sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O CRECIMENTO DOS EVANGÉLICOS E AS ASSEMBLÉIAS DE DEUS


O crescimento dos evangélicos e a Assembleia de Deus

Preletor: Valmir Nascimento

A influência da Assembleia de Deus na expansão dos evangélicos no Brasil.

Há poucos dias foram divulgados os dados do Censo de 2010 pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

Os números apontam a continuidade na redução dos católicos e a expansão dos evangélicos.

Conforme matéria da Folha de S. Paulo [1], entre 1960 e 2010, o Brasil viu a parcela de sua população que se declara católica cair de 93,1% para 64,6%.


Em 2000, segundo dados do censo daquele ano, os católicos representavam 73,6% da população.

Em seguida vinham evangélicos (15,4%), pessoas sem religião (7,4%), pessoas de outras religiosidades (1,8%), espíritas (1,3%) e umbandistas e candomblecistas (0,3%).

A pesquisa mostra que a queda na proporção de católicos foi acompanhada pelo crescimento dos evangélicos, que em 1960 eram apenas 4% da população e em 2010 alcançaram 22,2%.

No caso dos evangélicos - prossegue a matéria - o crescimento foi puxado pelas igrejas de origem pentecostal, como a Assembleia de Deus ou a Universal do Reino de Deus, que atingiram 13,3% do total da população.

Os chamados evangélicos de missão, pertencentes a religiões mais tradicionais, como a luterana e a batista, tiveram menos oscilações. Mas a Igreja Universal do Reino de Deus - vale dizer - foi a que mais perdeu fiéis (queda de 11% em relação a 2000).

A igreja, que nos anos 1990 deu um salto de 269 mil para 2,1 milhões de fiéis, perdeu 228 mil na última década. [2]

A Assembleia de Deus, portanto, teve participação respeitável no crescimento dos evangélicos no Brasil.

Ao explicar este fenômeno, o colunista da Revista Veja, Reinaldo Azevedo, diz que a pregação da Assembleia de Deus “está muito mais centrada na defesa de VALORES, especialmente os ligados à unidade da família.

Se é uma igreja que cresce no chamado “Brasil moderno e urbano”, esse crescimento se dá com a pregação de valores que podemos chamar “tradicionais”.
O colunista continua: “A Assembleia, infiro, tende a crescer de forma sustentável e consolidada porque opera numa esfera que produz alterações que tendem a ser permanentes.

As correntes que dão excessivo valor às relações de troca com Deus podem ter ascensão vertiginosa, mas esbarram, não tem jeito, no peso da realidade.

O Altíssimo não sai por aí recompensando quem faz muita bobagem com sua conta bancária. Também não costuma resolver os problemas que estão afeitos à medicina.

“A força desse tipo de discurso é limitada”.

Pois bem. Na condição de evangélicos ligados à Assembleia de Deus precisamos olhar esses números e afirmações sem orgulho e ufanismo.

É fundamental relembramos que a expansão qualitativa dos evangélicos deve vir acompanhada de um verdadeiro avivamento, afinal avivamento não é somente o crescimento numérico dos cristãos; mas sim a mudança de vida proporcionada pela nova vida em Cristo.

Como disse Ashbel Green Simontom: “Avivamento é o sopro de Deus para tirar a poeira que foi acumulada no decurso dos anos sobre nossa vida espiritual”.

O crescimento numérico dos evangélicos provocará mudanças positivas dentro da sociedade somente se realmente for adotada uma postura de vida essencialmente alicerçada nos princípios imutáveis da Bíblia.

Como disse Schaeffer: “Enquanto cristãos, não basta só conhecer a cosmovisão correta, a cosmovisão que nos diz a verdade sobre o que existe, mas também agir conscientemente de acordo com aquela visão de modo a influenciar a sociedade o máximo que pudermos em todas as suas áreas e aspectos e por toda a nossa vida, na total extensão dos nossos dons individuais e coletivos”.

Por essa razão, a notícia da influência da Assembleia de Deus na expansão da população evangélica brasileira deve ser recebida com humildade, reconhecendo que sem Cristo nada podemos fazer, e também com a consciência de que o crescimento deve ser mantido com coerência e solidez, mas não a qualquer custo. Daí porque, é necessário rechaçar toda e qualquer tentativa de influência da prática neopentecostal e da teologia liberal nos arraiais assemblei anos, mantendo a ortodoxia bíblica e ao mesmo tempo acompanhando os anseios e as demandas do tempo presente, dentro dos limites bíblicos.

Para tanto, vale destacar o papel que vem sendo desenvolvido pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus e a sua preocupação com a qualidade e desenvolvimento das escolas bíblicas dominicais, para a disseminação do ensino sistematizado das escrituras; e também por meio da constante publicação de matérias, reportagens e artigos em defesa dos valores éticos, da instituição familiar e contra o liberalismo social da atualidade.

[1] Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/poder/1112382-catolicos-passam-de-931-para-646-da-populacao-em-50-anos-aponta-ibge.shtml

[2] Disponível em http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/jornais-censo-do-ibge-mostra-brasil-menos-catolico-e-ainda-mais-evangelico/

Data: 6/8/2012 09:43:44

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