terça-feira, 18 de julho de 2023

DÉBORA - mulher ousada e usada por Deus*

TEXTO BASÍCO JZ 4: 5

INTRODUÇÃO

Ela assentava-se debaixo das palmeiras de Débora, entre Ramá e Betel, nas montanhas de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo. Juízes 4: 5

ÉPOCA

Débora foi chamada pelo Senhor para ser juíza em Israel.

"... e os filhos de Israel subiam a ela a juízo." 

os juízes que governou o povo judeu após a morte de Josué, não era um homem, mas uma mulher, uma das mais famosas de todos os tempos, a profetisa Débora. 

Antes dela foram Otniel, Eúde e Sangar, este último apenas por um curto período de tempo.

Após a morte de Ehud os judeus abandonaram os caminhos da Torá e adotaram muitos dos ídolos. Como consequência Deus os entregou nas mãos do rei de Canaã, Jabim, cuja residência real era a cidade de Hazor. Seu cruel general, Sísera, oprimiu os judeus durante vinte anos. Sísera possuía um exército bem treinado de cavalaria. 
Ele também tinha carros de ferro que eram os "tanques" daqueles dias. 

Os judeus sofreram terrivelmente sob o domínio cruel de Sísera, e em grande desespero clamaram a Deus.

A falta de um ensino doutrinário nos lares dos israelitas, a ausência de uma educação bíblica dos pais aos filhos foi o primeiro fator que levou Israel a viver um período tão difícil como foi o período dos juízes, um período onde havia instabilidade espiritual, onde o povo permitiu que os costumes dos povos que habitavam a terra se introduzissem no meio do povo de Deus, um período em que a liberdade e o bem-estar foram exceção, verdadeiros oásis num deserto de sofrimentos, opressões e domínio estrangeiro.

Esta mesma circunstância, a propósito, vivemos nos dias atuais na Igreja. Há uma grande negligência por parte dos pais no ensino bíblico para seus filhos. 

Não há mais culto doméstico nos lares, não há mais momentos de adoração a Deus, não há qualquer ensino das Escrituras nas casas dos crentes. Pais e filhos pouco se conversam e servir a Deus em conjunto, no lar, então, é uma raridade. 

O resultado é a instabilidade espiritual da igreja, a introdução do mundanismo e o desvirtuamento de grande parte de nossas crianças, adolescentes e jovens. Voltamos a viver o difícil tempo dos juízes.

Sem educação, sem ensino, o povo desvia-se espiritualmente. Como a geração que seguiu a dos conquistadores de Canaã “não conhecia ao Senhor nem tampouco a obra que fizera a Israel”, “fizeram os filhos de Israel o que parecida mal aos olhos do Senhor e serviram aos baalins”. 

O resultado da falta de educação doutrinária no lar é um só: a mistura com o pecado e com o mundo,o desvio espiritual.

SITUAÇÃO

Deus permitia que o povo sofresse para que eles pudessem se arrepender dos seus pecados. 

Na verdade, não fossem estas opressões, estas gerações deste período teriam todos se perdido, mas, aprouve o Senhor permitir que fossem oprimidas pelos inimigos, pois, assim, cada geração teve a oportunidade de se salvar, tanto que, pelo que vemos da narrativa do livro dos Juízes, todas elas, no sofrimento, voltaram-se para o Senhor e a Ele clamaram, tendo Deus, em todas às vezes em que isto ocorreu, levantado libertadores para povo, os juízes, que dão título ao livro.

Toda a nação a reconhecia como líder e, enquanto julgava os problemas espirituais e materiais do povo, ela também os instruía nas coisas de Deus. 

E tudo isto ela fazia porque amava o Senhor e O obedecia e servia de todo o coração.

Débora vivia na região montanhosa de Efraim, entre Ramá e Betel. 

Ela sentava-se debaixo de uma palmeira e o povo de Israel vinha até ela a fim de que ela os ajudasse a resolver as questões que traziam. 

Além de juíza ela também era profetisa, sendo assim, tinha autoridade divina para discernir e dar soluções ao que a procuravam

SOFRIMENTO

Débora representa este alto padrão, de uma mulher que não se curvou e não se prostrou diante de um tempo difícil. 

O contexto social de seu povo, não distava tanto do nosso. 

A bíblia diz que, no tempo dos Juízes, não havia um rei humano sobre Israel, e as pessoas faziam o que bem entendiam (Jz 17.6;21.25). 

As pessoas agiam conforme seu bel prazer, fazendo o que era mau diante do Senhor. Característica, também, de nossa geração.

Semelhanças com nosso tempo:

1- Eram tempos de apostasia. (Jz 5.8) A Bíblia diz que aquele povo escolheu deuses novos para si. 

Desprezaram o Senhor, o único Deus. 

Rejeitaram seus preceitos. Hoje, no século XXI, nossa sociedade busca novos deuses, e jamais se satisfazem, pois são fontes sem vida (sexo, dinheiro, religião, falsos amores, falsas riquezas)

Eram tempos de guerra. (Jz 5.8). “a guerra estava às portas”. 

Neste contexto a guerra era literal, o exército inimigo (cananeus) era preparado, e tinha “novecentos carros de ferro” (Jz 4.1). 

Isto significava dizer que, o exército do inimigo era praticamente invencível. 

Israel tinha apenas uma infantaria, faltava-lhes cavalos, e carros de combate.

Eram tempos de apatia, indiferença. (Jz 5.8) “Não se via escudo nem lança entre quarenta mil em Israel”.  

Não obstante a guerra que estava armada, ninguém se posicionava. 

Ninguém se prontificava, ninguém se lançava à combater. você pode imaginar essa mulher vendo tanto sofrimento e não podendo fazer nada?

SUA ALEGRIA

Uma verdadeira Débora tem experiência com Deus.  (Jz 5.4-5).

A profetisa Débora só pode se levantar com poder e autoridade em Israel, porque tinha uma vida com Deus. 

Ela era uma profetisa, sabia ouvir a voz de Deus, e tinha comunhão com Ele. Mas do que isso conhecia muito bem quem era Deus.  

Em seu cântico, ela declara os feitos de Deus em Israel e testemunha da vitória do povo de Deus em Israel, se referindo aos seus feitos no êxodo.

Uma verdadeira Débora é um lugar de refúgio para o aflito.

A bíblia diz que Débora em meio aquela sociedade de caos era como um lugar de refúgio, para as pessoas ao seu redor.  

Ela se sentava debaixo de uma palmeira e julgava a causa do povo.  V.5 “Ela atendia debaixo da palmeira de Débora”...  e os filhos de Israel subiam até ela em juízo.  Ele julgava e aconselhava.

Diante de nosso contexto, também podemos ser como Débora,  há muitos aflitos que procuram um lugar seguro. 

Não precisamos ir muito longe, dentro de nossas casas, muitas vezes, nossos filhos buscam desesperadamente uma mãe para conversar, mas em muitos momentos encontram, somente uma juíza, falta o conselho e a sabedoria.
A mulher sábia, virtuosa de Pv 31, fala com entendimento”

Débora não tinha um trono, nem mesmo um palácio, ela tinha uma palmeira. E uma palmeira era o suficiente.

Uma verdadeira Débora faz de sua casa um lugar de refúgio!

Uma verdadeira Débora tem certeza da vitória (Jz 4.7,9)

O senhor garantiu a vitória: “..darei em suas mãos o inimigo”.

Nesta batalha da vida, o Senhor já nos garantiu a vitória em Jesus Cristo. 

Não há nada que possa anular o sacrifício de Jesus Cristo na cruz por nós. Esta vitória esta consumada! Acabada! 

A sua vitória, é a vitória da cruz, da ressurreição de Cristo.

Os inimigos de Israel eram muitos, a força deles era pouca, mas a vitória já estava garantida.

Uma verdadeira Débora é uma voz de coragem e incentivo. 

Jz 4.14 Quando estavam diante do inimigo Débora disse a Baraque:“Dispoe-te”

Tenha coragem, seja forte! Você conseguirá, o Senhor te deu o inimigo. 

Baraque era um guerreiro que precisava ser despertado, e através do encorajamento de Débora este homem se levantou.

Encoraje! Através da oração, você também pode encorajar a muitos, e mudar o rumo até mesmo de uma nação inteira. elogie, acredite nos seus, viva uma vida de encorajamento. Porque o Senhor é aquele que te fortalece, você também pode fortalecer o guerreiro que está adormecido dentro de sua casa.

LIÇÃO

William Wordsworth disse o seguinte: "A sabedoria geralmente está mais perto quando nos curvamos, e não quando elevamos a cabeça."

Foi exatamente isto que aconteceu com Débora. Ela foi uma juíza que não buscou a posição de juíza. 

Foi Deus que a colocou nesta posição e ela a aceitou com muita humildade. Ela realmente viveu o provérbio que diz: "Para subir é preciso descer." 

O caminho para ser grande no reino de Deus é o caminho da humildade.

Débora não só não se deixou misturar com o pecado dos povos que vivem no meio do povo de Israel, como também buscou de forma bem intensa ao Senhor, a ponto de ser uma “mulher profetisa”. 

No texto sagrado, é a segunda profetisa que surge, a primeira na Terra Prometida, pois a primeira que assim é mencionada é Miriã, a irmã de Moisés (Êx.15:20). 

Esta busca a Deus em meio a um povo corrompido demonstra a grande firmeza de caráter de Débora é o segredo de sua coragem, a virtude. 

Débora não havia deixado de ser “mulher”, nem de ser a “mulher de Lapidote”, ou seja, mantinha sua condição de mulher e, como tal, com deveres e funções diferentes da dos homens e das de seu marido. 

Débora não era uma “feminista”, que defendia que as mulheres são iguais aos homens e que não há qualquer diferença entre os dois gêneros. 

Débora é um exemplo de que, diante de Deus, não há acepção de pessoas, mas que cada um mantém a sua individualidade, individualidade esta que deve ser respeitada e, mais, que homem e mulher são diferentes, tendo atividades e funções peculiares a cada gênero, Se agimos com sabedoria, Deus nos coloca em lugares altos. 
Débora era esposa, mas Deus a colocou num cargo de autoridade até então só exercido por homens, onde ela aconselhava sobre tudo, inclusive, estratégias de Guerra. Julgava e tomava decisões para homens e mulheres. 

Era mediadora e consultora sobre qualquer assunto. Como ela poderia fazer isso se não fosse uma mulher sábia? 

E como ela seria considerada uma mulher sábia se não fosse uma boa esposa? Creio que não é a toa que a Bíblia relata que era casada com Lapidote, que quer dizer “Trovão”. Com certeza, pelo significado do seu nome, ele não era daqueles homens que deixaram de exercer seu sacerdócio no lar e por isso a mulher tomou a dianteira. 

Pelo contrário, quero crer que ele mesmo a abençoou para exercer seu cargo porque via na esposa tanta sabedoria que achava desperdício não compartilhar isso com o povo!

Algumas mulheres serão chamadas para exercer cargos importantes e poderão ser reconhecidas por suas capacidades de liderança e estratégias empresariais ou de negócios. Mas nunca se esqueça que nosso primeiro grande empreendimento é a nossa família. Seu sucesso no trabalho não será completo e não te fará realizada se dentro de casa você se ver como um fracasso. Dê mais valor aos elogios da sua família do que aos do mundo, pois são seus filhos, marido, mãe, pai e irmãos que convivem com você e sabem como você realmente é diante das crises, das aflições, dos problemas, do cansaço e dos dias de festa. Se eles disserem que você é uma mulher de Deus, acredite! Se não disseram ainda, preocupe-se em agir de maneira que eles possam ver em você a Glória e o agir do Senhor.

Mas não se esquece o sacerdócio do lar é do marido, não tome e dianteira não passe na frente dele, mesmo você sabendo fazer,

Deus quer nos fazer mulheres marcantes, cheias de poder do Espírito Santo. Débora ficou conhecida como “mãe” de Israel porque lutou com todas as forças para a salvação daquele povo.

 Fez aquilo que qualquer mãe faria por seus filhos. Somos mulheres e temos força e garra dadas pelo nosso Criador. Hoje Deus nos chama para sermos “poderosas”, mas não de acordo com o sistema desse mundo. 

Nosso poder não está no dinheiro, no trabalho, na beleza, na elegância, no corpo, no cabelo ou nas roupas. 

Está no Senhor dos exércitos que nos diz: “Desperte, Débora, Desperte!” (Juízes 5:12). Amém!


QUERO ORAR COM VOCE

Pai em Nome de Jesus, me ajude, me capacite quero ser Débora mulher temente a Ti, mulher humilde a ao mesmo tempo forte, quero ter a sabedoria de discernir situações e ajudar a resolver, mas que nunca eu venha ultrapassar meu esposo no sacerdócio dele, que seja submissa a ele, pois sei quando se faz isso, o Senhor poderá me usar poderosamente nesta terra, que em tempos de crise eu recebe de Ti a paz e confiança que o Senhor está à minha frente para me mostrar o caminho que devo percorrer, que as qualidades de Débora esteja em minha vida em Nome de Jesus. Amém!

Mulheres da bíblia e sua história!!

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado

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