domingo, 3 de dezembro de 2023

UZÀ, AS CONSEQUÊNCIAS DA DESOBEDIÊNCIA E ÀS INSTRUÇÕES DE DEUS...!!!!*

TEXTO BASÍCO I CR 13: 1-14

INTRODUÇÃO

Então disse toda a congregação que se fizesse assim; porque este negócio pareceu reto aos olhos de todo o povo.1 crônicas 13: 4

As circunstâncias que resultaram na morte de Uzá estão registradas em 1 Crônicas 13.1-14. 

O rei Davi decidiu trazer a Arca da Aliança de Quiriate-Jearim para Jerusalém, uma distância de cerca de 16 kms, e ele mandou construir um novo carro de bois para carregá-la.

Enquanto eles viajavam para Jerusalém, os bois tropeçaram. Uzá, que caminhava ao lado da carroça, estendeu a mão para evitar que a arca caísse.

"Então se acendeu a ira do Senhor contra Uzá, e o feriu, por ter estendido a sua mão à arca; e morreu ali perante Deus" (1 Crônicas 13.10)

Parecia ter sido uma reação automática por parte de Uzá (também escrito sobre Uzá no relato paralelo de 2 Samuel 6), mas Deus considerou suas ações tão sérias que o matou.

Por que Deus matou Uzá? Deus estava sendo excessivamente duro e cruel?

Desobedecer as instruções de Deus

Este incidente é um exemplo de pessoas desrespeitando as instruções de Deus e fazendo o que era certo aos seus próprios olhos. 

Deus havia dado instruções claras sobre como a arca deveria ter sido transportada.

Em Êxodo 25.14-15  e Deuteronômio 10.8  vemos que a arca estava equipada com varas para serem carregadas nos ombros dos levitas. 

Números 7.9 acrescenta que esse grupo de levitas, os filhos de Coate, não usavam carroças “porque deles era o serviço das coisas sagradas, que deviam levar nos ombros”. E, enquanto carregava as coisas sagradas, Deus advertiu claramente os levitas: “não tocarão em coisa alguma sagrada, para que não morram” (Números 4.15). 

Tanto Davi quanto Uzá esqueceram ou desconsideraram essas instruções.

O relato paralelo em 2 Samuel 6.6-7 afirma que Uzá “pegou nela” e “se acendeu a ira do Senhor contra Uzá, e o feriu, por ter estendido a sua mão à arca; e morreu ali perante Deus”.

Se Deus tivesse comprometido Sua santidade ao ignorar a falta de cuidado e reverência de Uzá e Davi, as pessoas poderiam compreensivelmente concluir que Sua santidade não era algo tão sério e começariam a tratar Deus com desrespeito, de outras maneiras. 

Ao mostrar sua seriedade, Deus procurou proteger o povo de cometer esse erro destrutivo.

Deus esperava que as pessoas tratassem a arca com o maior respeito. Em um incidente, vários habitantes de Bete-Semes foram mortos por profanarem a arca (1 Sm 6.19).

Davi reconhece seu erro

Inicialmente Davi se entristeceu com a morte de Uzá. 

O ardor da ira de Davi não foi dirigido contra Deus, mas se referia à calamidade que se abateu sobre Uzá, ou falando mais corretamente, à causa dessa calamidade, que Davi atribuiu a si mesmo. ou ao seu empreendimento. 

Como ele não apenas havia decidido a remoção da arca, mas também havia planejado a maneira pela qual ela deveria ser levada para Jerusalém, ele não pôde atribuir a ocasião da morte de Uzá a nenhuma outra causa além de seus próprios planos.

Após a confusão inicial de Davi, ele percebeu que havia agido contrariamente às instruções claras de Deus sobre como transportar a arca.

Em 1 Crônicas 15.2 lemos: “Então disse Davi: Ninguém pode levar a arca de Deus, senão os levitas; porque o Senhor os escolheu, para levar a arca de Deus, e para o servirem eternamente”.

Neste ponto, Davi entendeu que a arca deveria ser carregada com varas nos ombros dos levitas, assim como Deus havia ordenado a Moisés (1 Crônicas 15.15). 

Em seguida, os sacerdotes e levitas santificaram-se em preparação “para fazer subir a arca do Senhor Deus de Israel” (1 Crônicas 15.14).

Quando eles seguiram cuidadosamente as instruções de Deus, eles enfim conseguiram trazer a arca “com alegria” (1 Crônicas 15.25), e eles completaram a jornada com sucesso sem mais nenhum contratempo. Que diferença de sua primeira tentativa!

Lições para nós

Muitas referência nas escrituras mostram que Deus não é cruel e vingativo. 

Em vez disso, “Deus é amor” ( 1 João 4.8 ), e Ele estava disposto a sacrificar Seu Filho Jesus Cristo para que todas as pessoas tivessem a oportunidade de herdar a vida eterna em Seu Reino (1 Timóteo 2.4; 2 Pedro 3.9). Deus sempre age para o bem das pessoas.

Outro princípio importante é que devemos agir de acordo com a vontade de Deus – fazer exatamente como Deus instrui. 

Quando começarmos a usar nosso próprio raciocínio ou menosprezar Suas instruções, as consequências serão graves. Provérbios 3.5-7 diz: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento; em todos os seus caminhos reconheça-O, e Ele dirigirá seus caminhos. Não seja sábio aos seus próprios olhos”.

Mesmo que nossas ações sejam bem-intencionadas, o resultado pode ser grave se nossas decisões forem contrárias aos mandamentos de Deus. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14.12).

A triste história da tentativa fatal de Uzá de firmar a arca de Deus é uma lição dolorosa que ressalta a necessidade de fazer o que é certo aos olhos de Deus, não aos nossos próprios olhos. 

A tendência de fazer o que parece bom aos nossos olhos está no centro da rebelião humana contra a autoridade de Deus (cf. Gn 3.6).

Na maioria das vezes queremos ver apenas a nossa própria opinião pessoal (aquilo que parece certo aos nossos olhos) e não através das lentes dos princípios bíblicos. 

No entanto, como mostra o incidente com Uzá, o que é certo aos nossos olhos é irrelevante e frequentemente desastroso.

Para nosso aprendizado

O apóstolo Paulo ensinou: “Pois tudo o que antes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Romanos 15.4). 

O incidente com Uzá é um exemplo disso, pois aprendemos importantes lições que sua morte nos ensina. 

Deus tem o direito de tirar a vida, mas também tem o poder e o desejo amoroso de dar a vida eternamente.

Deus só quer o melhor para todas as pessoas. Ele está cheio de misericórdia, bondade, paciência, compaixão e perdão – possuindo poder total e completo. Cabe a cada um de nós exaltar e adorar o Deus vivo. 

Vamos ter certeza de que nossa vida diária é baseada nos princípios que Deus delineou em Sua Palavra para nosso benefício, e não em nosso próprio raciocínio, valores e padrões pessoais.

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado!


BELZEBU deus de ecrom*

TEXTO BASÍCO II RS 1: 2

INTRODUÇÃO

E caiu Acazias pelas grades de um quarto alto, que tinha em Samaria, e adoeceu; e enviou mensageiros, e disse-lhes: Ide, e perguntai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença. 2 Reis 1:2

Belzebu é a forma grega do nome Baal-Zebube, um deus pagão filisteu adorado na antiga cidade filisteia de Ecrom durante os tempos do Antigo Testamento. 

É um termo que significa "o senhor das moscas"  

Escavações arqueológicas em antigos sítios filistinos revelaram imagens douradas de moscas. Depois da época dos filisteus, os judeus mudaram o nome para "Belzebu", como usado no Novo Testamento grego, que significa "senhor dos estercos". 

Esse nome fazia referência ao deus da mosca que era adorado para obter a libertação das lesões daquele inseto. 

Alguns estudiosos bíblicos acreditam que Belzebu também era conhecido como o "deus da sujeira", que mais tarde se tornou um nome de amargurado desprezo na boca dos fariseus. Como resultado, Belzebu foi uma divindade particularmente desprezível, e seu nome foi usado pelos judeus como um epíteto de Satanás.

A palavra tem duas partes: Baal, que era o nome dos deuses da fertilidade cananeus no Antigo Testamento; e Zebul, que significa "habitação exaltada". Colocando as duas partes juntas, elas formaram um nome para o próprio Satanás, o príncipe dos demônios. 

Esse termo foi usado pela primeira vez pelos fariseus ao descrever Jesus em Mateus 10:24-25. 

Anteriormente, haviam acusado Jesus de expulsar os demônios "pelo maioral dos demônios" (Mateus 9:34), referindo-se a Belzebu (Marcos 3:22; Mateus 12:24).

Em Mateus 12:22, Jesus curou um homem endemoninhado que era cego e mudo. Como resultado, "toda a multidão se admirava e dizia: É este, porventura, o Filho de Davi? Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios" (Mateus 12:23-24).

É notável que os fariseus tenham reagido a esse incrível milagre feito por Jesus da maneira muito oposta à da multidão, a qual percebera que Jesus era de Deus. De fato, os próprios fariseus admitiram que Jesus operou milagres ou realizou sem auxílio atos fora do alcance de qualquer poder humano, mas eles atribuíram esse poder a Belzebu em vez de a Deus. 

Na verdade, deveriam saber bem que o diabo não pode fazer obras de bondade pura. Contudo, em seu orgulho egoísta, esses fariseus sabiam que, se os ensinamentos de Jesus prevalecessem entre o povo, sua influência sobre eles terminaria. 

Então, não negaram o milagre, mas, ao invés, atribuíram-no a um poder infernal: "Belzebu, maioral dos demônios".

A questão maior é esta: que relevância isso tem para nós como cristãos hoje? 

Em Mateus 10: Jesus nos fornece a própria essência do que significa ser Seu discípulo. 

Aqui aprendemos que Ele está prestes a enviar Seus apóstolos ao mundo para pregar o evangelho (Mateus 10:7). 

Ele lhes dá instruções específicas sobre o que fazer e o que não fazer. Jesus os adverte: "E acautelai-vos dos homens; porque vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas... Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo" (Mateus 10:17, 22). 

Então Ele acrescenta: "O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?" (Mateus 10:24-25).

O ponto que Jesus está fazendo para nós hoje é que, se as pessoas estão chamando-O de Satanás, como fizeram os fariseus de Seu tempo, então certamente chamariam Seus discípulos do mesmo jeito. 

Em João capítulo 15, Jesus declara: "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. 

Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou" (João 15:18-21).

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado!





JEZABEL, O ÍCONE DO MAL*

TEXTO BASÍCO I RS 21: 25-26; I RS 18:18-19

INTRODUÇÃO

²⁵. Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do Senhor; porque Jezabel, sua mulher, o incitava.

²⁶. E fez grandes abominações, seguindo os ídolos, conforme a tudo o que fizeram os amorreus, os quais o Senhor lançou fora da sua possessão, de diante dos filhos de Israel.1 Reis 21:25,26

¹⁸. Então disse ele: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor, e seguistes a Baalim.

¹⁹. Agora, pois, manda reunir-se a mim todo o Israel no monte Carmelo; como também os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas de Aserá, que comem da mesa de Jezabel.1 Reis 18:18,19

Não há duas figuras bíblicas que são a expressão pura do mal do que Judas e Jezabel. Por mais de 2.000 anos, eles evoluíram como símbolos duradouros da traição masculina e depravação do sexo feminino que é altamente improvável que crianças cristãs tenham sido registradas com seus nomes. 

A história de Judas, o discípulo que traiu Jesus por 30 moedas de prata, é bem conhecida.

Não é assim com Jezabel. 

Ao longo dos séculos, em prosa, poesia, filmes, sermões e música, esta rainha pagã do século IX de Israel chegou a resumir a mulher má.

No entanto, os acontecimentos de sua vida, como disse em 1 e 2 Reis, são provavelmente desconhecidos para todos, até para os mais dedicados leitores da Bíblia.

Com a sua intriga, sexo, crueldade e assassinato, a história de Jezabel é um rico ensopado dos eventos históricos, interpretação alegórica e metafórica licença que fazem muitos dos dramas biográficos do Antigo Testamento uma leitura fascinante.

No clímax de sua longa luta para trazer o culto pagão ao reino de Israel, onde o Deus hebraico, o Senhor, é a única divindade, a rainha Jezabel paga um preço terrível. Lançada a partir de uma janela alta, seu corpo inerte é devorado por cães, cumprindo a previsão de Elias, o profeta do Senhor e inimigo de Jezabel.

Para modernas autoras feministas, Jezabel é uma das mulheres mais intrigantes nas Escrituras, uma mulher ainda de temperamento forte, politicamente astuta e corajosa manchada de sangue. 

A princesa fenícia que adora Baal, o deus pagão da fertilidade, Jezabel se casa com o rei Acabe do reino do norte de Israel.

Ela o convence a tolerar a sua fé estranha, então torna-se entrelaçados no conflito religioso vicioso que termina em sua morte. 

“Ela se tornou um bode expiatório conveniente para os escritores bíblicos misóginos que ela marcou como a principal força por trás da apostasia de Israel”, acredita a estudiosa bíblica, Janet Howe Gaines da Universidade do Novo México.

Autora de Música nos ossos velhos: Jezabel Através dos Séculos “[Ela] foi denunciado como um assassino, prostituta, e inimigo de Deus … No entanto, há muito para admirar nesta antiga rainha.”

Depois de seu casamento com o rei Acabe, Jezabel surge como o poder por trás do trono. Sua união representa uma aliança política, trazendo vantagens para ambas as nações. É também uma oportunidade para Jezabel para promover a propagação de sua religião Baal com os seus muitos deuses, sexo ritual e prostitutas do templo.

Ela odeia a religião hebraica monoteísta, e quando ela se torna rainha, os israelitas já começaram a adorar ídolos alienígenas.

Sob a influência maléfica de sua esposa, o rei Acabe protege e estimula rituais pagãos, o que levou o Senhor infligir uma seca de três anos em uma terra onde as pessoas estão rejeitando Ele. 

Aproveitando a iniciativa, Jezabel importa 450 sacerdotes de Baal, desde a sua Fenícia nativa e tem muitos dos profetas de Javé assassinados.

Para os judeus, a adoração de Baal era o pior pecado contra Deus, parecido com os cristãos de hoje ‘abraçando’ Satanás. 

Alguns intérpretes veem Jezabel como louvável fiel à sua religião pagã, mas os escritores dos livros de Reis retrata-a como um apóstata perigosa.

Para resolver a questão de quem é supremo, Javé ou Baal, o profeta Elias inventa uma competição no Monte Carmelo. 

Qualquer que seja a divindade, incendiar e destruir um touro sacrificial por intervenção divina será reconhecido como o verdadeiro Deus.

Por um dia inteiro, 450 profetas de Jezabel “executou uma dança pulando em volta do altar,” às vezes eles mesmos se mutilando com lanças e espadas. Nada acontece. 

Em seguida, é a vez de Elias orar, e a resposta é imediata. “O fogo do Senhor desceu e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, e a terra Quando viram isso, todas as pessoas se lançaram sobre os seus rostos e gritou: ‘… Só o Senhor é Deus”

Vitorioso, mas longe de ser magnânimo, Elias, em seguida, mata os profetas pagãos, – vingança pelo assassinato dos seguidores de Jeová. 

O Deus hebraico premia-o com o fim da seca em Israel.

A sorte está lançada entre o profeta triunfante e a rainha humilhada. 

Depois que seus seguidores são mortos, Jezabel envia uma mensagem venenosa a Elias ameaçando sua vida, o que levou-o a fugir para a segurança.

O drama muda para o palácio real, onde o marido de Jezabel cobiça de um vinhedo de propriedade de Nabote que ele quer para um jardim. 

A recusa de Nabote de vender a sua herança familiar envia Nabote para a morte.

Jezabel afirma a sua dominância. “Agora é a hora de mostrar-se rei de Israel”, diz ela com desdém. “Conseguirei a vinha de Nabote, o jizreelita, para você.”

Como ela consegue, reforça a imagem eterna de Jezabel como astuta e megera assassina. 

Ela falsifica a assinatura do rei e envia cartas aos munícipes falsamente acusando Nabote de blasfemar contra Deus.

Quando Nabote é confrontado publicamente, Jezabel incita a multidão: “Então, leva-o para fora, e apedreja-o até a morte.” Nabote morre, e sua propriedade reverte para a família real.

A trama nefasta de Jezabel é bem-sucedida, mas o desfecho inexorável segue rapidamente. 

Javé chama seu profeta Elias e o instrui a dizer ao rei Acabe que ele será punido. “Diga a ele: ‘Você assassinou e tomou posse no mesmo lugar onde os cães lamberam o sangue de Nabote, os cães irão lamber o seu sangue, também?’.”

Elias rapidamente relaciona a profecia de Javé ao rei, mas prevê que será Jezabel, não seu marido, que será despedaçado e comido por cães.

E assim foi. Ao lado de Jeú, um comandante militar ungido por outro profeta, Eliseu, para se tornar o novo rei de Israel. 

Acabe e um de seus filhos já morreram, Jeú é ordenado por Eliseu para destruir o resto da família real.

Em um campo de batalha, ele confronta o filho do casal Jorão. 

“Está tudo bem, Jeú?” pergunta Jorão. “Como tudo pode estar bem, enquanto sua mãe, Jezabel, traz em suas vestes inúmeras meretrizes e feitiços?” Jeú responde. 

Com isso, ele atira uma flecha através do coração de Jorão.

JEZABEL ENFRENTA SEU DESTINO COM SERENIDADE

Ciente sem dúvida de que o seu destino está selado, Jezabel calma e corajosamente se prepara para o inevitável. 

Como um Jeú sedento de sangue galopa para Jezreel, ela pinta os olhos, ajeita seus cabelos, e aguarda a sua chegada a uma janela superior do palácio.

Quando ele chega, Jeú ordena aos eunucos para jogá-la para fora, e no detalhe gráfico, os autores do Antigo Testamento descrevem o fim:

“Eles jogaram-na para baixo, e seu sangue respingado na parede e os cavalos pisotearem ela. 

Então [Jeú] entrou e comeram e beberam.” Saciado, ele ordena: “Atenda a essa mulher amaldiçoada e enterre-a, pois ela era a filha de um rei.

E foram para a sepultar, mas não acharam dela senão a caveira, os pés e as palmas das suas mãos.”

A profecia de Elias foi cumprida. “Os cães devorarão a carne de Jezabel … E a carcaça de Jezabel será como esterco sobre a terra … De modo que ninguém será capaz de dizer: Este foi Jezabel”.

Há outras mulheres más na Bíblia, como a esposa de Potifar e a sedutora e traiçoeira Dalila de Sansão. 

A reputação de Jezabel, no entanto, eleva sua notoriedade para além de outras mulheres nas Escrituras.

Mas quanto é verdade? Histórias do Antigo Testamento originários nas brumas do tempo podem estar enraizadas na realidade, mas que evoluiu para a metáfora e a parábola com cada releitura.

Gaines acredita que os motivos dos Reis 1 e 2 escritores como com todos os autores do Antigo e Novo Testamento devem ser avaliados quando se considera a veracidade dos seus registros. 

A Jezabel pagã, ela observa, é coroada rainha de Israel em um tempo de apostasia.

Ela convenientemente proporcionou uma oportunidade para ensinar uma lição moral sobre os males do monoteísmo e adorando vários ídolos, e os escritores exageram suas transgressões em conformidade.

Apesar das referências a prostituta, não há nenhuma evidência bíblica de que Jezabel era uma prostituta ou uma esposa infiel, mas a mancha da imoralidade tem marcado uma prostituta por mais de 2.000 anos. 

Uma explicação é alegoria bíblica.

Os autores do Velho Testamento muitas vezes tem associado a adoração de falsos deuses e divindades estrangeiras com a sexualidade desenfreada.

“Cada palavra bíblica condena-a”, diz Gaines. “Jezabel é uma mulher sincera em uma época em que as mulheres têm pouco status e alguns direitos; um estrangeiro em uma terra xenófobo; um adorador de ídolos em um lugar com uma religião baseada em Yahweh, patrocinada pelo Estado; um assassino e um intrometido em assuntos políticos em uma nação de patriarcas fortes; um traidor em um país onde nenhum governante está acima da lei, e uma prostituta no território onde os Dez Mandamentos se originaram “.

Este interessante personagem bíblico é muito bem sucedido. 

Jezebel reaparece como um profeta do Novo Testamento em Apocalipse 2:20, incentivando os funcionários a fornicar e comer os animais que haviam sido sacrificados aos deuses. 

Ela veio através dos tempos como o símbolo principal da devassidão, feminilidade sem vergonha.

Ela foi delineado pelo dramaturgo William Shakespeare e o poeta Percy Bysshe Shelley, pelo reformador religioso do século 16 John Knox e o romancista James Joyce. 

Frankie Laine teve um sucesso internacional único Jezabel na década de 1950, e Boyz II Men canta sobre ela hoje.

Em 1938, Bette Davis ganhou um Oscar de melhor atriz interpretando o papel título no fumegante melodrama Jezabel, definido na década de 1850. 

Personagens de Jezabel apareceram em vários programas de televisão como I Love Lucy, Little House on the Prairie, e The Muppet Show.

E seu nome foi invocado durante a investigação sobre o caso do presidente Clinton com Monica Lewinsky. 

De Lady Macbeth de Lizzie Borden, entre as mais famosas vilãs da história, imaginário ou real, a rainha pagã dos Reis 1 e 2 ainda aparece como o mais perversa de todos elas.

Artigo traduzido do original em inglês Jezabel was a killer and prostitute, but She had her good side

Fonte: www.filhosdeezequiel.com/

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado!




MICA, O ÍDOLATRA*

TEXTO BASÍCO I JO 5: 21

INTRODUÇÃO

“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 Jo 5.21).

A idolatria é uma abominação perante Deus, e cega com­pletamente o ser humano com relação às coisas espirituais.

A história de Mica, cujo nome significa “quem é semelhante a Jeová?”, traz às nossas vidas lições preciosas. 

Nela descobrimos o efei­to nocivo que a idolatria produz na vida do ser humano, levando-o a tor­nar-se cego no tocante às coisas es­pirituais, dando assim origem a dou­trinas heréticas.

MICA E SUA ÉPOCA

Vejamos algumas características desse período da história israelita:

1.Liderança. Após a morte de Josué, Israel ficou sem um líder nacional (Jz 17.6; 18.1; 19.1; 21.25), pelo espaço de trezentos anos. 

As tribos mostravam-se independentes e “cada um fazia o que parecia direito a seus olhos” (Jz 17.6). 

Era a época dos juízes, os quais Deus levantava, principalmente, nas emer­gências, para livrá-los dos invasores e defender a justiça civil. “Quando não há sábia direção o povo se cor­rompe” (Pv 11.14).

2.Estado da nação. Era uma geração que não conhecia o Senhor e entrara pelo caminho da idolatria (Jz 2.10-13). 

Diante dessa atitude, Deus permitia que os inimigos os dominasse e, quando clamavam por libertação, o Todo-poderoso lhes le­vantava um juiz, para livrá-los.

3.Período probatório. Foi uma época em que Deus provou a nação, para ver se guardariam a sua aliança em um ambiente idolátrico e pagão (Jz 3.1-5). 

Eles foram influenciados pelas nações vizinhas, praticando seus costumes e sua idolatria. Por­tanto, na época de Mica, Israel vivia o período dos juízes, transição entre a lei e a monarquia. 

Nós, povo de Deus, devemos influenciar o mun­do, e não ser influenciado por ele (Jr 15.19; 2 Co 2.14-16; 2 Pe 2.19-22).

MICA E A IDOLATRIA NO SEU LAR

A idolatria reinante na nação ha­via contaminado a casa de Mica; Vejamos:

1.Roubou sua mãe. Era uma quantia razoável, ou seja, 1.100 pe­ças de prata, e equivalia a 110 vezes o salário anual que Mica ajustara com o sacerdote levita (Jz 17.10).

O mais lamentável ainda, é que, ao devolver o dinheiro o qual furta­ra da mãe, Mica foi elogiado por ela como se fosse abençoado pelo Se­nhor. Além de não repreender o fi­lho pelo roubo, ainda usou o nome de Deus em vão (Êx 20.7). 

Os pais devem corrigir seus filhos (Pv 10.17; 15.5; 19.18; 22.15).

2. Sua mãe mandou fazer uma imagem. Além de não repreendê-lo pelo roubo, e ter tomado o nome do Senhor em vão, sua mãe disse que guardava aquele dinheiro para fazer uma imagem, a fim de presentear seu filho querido (Jz 17.1-4). Que infe­licidade! 

O maior tesouro que os pais podem dar aos filhos é criá-los no caminho do Senhor (Pv 22.6; Ef 6.4), e dar-lhes educação e preparação para a vida (2 Co 12.14). 

A mãe de Mica era uma idólatra, e, ao mandar fazer uma imagem, estava violando a determinação de Deus nesse senti­do (Êx 20.4; Lv 26.1). 

Os ídolos são insensíveis, isto é, não veem, nem ouvem, e muito menos comem ou cheiram (Dt 4.28; Sl 115.4);imovíveis, não andam com os seus próprios pés (Is 40.20); 

impotentes, nada podem fazer pelo homem (Is 45.20; Jr 10.5; At 14.15); degradan­tes, torcem a imagem do próprio Deus (Rm 1.22,23); são, portanto, indignos de serem adorados pelos seres humanos (At 17.29). 

Tanto os que fazem as imagens como os que as adoram tomam-se iguais a elas (Sl 115.8). 

Devemos nos guardar dos ídolos (I Jo 5.21), para não nos con­taminarmos com eles (At 15.20). 

Ídolo é tudo o que ocupa o primeiro lugar em nossas vidas. 

Existem os feitos pelos homens, como vimos nesta lição, mas também há os do coração do ser humano, como o di­nheiro, o “eu”, as pessoas e as coi­sas. 

Devemos adorar somente a Deus (Mt 4.10).

3.A residência de Mica tornou-se uma casa de deuses (Jz 17. 5).

Ela possuía:

a.Deuses - sua casa estava cheia de divindades falsas. Mica ficou como os pagãos que tinham seus deuses, como Astarote, deusa dos fenícios (Jz 2.13); Baal, deus da Fenícia e dos cananeus (Jz 2.13; 8.33); Baal-Peor, deus dos moabitas (Jz 22.17); Dagom, deus dos filisteus (Jz 16.23); Diana, deusa dos efésios (At 19.24); Moloque, deus dos amonitas (Lv 18.21), etc. 

A ordem de Deus era não buscá-los e nem prostrar-se diante deles; e sim queimá-los a fogo, pois eram e são abominação ao Senhor.

b.Terafins - Eram ídolos domés­ticos, que iam desde aqueles de pequenas dimensões (Gn 31.34,35), até os de tamanho quase natural (I Sm 19.13,16). 

Esses eram possuídos pelo líder do lar, e destinavam-se à descoberta dos acontecimentos futu­ros (2 Rs 23.24). Deus condena toda a espécie de adivinhação (Lv 19.26). 

Existem diversas maneiras de se adi­vinhar: astrologia, por meio dos as­tros (Is 47.13); belomancia, por meio de flechas (Ez 21.21); hepatoscopia, por meio de inspeção do fígado do indivíduo (Ez 21.21); hidromancia, por meio da água (Gn 44.5); necromancia, por meio dos mortos (Dt 18.11; Is 8.19); rabdomancia, por meio de varinha mágica (Os 4.12);sortilégio, por meio do lançar sortes (Ez 21.21), etc. 

Que Deus nos guarde de entrarmos por este triste caminho. 

O adivinhador é guiado por um espírito maligno que o domina (At 16.16-18).

4.Consagrou um filho ao sa­cerdócio. Conforme a determinação de Deus, o sacerdote deveria ser um levita e passar pelo processo de purificação e consagração do sumo sa­cerdote, para exercer o seu ministé­rio (Nm 8.5-26). 

Nada disto ocorreu com o filho de Mica, que também era efraimita (Jz 17.1). 

Foi uma atitude isolada, paternal e exclusivista. Tudo foi feito erradamente. 

Infelizmente, vemos isto acontecer hoje em alguns lugares, onde pessoas não chamadas são colocadas em posição de desta­que na igreja, somente porque são parentes ou “apadrinhadas” do líder.

MICA E A CONSAGRAÇÃO DO LEVITA

Todo erro conduz a outro maior (Sl 42.7). Isto aconteceu com Mica. 

Apareceu em sua casa um mancebo, de Belém de Judá, levita, cujo nome era Jônatas (Jz 18.30). (Algumas fiéis traduções afirmam que ele era filho de Gérson e neto de Moisés e não de Manassés, que não era levi­ta.) Mica o convidou para ser o sa­cerdote de sua casa, prometendo-lhe um bom salário (Jz 17.7-12). Foi outro erro cometido, devido ao fato de que:

1.O levita era um aventureiro. Estava peregrinando para um lugar onde achasse comodidade (vv.7-9). 

Não tinha alguma responsabilidade. Seu negócio era ter conforto e tranquilidade, ou seja, “sombra, água fresca e sapatos largos nos pés”. Era um autêntico turista.

2.Não podia ser separado. Ra­zões: 1) era mancebo; 2) as funções sacerdotais só poderiam ser exercidas a partir dos vinte e cinco anos de idade (Nm 8.24); 3) não pas­sou pelo processo público, exigido para a purificação e consagração pelo sumo sacerdote (Nm 8.5-22); 4) não podia oficiar sobre um sistema separado de adoração, com exclusividade (Nm 8.19); 5) não era da fa­mília de Arão (Nm 3.1-16); 6) 

Deus sempre chamou pessoas que estavam ocupadas para a sua obra (Ex 3.1-3; Jz 6.11; 1 Rs19.19). 

Ele é quem co­loca os obreiros na Igreja (Ef 4.11), os quais não podem ser neófitos (l Tm 3.6), e sim aptos para o traba­lho (l Tm 3.1-5).

MICA E A DISSEMINAÇÃO DE SUA IDOLATRIA

Naqueles dias, os danitas busca­vam para si uma herança maior, e, nesse intuito, enviaram uma comiti­va para observarem onde encontrariam tal território. 

Passaram pela casa de Mica, onde conheceram o seu sacerdote, e consultaram-no nes­se sentido, para saberem se estavam certos em sua empreitada. 

Diante de uma resposta favorável do levita, prosseguiram em seu caminho. 

Des­cobriram a região de Laís, voltaram ao seu povo, deram a notícia alvissareira, e dali saíram com um exército de seiscentos homens para conquistar aquela terra (Jz 18.3-11).

Passaram novamente pela casa de Mica e levaram todas as imagens e deuses ali existentes, e também o sacerdote, para o local a que se destinavam (Jz 18.14-31). 

Conquista­ram o território pretendido, Laís, cujo nome foi mudado para Dã, e Jônatas e seus filhos foram sacerdotes, implantando naquela terra toda a idolatria que havia na casa de Mica. Este relatório bíblico nos fornece al­gumas lições:

1.Idolatria disseminada. Como um fermento que leveda toda a massa (1 Co 5.6), assim ocorreu. Come­çou com Mica e espalhou para todo o povo. A tendência do mal é espa­lhar-se rapidamente (Hb 12.15).

2. A resposta do sacerdote aos danitas. Tudo aconteceu conforme a palavra do sacerdote, porque era propósito de Deus que a terra fos­se conquistada pelo seu povo (Js 1.3-5; Jz 18.10), e não para confir­mar a mensagem de Jônatas. 

O fato de ele ser o neto de Moisés deve ter-lhe conferido determinado pres­tígio. Sua vida nos leva a pensar sobre o poder de alguns homens para atrair a atenção de outros, le­vando-os a crer em suas formas deturpadas de adoração.

Por este caso, entendemos tam­bém como começa uma seita heré­tica que, através dos tempos, tem grassado no meio do povo de Deus (Jz 18.6,9,10,27-29). É nesse pon­to que muita gente se engana. 

Nem sempre ocorre um sinal, ou cumpri­mento de uma palavra, para confirmar que o instrumento utilizado es­tava na vontade de Deus. 

Isto ve­mos no caso de Moisés, que não es­tava na direção divina, e por seu in­termédio aconteceu um milagre (Nm 20.7-13).

A respeito disso, Jesus nos adver­tiu (Mt 7.21-23). Sinais são mencionados na Bíblia, por essas pessoas que não tinham comunhão com Deus, como os magos do Egito (Êx 8.7) e Simão, o mágico (At 8.9-11). 

Nestes últimos tempos têm surgido falsos profetas que fazem muitos prodígios de mentira (Mt 24.24; 2 Ts 2.9). 

Devemos, no entanto, provar todas as manifestações ditas espiri­tuais, através de quatro maneiras, dentre outras: 1) base bíblica (Pv 30.5,6; Ap 22.18,19); 2) a vida da pessoa usada (Is 52.11); 3) a cons­ciência espiritual da igreja (1 Co 2.16; 4) o cumprimento do que foi dito (Dt 18.22; Nm 23.19).

CONCLUINDO:

Vivamos de tal modo que não tenhamos algum ídolo feito pelos ho­mens, e nem pelo nosso coração, ten­do apenas Jesus como centro de toda nossa atenção, Ele que é o nosso Deus Bendito eternamente, e a quem pertence toda a glória.

Ser idólatra não significa ape­nas adorar uma imagem de escultu­ra, como fazem os adeptos de algu­mas religiões, mas também reveren­ciar o próprio eu, um objeto, uma pessoa, ou seja, qualquer coisa que tente anular o dever de o homem cultuar a Deus.

Devemos ser sábios, no mo­mento em que evangelizarmos um idólatra, a fim de não ofendermos os seus sentimentos religiosos. 

Fa­lemos, no entanto, a verdade com muito amor, e deixemos que o Espí­rito Santo o convença do erro que está cometendo.

Nós, evangélicos, não devemos ser fãs de um cantor ou pregador bem sucedido, pois esta é uma forma velada de idolatria também condenada pelo nosso Deus. 

Oremos por eles, para que continuem uma bênção, mas jamais os consideremos nossos ídolos.

Bibliografia Pr  Valdir Bícego

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado!