humilhar são questionáveis. 

O diá­logo tem dado mui­tos resultados, principalmente quando sincero, mar­cado pelo exemplo e pelo amor.

2. A oração: Tanto nos casos que possa­mos julgar fáceis, como nos difíceis, a intercessão pelos fi­lhos e pelo lar é mui­to necessária. Jó fazia isso, diaria­mente, Jó 1: 5.

"A vida de um ho­mem não consiste na abundância dos bens que ele pos­sui", Lucas 12: 15. 

Os bens de que a famí­lia mais necessita não podem ser ad­quiridos em lojas. 

Os maiores bens de uma família são a co­munhão com Deus, o amor, a paz e a harmonia.

A ser viso do rei Pr. João Nunes Machado

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