sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1817 Elizabeth Fry dá início ao ministério às mulheres encarceradas

Para os prisioneiros britânicos do início do século XIX, valia o ditado: “Longe dos olhos, longe do coração”. 


As prisões eram escuras, sem condições sanitárias, superlotadas e totalmente desesperadoras. 

Transgressores dos mais variados tipos — violentos ou não — podiam ser jogados na cadeia, e nenhuma distinção era feita entre os que já tinham sido condenados ou os que esperavam julgamento. 

As mulheres cujos maridos haviam partido ou morrido muitas vezes contraíam dívidas e eram presas, assim como seus filhos, que eram trancafiados com elas.

John Howard, cristão leigo que se tornara xerife de Bedfordshire em 1773, chamou a atenção das pessoas para as terríveis condições das prisões européias. 

Viajou mais de 80 mil quilômetros e gastou cerca de 30 mil libras do próprio bolso para defender a reforma do sistema prisional. 

Infelizmente, embora as pessoas ficassem tocadas, elas não eram motivadas a promover mudança. 

Ao retornar de uma viagem torturante, para levantamento de dados na Itália, ele descobriu que estavam recolhendo fundos para a construção de uma estátua em sua honra. 

O único memorial que ele queria, disse às pessoas, era uma reforma duradoura no sistema prisional. 

Contudo, no início do século xix, a situação permanecia desanimadora.

Ao contrário de todas as expectativas, a sucessora de John Howard foi uma mulher, Elizabeth Fry. 

Filha de um próspero comerciante de lã e banqueiro, Elizabeth Gurney cresceu em uma casa liberal, de confissão quaere. 
Ainda menina, leu Voltaire, Rousseau e Thomas Paine. 

Aos dezessete anos, escreveu em seu diário que não tinha religião alguma.

Contudo, no ano seguinte, ela encontrou um quaere vindo da América, William Savery, que inspirou nela um senso da presença de Deus. 

Ela começou a freqüentar uma reunião claramente quaere e se tornou mais séria com relação à sua fé.

Aos vinte anos, Elizabeth casou-se com Joseph Fry que também vinha de uma família de ricos banqueiros. 

Ela teve onze filhos. 

No entanto, seu envolvimento com as reuniões dos quaeres cresceu e, em 1811, aos trinta anos, foi reconhecida como “pastora”.

Três anos depois, visitou Newgate, uma prisão perto de Londres. 

Assustada com as condições daquele lugar, Elizabeth fez o que pôde para minimizar aquelas condições: levou roupas para as crianças das prisioneiras. 

A despeito dos esforços de John Howard, o sistema prisional britânico havia piorado. 

Entre 1800 e 1817o número de condenados presos dobrou, provocando enorme superlotação. 

Alguma coisa precisava ser feita, especialmente pelas mulheres e pelas crianças, cujo único crime, em muitos casos, era a pobreza.

Em 1817, Elizabeth organizou uma equipe de mulheres para visitar com regularidade as prisioneiras na ala feminina, lendo a Bíblia para elas e ensinando-as a costurar. 

Essa ocupação tão importante mudou radicalmente a natureza da vida na prisão para aquelas internas. 

O comércio de Londres começou a apoiar os esforços de Fry e ela foi aclamada por toda a Grã-Bretanha.

Com o final da guerra contra Napoleão, o povo inglês voltou sua atenção para outros problemas. 

A reforma no sistema prisional foi um deles. 

Fry criou mais comitês femininos de visitação em outras áreas e, em 1821, estabeleceu a sociedade britânica para a promoção da reforma de presídios femininos. 

Thomas Buxton, que mais tarde ajudaria Wilberforce a vencer a luta pela abolição da escravatura, em 1818 publicou um estudo sobre a prisão de Newgate, em que questionava se o sistema penal realmente ajudava ou prejudicava a sociedade. 

Logo os reformadores ganharam a atenção do ministro do interior, Robert Peel, que propôs ao Parlamento a Lei das Prisões em 1823. 

Isso mudou radicalmente as prisões na Inglaterra e limitou a quinhentos o número de ofensas que exigiam a pena de morte. 

Robert Peel também deu início a uma força policial regular, cujos membros se tornaram conhecidos como bobbies, uma homenagem ao apelido de Peel.

Até sua morte, em 1 845, Fry continuou a promover as melhorias das condições na prisão. 

Embora outras nações europeias tivessem seguido a liderança da Inglaterra, os próprios britânicos pareciam responder de maneira negativa, retrocedendo a uma mentalidade mais atrasada. 

Os esforços de Fry, no entanto, tiveram resultados duradouros. 

Com outros contemporâneos, como William Wilberforce e George Mueller, ela insistiu em que toda uma geração de cristãos assumisse suas responsabilidades sociais de maneira séria. 

Também deu continuidade à antiga tradição da liderança feminina nos empreendimentos de caridade.

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1816 Richard Alien funda a Igreja Episcopal Metodista Africana

O incidente aconteceu em 1787, na Igreja Metodista de St. 


George, na Filadélfia. Richard Allen, um negro, pregara ali em algumas ocasiões, mas, naquele domingo, ele estava sentado na galeria. 

Por alguma razão, a área normalmente reservada aos crentes negros não estava disponível, e os responsáveis pela recepção dos membros direcionaram os negros para outra seção. 

Contudo, aparentemente houve um engano e eles se sentaram no lugar errado.

Quando se ajoelharam para orar, um dos diáconos percebeu que os crentes negros estavam na seção dos brancos e correu para lá a fim de segurar um dos negros. 

Ele era o reverendo Absolom Jones, destacado líder entre os metodistas negros.

— Você deve se levantar — disse o diácono. — Você não deve se ajoelhar aqui.

— Espere até que a oração termine — respondeu Jones.

— Não, você deve se levantar agora, ou pedirei ajuda para levá-lo daqui.

— Espere até que a oração acabe — disse Jones — e eu me levantarei e não lhe causarei mais nenhtim problema.

Parece que o diácono, contudo, não poderia esperar mais. 

Ele e os responsáveis pela recepção dos membros começaram a puxar Jones e os outros crentes negros para fora. Naquele momento, a oração havia acabado. 

Allen e os outros negros saíram da igreja. 

“Eles não ficariam mais perturbados pela nossa presença”, escreveu Allen, comentando que os negros haviam contribuído generosamente para a compra de mobiliário para a igreja. 

Eles pagaram pelo revestimento do chão no qual estavam ajoelhados.

Allen e Jones lideraram seu povo no sentido de começar a realizar seus próprios cultos em um galpão alugado. Por fim, compraram um terreno e construíram uma igreja. 

Contudo, continuaram a ter problemas com os metodistas brancos, especialmente aqueles que frequentavam a Igreja de St. George.

Incidentes como esse eram bastante comuns naqueles dias. 

Porém, triste e ironicamente, o incidente durante o período de oração acontecera em uma igreja metodista, porque os metodistas da América foram bastante rápidos em perceber que os escravos também eram pessoas e que, além disso, precisavam conhecer Jesus e careciam de salvação, assim como as pessoas brancas. 

Missionários metodistas foram indicados para a tarefa de ministrar aos escravos e aos homens livres. 

Os líderes metodistas logo perceberam que os missionários negros eram mais eficientes entre seus irmãos negros.

Richard Allen nascera escravo, em 1760, na casa de Benjamin Chew, proeminente advogado da Filadélfia. 

Sua família foi vendida para um fazendeiro da região de Dover, no Estado de Delaware, onde, ainda na adolescência, Allen tornou-se cristão. Ele começou a se encontrar com um grupo metodista. 

Certa ocasião, conseguiu que o pregador fosse falar na casa de seu senhor. 

O amo, embora não fosse cristão, acabou por se convencer após a leitura da passagem escolhida pelo pregador (“Foste pesado na balança e achado em falta” [Dn 5.27]). 

Por consequência, ele deu a Alien e a seus irmãos uma oportunidade de comprar sua liberdade.

Liberto, Além trabalhava cortando madeira e assentando tijolos. 

Continuou bastante ativo na igreja. Durante a revolução, dirigiu uma carroça entregando sal e pregando nas várias congregações pelas quais passava. 

Como era hábil com as palavras, acabou por tornar-se bastante popular, tanto entre brancos quanto entre os negros, à medida que passava pelos estados de Delaware, Nova Jersey e Pensilvânia, fazia trabalhos durante o dia e pregava todas as noites e nos finais de semana.

A Igreja Metodista Episcopal foi oficialmente estabelecida nos EUA em 1784. 

John Wesley apontou Thomas Coke e Francis Asbury como seus “assistentes” para supervisionar a igreja americana, e Richard Whatcoat e Thomas Vassey foram designados líderes. 

Especialmente durante a Guerra da Independência, o movimento metodista nos EUA ficou bastante fragmentado, em parte porque ainda era um movimento na Igreja Anglicana, e aquela guerra exigia lealdade. 

As ações de Wesley, em 1 784, reuniram os fragmentos e, pela primeira vez, estabeleceu os metodistas como urna igreja separada.

Richard Whatcoat, designado para a área de Baltimore, percebeu o potencial de Richard Alien. 

Whatcoat convidou Allen a viajar com ele enquanto visitava as igrejas. 

Allen foi mais tarde convidado a se unir a As-bury em suas viagens.

Quando chegou à Filadélfia, Allen costumava pregar na igreja de St. George, mas terminou por deixá-la, como já vimos. 

O crente que fora ofendido enquanto orava, Absolom Jones, rompeu com os metodistas, em 1793, fundando a Igreja Episcopal Protestante Negra, mas Allen recusou-se a participar dela. 

“Eu não poderia ser outra coisa senão um metodista”, escreveu ele. 

“Assim como nasci em Cristo e fui avivado por eles, posso continuar com eles.”

Ele realmente foi mais além com eles, dando início a Igreja Episcopal Metodista Africana Betei, em 1794, na Filadélfia. 

Francis Asbury fez o sermão de consagração do templo. 

Contudo, até mesmo ali, os líderes da Igreja de St. George tentaram obter algum controle sobre a igreja de Alien. 

Os negros, naquela época, tinham poucos direitos legais, mas a Igreja Betei conseguiu vencer um problema na justiça contra a Igreja de St. George.

O conceito de Allen continuou a subir na denominação metodista, mesmo diante do aumento das pressões da igreja que ficava do outro lado da cidade. 

Allen foi ordenado diácono em 1 799 e presbítero em 1816 — dois feitos jamais alcançados por um negro até então. 

Contudo, ainda em 1816, ele decidiu deixar os metodistas e começar outra denominação, a Igreja Metodista Episcopal Africana. 

A igreja de Allen reuniu várias igrejas negras independentes, e ele se tornou bispo do novo grupo. 

Baltimore e Filadélfia eram dois pontos centrais da nova dominação.

Allen foi um excelente administrador da nova igreja, moldando-a de acordo com as linhas metodistas. 

Ele continuou a viajar, a pregar e a desenvolver igrejas até sua morte em 1831. 

A Igreja Metodista Episcopal Africana seguiu adiante, experimentando um grande crescimento no despertar da guerra civil, quando os escravos libertos buscavam lugares de adoração verdadeiramente livres.

A nova denominação foi inspiração para todos os cristãos oprimidos. 

Ela representou uma notável declaração de independência para aquela época. 


Os crentes negros serviam a Cristo com alegria, sem ter de se submeter aos abusos de seus irmãos brancos. 

A audaciosa liderança de Alien fez muito para desenvolver a espiritualidade negra na América, ainda bem presente até os dias atuais.

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

AMAR OS INIMIGOS, A REGRA ÁUREA DO CRISTÃO

TEXTO BASE MT 7:12
 
“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles, esta é a lei e os profetas”.

*Este versículo dito por Jesus, chama-se “A Regra Áurea”.
 
Aqui Jesus se ocupa com nosso procedimento diário e suas consequências.

Devemos agir somente em amor, cedendo ao próximo o que buscamos para o nosso próprio bem ou benefício (Lc 6:38).

Necessitamos de suprimento emocional – através de abraços, carinho, atenção, cooperação, ajuda, incentivo para continuar, amizade sincera, cumplicidade e companhia. O amor genuíno de Deus (ágape) precisa fazer parte das nossas relações (ICo 13:4-7)

Não pagar o mal com o mal, devemos fazer o bem a todos. Compreensão (ITs 5:15).

Tudo que o homem semear, isto também ceifará (Gl 6:7)

Foi assim que Deus respondeu a rebelião dos homens oferecendo-lhes à salvação pela graça (Ef 2:8,9). 

Quando olhamos para nosso próximo reconhecendo Cristo na vida dele e olharmos a vida pelos olhos dele (empatia), saberemos como agir em todas as situações.


CRISTIANISMO

"Faça ao teu próximo somente o que gostaria que lhe fizessem."


JUDAISMO

"Não faças ao teu semelhante aquilo que para ti mesmo é doloroso."


CONFUCIONISMO

"Não faças aos outros aquilo que não queres que eles te façam."


HINDUISMO

"Não faças aos outros aquilo que, se a ti fosse feito, causar-te-ia dor."

TAOÍSMO

"Considera o lucro do teu vizinho como teu próprio, e o seu prejuízo como se  também fosse teu."

ZOROASTRISMO

"A Natureza só é amiga quando não fazemos aos outros nada que não seja bom para nós mesmos."

BUDISMO

"De cinco maneiras um verdadeiro líder deve tratar seus amigos e dependentes: com generosidade, cortesia, benevolência, dando o que deles espera receber e sendo tão fiel quanto à sua palavra."

JAINISMO

"Na felicidade e na infelicidade, na alegria e na dor, precisamos olhar todas as criaturas assim como olhamos a nós mesmos."

SIKHISMO

"Julga aos outros como a ti mesmo julgas. Então participarás do Céu."

ISLAMISMO

"Ninguém pode ser um crente até que ame o seu irmão como a si mesmo."


CONCLUSÃO


QUEM É JESUS?

Jesus é DEUS (1 Pedro 1.1; 1 João 5.20)

Jesus é HOMEM (1 Timóteo 2.5)

Jesus é MESTRE (Lucas 17.13)

Jesus é PROFETA (João 1.45; 6.14; 7.40)

Jesus é SACERDOTE (Hebreus 3.1; 4.14; 6.20)

Jesus é a VIDEIRA VERDADEIRA (João 15.1)

Jesus é a VIDA ETERNA (1 João 5.20)

Jesus é a PEDRA ANGULAR (Atos 4.11)

Jesus é a PORTA DAS OVELHAS (João 10.7)

Jesus é o FILHO AMADO (Mateus 3.17, Efésios 1.16; Colossenses 1.13)

Jesus é o CRISTO (João 20.31)

Jesus é o JUSTO (1 João 2.1)

Jesus é o MEDIADOR (1 Timóteo 2.5)

Jesus é o PÃO da VIDA (João 6.35; 6.48)

Jesus é o PÃO VIVO (João 6.51)

Jesus é o FILHO de DEUS, o VERDADEIRO DEUS, a VIDA ETERNA (1 João 5.20)

Jesus é o SALVADOR (Atos 13.23)

Jesus é o CAMINHO e a VERDADE e a VIDA (João 14.6)

Jesus é o nosso ADVOGADO (1 João 2.1)

Jesus é o FUNDAMENTO (1 Coríntios 3.11)

Jesus é o UNIGÊNITO FILHO DE DEUS (João 3.18)

Jesus é o AUTOR e COSNUMADOR FÉ (Hebreus 12.2)

Cristo é SABEDORIA, JUSTIÇA, SANTIFICAÇÃO, REDENÇÃO (1 Coríntios 1.30)

Cristo é o CABEÇA DA IGREJA (Efésios 5.23)

Cristo é o PRINCÍPIO (Colossenses 1.18)

Cristo é o PRIMOGÊNITO ENTRE OS MORTOS (Colossenses 1.18)

Cristo é a IMAGEM DO DEUS INVISÍVEL (Colossenses 1.15; 2 Coríntios 4.4)

Cristo é o PRIMOGÊNITO DE TODA A CRIAÇÃO (Colossenses 1.15)

Cristo é a PROPICIAÇÃO PELOS NOSSOS PECADOS (1 João 2.2)

Cristo a ESPERANÇA DA GLÓRIA (Colossenses 1.27)

Cristo é TUDO em TODOS (Colossenses 3.11)

Cristo é FIEL TESTEMUNHA (Apocalipse 1.5)

Cristo é o ALFA e o ÔMEGA (Apocalipse 1.8)

Cristo é o LEÃO da TRIBO de JUDÁ (Apocalipse 5.5)

Cristo é o CORDEIRO (Apocalipse 17.14)

Cristo é o SENHOR dos SENHORES e o REI dos REIS (Apocalipse 17.14; 19.16)

Cristo é o VERBO de DEUS (Apocalipse 19.13)

Cristo é o nosso LIBERTADOR (Gálatas 5.1)

Cristo é o AUTOR da SALVAÇÃO dos homens (Hebreus 2.10)

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado!


Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.


1812 Adoniram e Ann Judson viajam para a Índia


Que lua-de-mel! Adoniram Judson se casou com Ann Hasseltine em 5 de fevereiro de 1812, e, duas semanas depois, viajavam para a índia, indicados como missionários pela recém-criada Comissão Americana para Missões Estrangeiras. 

Parece que eles passaram a maior parte de seu tempo a bordo pulando corda, dançando, estudando a Bíblia e discutindo.

Discutiam sobre o batismo. 

Em seus estudos teológicos, Adoniram concluíra que os congregacionais estavam errados sobre o batismo, e os batistas, certos. 

Ann, sem dúvida, respeitava a decisão de seu marido, mas lembrava-o constantemente que eles foram enviados e eram sustentados pelos congregacionais naquele empreendimento missionário. 

Certamente, seria muito melhor pensar bastante sobre esse assunto antes de tomar qualquer decisão radical.

Entretanto, o impetuoso Adoniram venceu essa discussão. 

Ana também se tornou batista, como também fizera Luther Rice, seu colega naquela viagem missionária. 

Quando chegaram a Calcutá, os Judsons enviaram Rice de volta com uma carta de demissão e uma tarefa grandiosa: levantar sustento missionário entre as igrejas batistas. 

Até aquele momento, os batistas da América não tinham sociedade missionária alguma.

Rice cumpriu sua tarefa de maneira admirável, e o casal Judson conseguiu permanecer na Ásia, marcando seu lugar na história entre os primeiros missionários americanos a irem para fora de seu país.

Seis anos antes, ninguém teria imaginado que tanto Ann quanto Adoniram se encaminhariam para o campo missionário. 

Ann foi uma adolescente cheia de vontades, preocupada com suas necessidades, que amava divertir-se. 

Adoniram, apesar de ser um pouco temperamental, era um ¡ovem brilhante que se afastara de sua criação religiosa a favor de uma carreira de ator em Nova York. 

As obras de Hannah More e John Bu-nyan fizeram com que Arm se aproximasse de Deus. 

Para Adoniram, a repentina morte de um companheiro de quarto da faculdade, o mesmo rapaz que pedira a ele que rejeitasse o cristianismo, o trouxe de volta aos braços do Senhor. 

Em 1808, Adoniram voltou para sua casa nos arredores de Boston e dedicou-se a Cristo.

Lendo sobre as terras asiáticas da índia e da Birmânia, Adoniram sentiu-se movido a ir para lá como missionário. Isto não seria fácil, pois não havia juntas missionárias na América para enviá-lo.

A Reunião de “Oração do Monte de Feno” mudou isso. 

Um grupo de estudantes da Williams College e do Seminário Andover correu para um celeiro a fim de fugir de um aguaceiro que caía. 

Ali, ao lado de um monte de feno, começaram a orar pelas necessidades do mundo. 

Todos eles, incluindo Adoniram Judson, sentiam-se atraídos pelo trabalho missionário. Liderados por Samuel J. 

Mills, eles se apresentaram à Igreja Congregacional para que fossem enviados. 

A Comissão Americana para Missões Estrangeiras foi formada em 1810, mas demorou algum tempo até que levantassem fundos para os recém-nomea-dos. 

Impaciente, Adoniram viajou para Londres para tentar obter apoio da Sociedade Missionária de Londres. 

A França guerreava contra a Inglaterra naquela época, e os franceses capturaram seu navio. 

Judson passou por alguns momentos nada agradáveis, como prisioneiro de guerra antes que pudesse convencer seus captores de que era americano, e não inglês. 

Ele voltou para Boston são e salvo e a junta estava pronta para enviá-lo, com outros quatro, logo no início de 1812.

Nesse meio tempo, Adoniram conheceu Ann e se apaixonou por ela. 

Ele lhe prometeu uma vida de dificuldades, serviço missionário em locais primitivos, trabalho duro e poucas conveniências. 

Que garota poderia resistir a tudo isso? Contudo, desde o início, Ann via a si mesma como colega de trabalho de Adoniram, tão envolvida no empreendimento missionário quanto ele. 

Ela se ajoelhou com ele quando os dois foram consagrados para o trabalho missionário, no dia seguinte ao casamento deles. 

Depois disso, os dois partiram para a viagem.

Contudo, mais problemas esperavam por eles na índia. 

Os governadores britânicos da índia não permitiriam que aqueles americanos permanecessem ali. 

William Carey sugeriu que eles se mudassem para a Birmânia, pois seu filho Félix era embaixador ali, e poderia recebê-los por algum tempo. 

Havia mais problemas envolvidos na questão de ir para a Birmânia, mas o casal Judson chegou ali e começou a trabalhar imediatamente, aprendendo o idioma, dando início a uma escola para meninas e traduzindo o Novo Testamento. 

Ann aprendeu o birmanês tão bem quanto Adoniram e o ajudou nessa tarefa de tradução.

O primeiro convertido só surgiu após seis anos de trabalho. Os problemas continuavam. 

Ann tinha problemas de saúde e voltou temporariamente para os EUA. 

Logo após ela ter retornado para a Birmânia, a guerra daquele país com a Inglaterra eclodiu. 

Adoniram foi preso e mantido prisioneiro por dois anos. 

Ann mudou-se para as proximidades da prisão e o visitava regularmente. Essa provação afetou a saúde de ambos.

O exército britânico libertou Adoniram, mas Ann morreu pouco depois, aos 36 anos. 

Adoniram trabalhou por mais de 24 anos na Birmânia e, após esse período, os resultados eram mais aparentes. 

A tradução do Novo Testamento para o birmanês, feita pelo casal Judson, foi publicada, com um catecismo escrito por Ann. (Ela também produziu uma tradução de partes das Escrituras para o siamés.) 

Ao todo, Judson estabeleceu 63 igrejas, a maior parte delas entre a tribo Karen, habitantes das montanhas da Birmânia e do Sião. 

Os karens tinham uma tradição que dizia que eles receberiam a visita de estrangeiros que viriam restaurar o conhecimento do verdadeiro Deus que haviam perdido. 

Naquela ocasião, mais de 100 mil pessoas do povo karen foram batizadas como cristãos. 


A Sociedade Batista Americana de Missões Estrangeiras (descendente da sociedade missionária batista que Luther Rice fundara) apoiou grandemente o trabalho entre o povo karen.

O casal Judson também participou da fundação de duas sociedades missionárias diferentes. 

Essas entidades fomentaram a formação de várias outras organizações cristãs e juntas missionárias nos EUA. 

Eles foram os pioneiros do ministério cristão no sudeste da Ásia e serviram de inspiração para inúmeros casais missionários que passaram juntos por momentos difíceis em campos missionários por todo o mundo.