INTRODUCÃO
TEMA: A IDENTIDADE DA RELIGIÃO DE JESUS
16. Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a roupa, e faz-se maior a rotura.
17. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam.
Jamais cometa o erro de pensar, que Jesus nesta passagem está abolindo de vez o Velho Testamento.
De maneira alguma, pois os princípios do Evangelho podem ser observados claramente nas
experiências de vida das pessoas do Velho Testamento.
Jesus está falando de identidade, de sentido e da razão.
Vamos entender esta passagem:
I. VAMOS RECORRER AO CONTEXTO DO NOSSO TEXTO EM MATEUS - Mt 9:
Jesus está na casa de Levi ou Mateus, o mesmo que escreveu este Evangelho.
Jesus se encontra com Mateus e o chamou e este aceita o chamado. (Mt. 9: 9)
Mateus oferece um jantar em sua casa para Jesus.
Pessoas que não eram aceitas pelos religiosos se assentam à mesa. (Mt. 9: 10) (cf. Lc. 5: 31,32,46,47)
Os fariseus ficaram perturbados com o que viram e questionaram os discípulos de Jesus. ( Mt. 9: 11)
Jesus ouve a pergunta e responde e pede que eles procurem entender um trecho das Escrituras. (Mt. 9: 11-13) (cf. Mt.12: 7; Pv.21: 3; Os.6: 6; Mq.6: 6-8)
Os “discípulos de João Batista” questionam a Jesus sobre o jejum. ( Mt. 9: 14)
Na Literatura dos Judeus é ensinado que o jejum era praticado sempre no terceiro e no quinto dia da semana (segundas e quintas).
Os religiosos mostravam-se melancólicos, depressivos, sujos e barbudos.
Assim todos saberiam que estavam praticando o jejum.
A resposta de Jesus é dada por meio de três parábolas: o casamento judeu, o pano novo em roupa velha e o vinho novo em odres velhos.
A intenção real do questionamento era saber por que Jesus e Seus discípulos não conservavam as “formas consagradas” da religião tradicional.
A questão era: “Por que vocês não mantêm a cultura tradicional?”
Eles desaprovavam o tipo de religião praticada por Jesus e Seus discípulos.
II. O CASAMENTO.
Jesus fala dos “convidados” para serem os paraninfos (os que prestam homenagem, discursam) do noivo.
São “amigos especiais”, que deveriam sentir a mesma alegria do noivo ao contemplar o rosto da noiva.
“Levavam” a noiva ao noivo antes do casamento, “acompanhando-os” até a casa.
“Contemplavam” o deleite do noivo a receber a noiva e se “rejubilavam”.
Quem pensaria em jejum numa hora dessas?
Jesus se referia às atitudes, que os religiosos mais antigos deveriam expressar aos mais novos que Deus estava chamando.
Chegaria o tempo em que Ele seria tirado tragicamente do convívio dos Seus e estes, então se voltariam à tristeza e ao jejum.
O jejum é um exercício de alma, por causa do pecado e da tristeza de não cumprirmos os propósitos de Deus. (Mt.17: 19-21)
O jejum não deve ser uma mera formalidade religiosa, ou servir como exaltação de uma forma religiosa “externa”. (Mt. 6:15-18)
III. O PANO NOVO COMO REMENDO DE ROUPA VELHA.
Era o pano que ainda não fora lavado e quando assim fosse sofreria o encolhimento, rasgaria e desfiaria.
É impossível juntar os ensinamentos de Jesus aos rudimentos e às regras dos religiosos.
IV. VINHO NOVO EM ODRES VELHOS.
O vinho novo é ativo e é dotado de características fortes, expansivas; assim sendo, um odre velho, depois de usado e ressecado, por ser frágil e quebradiço arrebentaria com o vinho novo.
Os odres eram recipientes de couro, geralmente de peles de cabra, cuja parte grosseira ficava para o lado de dentro.
O couro de um odre velho se rasgaria pela fermentação do vinho novo.
Não procure uma religião que se caracteriza pelo cumprimento de rituais externos,
acompanhados de tristeza e humilhação.
A religião verdadeira se caracteriza pela expansão da alegria, da bondade, da misericórdia e da vida de Deus nas pessoas.
Ela não é uma caixa que aprisiona o amor de Deus.
A serviço do Rei, Pr João Nunes machado
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