sábado, 4 de fevereiro de 2023

DESAFIOS DA IGREJA CRISTÃ NA PÓS-MODERNIDADE-PARTE VII

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Seria muita pretensão pensar em exaurir este assunto, no entanto temos a ousadia de fazer apontamentos na tentativa de responder a inquietações surgidas a partir dos estudos das disciplinas do curso, bem como, pela necessidade reflexão sobre a temática da dissertação.

Onde estiver um pecador, aí estaremos nós, real ou digitalmente, para a anunciar que Jesus Cristo salva, batiza com o Espirito Santo, cura as enfermidades e, em breve, virá buscar-nos” Igualmente, a postura frente aos problemas apontados aqui, como a influência do pensamento capitalista e de lideres sem “visão espiritual”, usam a igreja como fonte de lucro e objeto de barganha.

Contudo, é factível o exímio esforço de muitos lideres que mantem uma postura de zelo doutrinário e em defesa da fé tornam-se abnegados a cumprir seu papel de grande relevo social na garantia de resgate de milhares de vida que outrora estavam caminhando a passos largos ao encontro do fim.

Por fim, a partir dos estudos realizados, fica evidente a contribuição da teologia bíblica dentro da sociedade, uma vez que, é imprescindível não só para o trabalho do teólogo, mas, principalmente para reverberar o plano de salvação de Cristo para a humanidade e contribuí para evangelização integral e resgatar a dignidade humana, o lócus da pesquisa busca promover uma educação Cristocêntrica alicerçada na formação integral de todos.

REFERÊNCIAS:

ALBIAZZETTI, Giane. Homem, cultura e sociedade/ Giane Albiazzetti, Márcia Bastos de Almeida, Okçana Battini. São Paulo: Pearsom Education do Brasil, 2013.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

CASTRO, Antonio Sergio Ferreira Barroso. Aspectos Legais da Disciplina na Igreja. 1ª edição. Rio de Janeiro. Editora Sabre. 2008.

CÉSAR, Marília de Camargo. Feridos em nome de Deus. 1ª edição. São Paulo. Mundo Cristão. 2009.

CHIAVENATO, Idalberto Chiavenato, Administração de empresas: uma abordagem contingencial. 3ª edição, São Paulo: Makron Books, 1994.

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos na empresa – pessoas, organizações e sistemas. São Paulo: Atlas, 1998.

FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. P. 915.

GITOMER, Jeffrey. Estratégico Livro da Liderança. As 12,5 Forças dos Líderes Responsáveis, Confiáveis e Notáveis que Criam Resultados, Recompensas e Resiliência/ Jeffrey Gitomer. São Paulo. M. Books do Brasil. 2012.

GONÇALVES, Josué Gonçalves, 37 Qualidades do líder que ninguém esquece. 1ª edição, São Paulo: Mensagem Para Todos, 2008.

HUNTER, James C. O monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança. 15. ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2004.

JORDAN, Joe, Não morda a isca: triunfando sobre a tentação/ Joe Jordan; tradução Enrico Pasquine – Porto Alegre: Atual Edições. 2007.

Lições Bíblicas, Rio de Janeiro: Cpad: 3º Trimestre de 2016.

Lições Bíblicas, Rio de Janeiro: Cpad: 3º Trimestre de 2011.

Lições Bíblicas, Rio de Janeiro: Cpad: 2º Trimestre de 1992.

PEARLMAN, Myer, Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Traduzido por Lawrence Olson – São Paulo: Vida. 1996.

O sagrado e as construções do mundo: roteiro para aulas de introdução à teologia na Universidade/ Lorenzo Lago, Haroldo Reimer, Valmor da Silva. (Orgs.)- Goiânia: Ed. Da UCG; Brasília: Editora Universa, 2004.

ROSSETTI, Fernando. Sete Princípios para Redes Sociais. Publicado em 19 de dezembro de 2005, no site da GIFE – Grupo de Institutos Fundações e Empresas (www.gife.org.br). 

Disponívelem:<http://www.gife.org.br/artigos_reportagens_conteudo11772.asp>. Acesso em 25/07/2017 às 18h15min.

Teocomunicação, Porto Alegre, v. 37, n. 155, p. 89-108, mar. 2007.

Sites consultados:

https://ib7.org/artigos/lideranca/111-a-igreja-crista-e-os-desafios-da-posmodernidade

Disponível em: https://jmnoticia.com.br/2017/07/24/igreja-e-negocio-pastor-responde acessado em 16/08/08 às 14:30 horas.

https://www.bibliaonline.com.br visitados em 13/07/2017

http://mestresteologiaedebates.blogspot.com.br/2012/02/o-sincretismo-religioso dosevangelicos.html consultado em 10/10/2017.

1 Igreja de Atos 2:27

2.http://mestresteologiaedebates.blogspot.com.br/2012/02/o-sincretismo-religioso dosevangelicos.html

3 https://bibliotecaonlineead.com.br/apostilas_cursos/Mestrado_Teologia/18.pdf

4 https://bibliotecaonlineead.com.br/apostilas_cursos/Mestrado_Teologia/11.pdf

Autor: Humberto Chaves da Rocha.

O FOGO ARDERAR CONTINUAMENTE E NÃO APAGARAR*

TEXTO BÍBLICO LV 6:13- I Rs 18: 27-30

INTRODUÇÃO

“O fogo se conservará continuamente aceso sobre o altar; não se apagará.”

I RS 18: 27 - Sucedeu que, ao meio-dia, Elias zombava deles, dizendo: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem; talvez esteja dormindo, e necessite de que o acordem.

I RS 18: 28 - E eles clamavam em altas vozes e, conforme o seu costume, se retalhavam com facas e com lancetas, até correr o sangue sobre eles.

I RS 18: 29 - Também sucedeu que, passado o meio dia, profetizaram eles até a hora de se oferecer o sacrifício da tarde. Porém não houve voz; ninguém respondeu, nem atendeu.

I RS 18: 30 - Então Elias disse a todo o povo: chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele. E Elias reparou o altar do Senhor, que havia sido derrubado.

Deus vai mandar um fogo aqui neste lugar e este fogo é santo mas não vai queimar os cabelos ou as vestimentas de ninguém mas vai 

Queimar todas as potestades das orteis infernais da maldade 

O Altar do velho testamento era de quatro cantos já apontava para os quatro evangelho:

MATEUS, MARCOS, LUCAS E JOÃO

Este Altar era  feito de madeira de cetim e bronze. 

Que já apontava para o senhor Jesus sobre duas natureza: Humana e Divina.

Na natureza Humana Jesus teve fome mas na divina ele disse eu sou o pão da vida { Jo. 6: 48,50,51 }

Na natureza Humana Jesus teve cede mas na divina ele disse: 

Quém tem cede venha Amim e beba e nuca mais terá cede { Jo. 7: 37 }

Na natureza Humana Jesus sentiu cansaço mas na divina ele disse: 

Vinde a mim todos os que estais cansados e o primidos e eu vus aliviarei{ Mt.11: 28 }

O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará. ( Lv 6.13 )

Fogo nos dá algo tremendo na palavra de Deus, a manifestação viva de Deus conosco.

421 referências sobre a palavra fogo

31 referências só no livro de levítico o fogo simboliza a presença de Deus.

1. Foi em uma coluna de fogo que Deus ia diante do povo de Israel no frio do deserto

2. Foi com fogo que Deus destruiu a cidade de Sodoma e Gomorra

3. Foi com fogo que Deus utilizou Sansão para pegar as raposas e incendiar a seara dos filisteus

4. Foi com fogo que Elias destruiu seus inimigos que queriam o matar

5. Foi com tochas de fogo que Gideão derrotou o exercito dos midianitas

6. Foi com Fogo que Deus recebeu o holocausto no monte Carmelo, e derrotou os profetas de baal.

7 Foi com Fogo que Deus batizou os discípulos no dia de pentecoste

8. E vai ser com fogo que Deus vai trazer juízo a essa terra, pois ele é um fogo consumidor, isso representa o fogo do Senhor.

E a palavra do Senhor diz que o fogo arderá continuamente.

Por outro lado Altar significa: lugar de encontro com Deus.

A Bíblia menciona 322 referências sobre a palavra altar.

O altar era o ponto culminante de encontro com Jeová.

Altar fala de entrega total! 

Como está seu altar diante do Senhor Deus?

1. Abel tinha um altar diante de Deus

2. Noé tinha um altar diante de Deus

3. Abraão tinha um altar diante de Deus

4. Jacó tinha um altar diante de Deus

5. Moisés tinha um altar diante de Deus

6. Josué tinha um altar diante de Deus

7. Arão tinha um altar diante de Deus

8. Gideão tinha um altar diante de Deus

9. Samuel tinha um altar

10. Davi tinha um altar

11. Salomão tinha um altar

12. Zorobabel, Esdras, Neemias.

Altar fala de concerto

Altar fala de sacrifício

Altar fala de Fogo

A Bíblia fala que do altar do Senhor vem o fogo.

O profeta Isaías recebeu brasa do altar de Deus 

Is 6: 6-7 -  “Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz, e com a brasa tocou-me a boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado o teu pecado.”.

Ezequiel viu as brasas serem espalhadas na cidade, do trono de Deus (Ez. 10).

João no Apocalipse viu o anjo espalhar fogo!

Ap 8. 5  - “E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos, e terremotos”.

E os sacerdotes tinham por obrigação duas vezes ao dia tirar as cinzas do altar e Reparar para ver se tinha alguma rachadura:

Depois colocava a lenha sobre o altar { Orações} Pegava um abanador e começava  abanar e vinha um vento do sul e o fogo Começava a se apegar e não se apagava mais

Foi em uma época em que os filhos de Israel estava vivendo grandes calamidades tanto Social como Espiritual  e tudo quanto eles  faziam  era roubados e os Israelitas faziam sacrifícios e oravam a Deus mas Deus não respondia:

O povo estavam divididos e  o Altar  estava quebrado{ I Rs. 18: 19,21,30}

Iª A juntar o povo:  Sl. 133: / 1° Rs 18: 19

II° Consertar o altar 1° Rs 18: 30,31,32

III° Subir ao monte carnelo 1° Rs 18: 19

IV° Definição espiritual 1° Rs 18: 21

V° Levantar o altar: 1° Rs 18: 31, 32: 

As 12 pedras que simbolizava as 12 tribos de Israel:

1° Rubén 2° Simeão 3° Judá 4ª Dã 5° Naftali 6° Gade 7° Asser 8° Issacar 9° Zebulom 10° Manassés 11° Efraim e 12°Benjamim.

VI° Colocar a vitima sob o altar: 1° Rs 18: 32

VIIª Clamor: Oração 1° Rs 18: 34

VIII° O fogo caio: 1° Rs 18: 38,39

FIM: O HOMEM SEM ORAÇÃO:

É como um Rio sem peixe,

É como um dia sem sol,

É como uma noite sem estrelas, 

É como um dia sem sol,

É como um trabalhador doente, 

É como uma flor sem cheiro, 

É como um peixe fora da água, 

É como um sego sem ajuda

É como um veículo sem  combustível, 

É como uma piscina sem água

E como um cavalo sem pata

É como um fogão sem gás

É como uma casa sem o teto

É como um corpo sem cabeça

É como uma cabeça sem corpo

PEDRAS QUE PODEM ESTAR FORA DO ALTAR:

1° Pedra da Fé { Hb. 11: 6 }

2° Paz { Sl. 34: 14 }

3° Bomdade { Gl. 5: 22 }

4°Jejum { Mt.17: 21 / 4: 2 }

5° Firmeza { Cl. 2: 5 }

6° Determinação { Ec. 3: 1 }

7° Esperança { Jó 14: 7 }

8° Oração { Gn 28: 20 – 22 }

9° Compaixão {Mt. 15: 32

10° Paciência { Sl 40: 1- 3 }

11°Amor {Jo. 13: 35; I Jo.4: 7 }

12° Perdão { Mt: 6: 14,15 }.

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado

FORTIFICA-TE NA GRAÇA!

TEXTO BASE II TM 2:1

"Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus" 

Paulo, prevendo um futuro sombrio em relação a fé, faz uma série de recomendações ao seu filho na fé, Timóteo. 
Uma das principais recomendações do apóstolo para seu filho amado foi: "Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus". 

Paulo não mandou Timóteo fortalecer-se no seu apostolado; Paulo não mandou Timóteo fortalecer-se na sua própria sabedoria; Paulo não mandou Timóteo fortalecer-se no poder imperial de Roma; nenhuma dessas "fortalezas" lhe ajudaria. Mas Paulo mandou Timóteo fortificar-se unicamente na GRAÇA que há em Cristo Jesus. 

Há quem busque fortificar-se no poder religioso, no poder econômico, no poder político ou no poder da ciência; todavia, todos estes poderes são falíveis e limitados, porém o poder da graça de Cristo é ilimitado e nunca falha. Por isso Ele disse a Paulo: "A minha graça te basta" (II Co.12.9). 

Nada mais importa, para um crente fortalecido na graça de Cristo.

FORTIFICAR-SE. 

Tornar-se mais Forte.

Tornar-se mais Sólido.

Tornar-se mais Resistente.

Tornar-se mais Robusto.

Militar, guarnecer-se de construções de defesa; refugiar-se em local protegido com fortificação.

CINCO ATITUDES DEVEMOS TER EM RELAÇÃO A GRAÇA.

1- Fortificar-se na Graça (II Tm.2.1).

2- Crescer na Graça (II Pe.3.18).

3- Esperar na Graça (I Pe.1.13).

4- Abundar na Graça (II Co.8.7).

5- Viver Debaixo da Graça (Rm.6.14).

CINCO QUALIDADES DA GRAÇA.

1- A Graça é Salvadora (Ef.2.8; Tt.2.11).

2- A Graça é Justificadora (Rm.3.24).

3- A Graça é Fortalecedora (II Tm.2.1).

4- A Graça é Superabundante (Rm.5.20).

5- A Graça é Rica (Ef.1.7).

A graça nos fortalece, nos enche de vigor, de coragem e de alegria. 

Diante de todas as adversidades e circunstâncias contrarias que nos sobrevenham, a graça nos fortalece e nos garante vitória. 

Finalmente, a GRAÇA nos basta. Amém! 

Por, Pr Geraldo Barbosa -3 de fevereiro de 2023

JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA - UMA HISTÓRIA DE AMOR À BÍBLIA*

Biografia de João Ferreira de Almeida

João Ferreira de Almeida (1628-1691), um português que recebeu a sua educação teológica na Holanda, empreendeu a primeira tradução do Novo Testamento para a língua portuguesa, a partir do original grego. 

Em 1670 a tradução estava concluída e onze anos depois foi publicada. 

João Ferreira de Almeida faleceu antes de completar a tradução de todo o Antigo Testamento do original hebraico. 

No entanto traduziu-o, de Génesis a Ezequiel, enquanto estava em Java (Indonésia). 

Em 1819 foi publicada a primeira edição da Bíblia em Português, de Génesis a Apocalipse, traduzida por João Ferreira de Almeida, sendo as versões revistas e actualizadas, posteriormente, as quais continuam a ser utilizadas pelos cristãos evangélicos de língua portuguesa.

A sua infância e juventude

João Ferreira de Almeida nasceu em 1628, em Torre de Tavares, concelho de Mangualde (Portugal). 

Filho de pais católicos, mudou-se para a Holanda, passando a residir com um tio e onde aprendeu o latim e se iniciou no estudo das normas da Igreja Católica.

Aos 14 anos, em 1642, aceitou a fé evangélica, na Igreja Reformada Holandesa, impressionado pela leitura de um folheto em espanhol, "Diferencias de la Cristandad", que tratava das diferenças entre as diversas correntes da crença cristã.

Em 1644, aos 16 anos, João Ferreira de Almeida iniciou uma tradução do espanhol para o português, dos Evangelhos e dos Actos dos Apóstolos, os quais, copiados a mão, foram rapidamente espalhados pelas diversas comunidades dominadas pelos portugueses. Para este grandioso trabalho, João Ferreira de Almeida também usava como fontes as versões latina, de Beza, francesa e italiana, todas elas traduzidas diretamente do grego e do hebraico. No ano de 1645, a tradução de todo Novo Testamento foi concluída; mas apenas seria editada em 1681, em Amsterdão.

Em 1648, relata J. L. Swellengrebel, um holandês que teve acesso às Actas do Presbitério da Igreja Reformada da Batávia e às Actas da Companhia Holandesa das Índias Orientais, João Ferreira de Almeida já desempenhava as funções de capelão visitante de doentes, em Malaca, Malásia, "percorrendo diariamente os hospitais e casas de doentes, animando e consolando a todos com as suas orações e exortações". 

Em Janeiro de 1649, foi escolhido como diácono e membro do presbitério. 

Nessa função tinha a responsabilidade de administrar o fundo social, que prestava assistência aos pobres. 

Durante os dois anos em que desenvolveu essa função, continuou a sua obra de tradução e, após a tradução do Novo Testamento, dedicou-se e traduziu o Catecismo de Heidelberg e o Livro da Liturgia da Igreja Reformada. 

As primeiras edições dessas obras foram publicadas em 1656 e posteriormente em 1673.

Em março de 1651, foi para a Batávia, para a cidade de Djacarta, ainda como capelão visitante de doentes, mas simultaneamente, desenvolvia os seus estudos de Teologia e revisava o Novo Testamento.

Em 17 de março de 1651, foi examinado publicamente, sendo considerado candidato a ministro. Depois de ser examinado, pregou com eloquência sobre Romanos 10:4. 

Desenvolveu também um ministério importantíssimo entre os pastores holandeses ensinando-lhes o português, uma vez que ministravam nas igrejas portuguesas das Índias Orientais Neerlandesas. 

Em setembro de 1655, João Ferreira de Almeida o exame final, quando prega sobre Tito 2.11-12, mas só recebeu a sua confirmação em 22 de agosto de 1656. 

Neste mesmo ano, quase um mês depois, em 18 de setembro, é enviado como ministro para o Ceilão, hoje Sri Lanka.

Perseguição, inquisição e obstáculos à publicação da tradução

Em 1657, João Ferreira de Almeida encontrava-se em Galle, no sul do Ceilão. 

Durante o seu ministério em Galle, assumiu uma posição tão firme contra o que ele chamava de "superstições papistas", que o governo local resolveu apresentar uma queixa a seu respeito ao governo da Batávia. 

Durante a sua estadia em Galle é que, provavelmente, conheceu e se casou com Lucretia Valcoa e Lemmes, ou Lucrecia de Lamos, jovem também vinda do catolicismo romano. 

O casal completou-se como família tendo dois filhos, um menino e uma menina, dos quais os historiadores não comentam mais nada. 

No decorrer da viagem de Galle para Colombo, Almeida e a sua esposa foram milagrosamente salvos da investida de um elefante.

A partir de 1658, e durante três anos, Almeida desenvolveu o seu ministério na cidade de Colombo e ali de novo enfrenta problemas com o governo, o qual tentou, sem sucesso, impedi-lo de pregar em português. 

O motivo dessa medida, estava provavelmente relacionado com as firmes e fortes idéias anti-católicas de João Ferreira de Almeida.

Em 1661, Almeida seguiu, no sul da Índia, onde ministrou o evangelho durante um ano, mas onde também foi perseguido. 

As Tribos da região negaram-se a ser baptizadas ou ter os seus casamentos abençoados por ele, pelo facto da Inquisição ter ordenado que um retrato de Almeida fosse queimado numa praça pública em Goa.

Em 1676, após ter dedicado vários anos a aprender grego e hebraico e a aperfeiçoar-se na língua holandesa, João Ferreira de Almeida concluiu a tradução do Novo Testamento para a língua portuguesa, passando a batalhar pela publicação do texto, já que para ter o aval do presbitério e o consentimento do Governo da Batávia e da Companhia Holandesa das Índias Orientais, o seu texto deveria passar pelo crivo dos revisores indicados pelo presbitério. 

Em 1680, quatro anos depois do início da revisão, desiludido com a morosidade da publicação, envia o seu manuscrito, para ser publicado na Holanda por conta própria. O seu desejo é que a Palavra de Deus seja conhecida pelo povo de língua portuguesa. Mas, o presbitério percebeu a situação e conseguiu sustar o processo, interrompendo a impressão.

Depois de alguns meses, quando João Ferreira de Almeida já estava prestes a desistir da publicação, recebeu cartas vindas da Holanda, informando que o texto tinha sido revisto e que estava a ser impresso. 

Em 1681, foi publicada a primeira edição do Novo Testamento de Almeida e, no ano seguinte, em 1682, chegou à Batávia. 

Quando começou a ser manuseada foram percebidos vários erros de tradução e revisão. Tal facto foi comunicado à Holanda e todos os exemplares que ainda não haviam saído foram destruídos, por ordem da Companhia Holandesa das Índias Orientais. 

As autoridades holandesas determinaram também que se fizesse o mesmo com os exemplares que já estavam na Batávia. Mas, ao mesmo tempo, providenciaram para que se começasse, o mais rapidamente possível, uma nova e cuidadosa revisão do texto. 

Apesar das ordens recebidas da Holanda, nem todos os exemplares foram destruídos, e correções foram feitas a mão com o objetivo de que cada comunidade pudesse fazer uso desse material. 

Um desses exemplares foi preservado e encontra-se no Museu Britânico em Londres. 

O trabalho de revisão e correção do Novo Testamento foi iniciado e demorou dez longos anos para ser terminado. 

Somente após a morte de João Ferreira de Almeida, é que essa segunda versão foi impressa, na própria Batávia, e distribuída.

A dedicação no final da vida

Apesar da sua saúde estar abalada, entregou-se ainda mais à tradução do Antigo Testamento. Um ano depois, em 1683, já havia traduzido o Pentateuco. 

João Ferreira de Almeida faleceu em Outubro de 1691, deixando a esposa e um casal de filhos.

Nessa altura, tinha traduzido o Antigo Testamento, para a língua portuguesa, até Ezequiel 48.21.

A tradução do Antigo Testamento foi completada em 1694 por Jacobus op den Akker, pastor holandês. Depois de passar por muitas mudanças, ela foi impressa na Batávia, em dois volumes: o primeiro em 1748 e o segundo, em 1753.

Datas importantes da tradução de João Ferreira de Almeida da Bíblia

1676 - Conclusão da tradução do Novo Testamento para português

1681 - Data da publicação, na Holanda do Novo Testamento, em português

1691 - Morte de João Ferreira de Almeida. Tinha traduzido até Ezequiel 48:21.

1753 - Publicação da Bíblia, na tradução de João Ferreira de Almeida, em três volumes.

1819 - Primeira impressão da Bíblia completa em português, em um único volume. Tradução de João Ferreira de Almeida. Publicada em Londres.

1898 - 1.ª Revisão da tradução de João Ferreira de Almeida, que recebeu o nome de «Revista e Corrigida».

1932 - Versão de Matos Soares, elaborada em Portugal.

1956 - Publicação da versão "Revista e Atualizada", pela Sociedade Bíblica do Brasil.

1968 - Publicação da versão dos padres Capuchinhos.

1993 - 2.ª Edição da versão Revista e Atualizada

1995 - 2.ª Edição da versão Revista e Corrigida. 

Por, Rev Ednaldo Breves