segunda-feira, 1 de abril de 2013

brigas entre os pais e suas consequências para


TEXTO BASE 2: CRON 7: 14 =15

INTRODUÇÃO

TEMA: Brigas entre os pais e suas consequências para a criança= I

"Brigas entre o casal, entretanto, são sempre nocivas aos filhos, na presença deles ou não.
As crianças têm sensores de alta precisão, pois sabem "ler" a mente dos seus pais.
As palavras, os gestos e o tom de voz podem sinalizar a hostilidade.
As brigas sempre acarretam um nível de estresse elevado que afeta a criança, gerando sofrimento e medo.
Quando as brigas são constantes, esse estresse se transforma em um estresse crônico e pode trazer sintomas e doença à criança"


As relações interpessoais são sempre relações delicadas.
O ser humano necessita do outro para se desenvolver e todo o seu comportamento é modelado pelas trocas afetivas e intelectivas, que ele aprende a fazer ao longo da vida.
Em função de um sofisticado mecanismo do cérebro, chamado sistema de neurônios espelho, desde o inicio da vida, pode-se ter a representação na mente do gesto, da mímica do outro e assim ajustar a própria conduta em função do que se supõe que acontece na mente do outro.
O nosso cérebro é uma máquina de ler mentes.
Quanto mais próximas são as relações entre as pessoas, mais delicadas também são, pois um maior envolvimento afetivo, necessariamente, estará em jogo.
É na família que se tem o aprendizado das relações amorosas, assim como também é na família, que se tem o aprendizado de relações hostis.
Na família, uma relação conjugal viva favorece muito o desenvolvimento dos papéis de mãe e de pai.
Ver os pais de mãos dadas é tranquilizador e mesmo apaziguador para quaisquer fantasias de perda da criança.
É evidente que os filhos apreciem muito ver os pais em harmonia.
É preciso deixar claro, porém, que discutir não é brigar, pois antes e depois de se constituírem como casal, existem duas pessoas com suas próprias identidades, o que significa: interesses, desejos e motivações que podem ser diversas. Para se constituírem como casal, afinidades são importantíssimas, mas as diferenças também são atraentes e podem trazer ganhos consideráveis ao relacionamento.
As diferenças, entretanto, trazem discussões muitas vezes. Discussões e brigas são fatos bem diferentes.
As discussões podem ser saudáveis.
Debates entre o casal de pais pode ser até interessante para que o filho perceba que existem pontos de vista diferentes sobre os mesmo temas e que consensos podem ser atingidos.
O filho pode aprender com o comportamento dos pais a ser flexível, pode verificar que o ceder e aceitar o ponto de vista do outro é também legítimo.

As brigas entre o casal, entretanto, são sempre nocivas aos filhos, na presença deles ou não.
As crianças têm sensores de alta precisão, pois sabem "ler" a mente dos seus pais.
As palavras, os gestos e o tom de voz podem sinalizar a hostilidade.
As brigas sempre acarretam um nível de estresse elevado que afeta a criança, gerando sofrimento e medo.
Quando as brigas são constantes, esse estresse se transforma em um estresse crônico e pode trazer sintomas e doença à criança.
As brigas entre o casal trazem, com frequência, a desqualificação das pessoas.
As pessoas que exercem os papéis parentais ficam denegridas, desvalorizadas e são elas que constituem os modelos de identidade para o filho.

Na infância, é importantíssimo que as figuras parentais sejam valorizadas e mesmo idealizadas, para que a criança se sinta segura, protegida e internalize princípios, normas e valores de conduta.
Da mesma maneira, o casal constitui o modelo de par para as futuras relações do filho.
Hoje a criança convive com muitos amigos que são filhos de pais separados e, frente à briga de seus pais, imediatamente antecipa a possibilidade deles se separarem e sofre pelas fantasias antecipatórias catastróficas, que passam a povoar sua cabecinha.

Brigas constantes entre os pais mostram que o casamento está indo mal e nenhuma criança consegue viver ilesa, do ponto de vista psicológico, no velório de uma conjugalidade, que não mais existe mais entre os pais.
A vivência de relações de hostilidade na família leva à insegurança, ao medo e, o que é muito perigoso, ao enfraquecimento dos comportamentos éticos, isto é, ao enfraquecimento do respeito e do amor ao outro e à vida.
 A ética depende de processos de consciência, que precisam ser instalados primordialmente na família.
Adaptação por Pr. João Nunes Machado

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