quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

JACÓ ABENÇOA OS FILHOS DE JOSÉ

 JACÓ ABENÇOA OS FILHOS DE JOSÉ


TEXTO BASE HB 11: 21

Lemos em Hebreus 11: 21 que: "Pela fé Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José, e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou."

Este capítulo nos dá outra oportunidade para vermos a maturidade espiritual de Jacó. 
Ele mudou muito desde a sua juventude, e seu exemplo nos mostra como a vida espiritual envolve crescimento e desenvolvimento.

A vida espiritual não é uma experiência emocional que acontece num momento, mas é descrita na Bíblia como andar no Espírito. 



Em 2ª Pedro 3: 18 lemos: "Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo."

Quando Jacó era jovem, havia preponderância do que chamamos de "a velha natureza". 

Assim como aconteceu com ele, devemos esperar o crescimento e amadurecimento do fruto do Espírito em nosso caráter. 

Mas rendamos graças a Deus por isto ser possível em nossas vidas, e pela paciência que Ele tem conosco. 

Também podemos agradecê-lo porque ele não interfere, como talvez nós faríamos, para forçar o desenvolvimento. 

Ele foi paciente com Jacó, e é paciente conosco.

José, ocupado com os negócios de Estado, foi correndo visitar seu pai quando soube que ele estava enfermo, e levou consigo seus dois filhos, Manassés e Efraim. 

Israel esforçou-se e assentou no leito para recebê-lo. 

Estes detalhes nos indicam o grande amor de José para com seu pai, e o respeito que tinha de seu pai.

Para Jacó, José era seu filho predileto, praticamente ressuscitado e elevado a um glorioso posto. 
José, ainda, havia salvo toda a sua família de uma fome calamitosa. Isto fez Jacó refletir na maneira como Deus encaminhou as circunstâncias da sua vida e lembrar-se da ocasião em que Deus apareceu novamente para ele em Luz, que ele chamou Betel (capítulo 35: 9-15), quando voltava de Padã-Arã, e o abençoou prometendo que faria dele uma multidão de povos, e daria a terra de Canaã à sua descendência em possessão perpétua.

Em sua juventude, Jacó pensava que era esperto e que conseguiria tudo mediante seus próprios esforços e artimanhas, mas agora, com a experiência de sua longa vida, ele demonstra que confia em Deus para o cumprimento de sua promessa.

A promessa de Deus feita aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, percorre a Bíblia inteira e tem três aspectos:

1 - a nação
2 - a terra
3 - a bênção

Os primeiros dois são os que Jacó cita para José. 

Mas o terceiro é o aspecto mais importante para nós: em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra (capítulo 28: 14). 

Dois terços da promessa, feita mais de quatro milênios atrás, já foram cumpridos (1 e 3) faltando apenas um terço (2) pois os descendentes de Israel ainda não possuem a terra prometida em perpetuidade. 

Quando lhes for dada pelas mãos de Deus, viverão em paz, segurança e tranqüilidade (Isaías 32: 17,18).

Nesta ocasião Jacó adotou como seus filhos diretos os dois filhos de José, que passaram a ter os mesmos direitos que seus próprios filhos, assegurando assim a José uma porção dobrada da sua herança. 

Em conseqüência, cada um dos dois netos formou uma tribo.

Disto deduziríamos que haviam treze tribos em Israel, pois Jacó tinha outros onze filhos. 

Acontece, porém que os descendentes de Levi não eram considerados como uma tribo, tendo sido dedicados ao serviço de Deus, ministrando como sacerdotes entre as tribos.

Jacó em seguida se lembra da sua querida esposa Raquel, mãe de José, da sua morte e sepultura próximo a Belém (ainda está lá).

Quando José fora vendido como escravo, Jacó pensara que ele estava morto e chorara por ele (Gênesis 37: 30). 

Mas eventualmente o plano de Deus permitiu a Jacó não só ver seu filho outra vez, mas também seus netos.

Nossas circunstâncias nunca são tão ruins a ponto de não podermos alcançar a ajuda de Deus: Jacó recebeu seu filho de volta, Jó uma nova família (Jó 42:10-17), Maria seu irmão Lázaro (João 11: 1-44). 

Nunca devemos nos desesperar, pois pertencemos a um Deus amoroso. Nunca sabemos o bem que Ele pode fazer surgir de uma situação que nos parece sem esperança.

José trouxe seus filhos a Jacó para que ele os abençoasse. 

Aquele sobre quem ele colocasse sua mão direita receberia a benção principal.

Como profeta de Deus, Jacó sabia que o mais novo, Efraim, teria preeminência sobre seu irmão mais velho: 

outra vez não seria exercido o direito à primogenitura. Sem saber disso, José colocou Manassés do lado direito de Jacó. 

Mesmo sem poder ver (pois como Isaque, Jacó havia perdido a visão em sua velhice, possivelmente devido a cataratas), Jacó percebeu quem era quem e simplesmente cruzou seus braços para que sua mão direita repousasse sobre Efraim.

É interessante ver quantas vezes Deus não mantém o direito da primogenitura; embora ele conste da sua lei (Deuteronômio 21:17), este direito é uma convenção que vem desde os tempos mais antigos, pela qual o filho mais velho recebe toda, ou a maior parte da herança paterna, junto com a responsabilidade de cuidar pela sua mãe viva e irmãs solteiras. 

Deus não se prende a estas convenções.

Ao abençoar José, Jacó faz a primeira referência a Deus como Pastor (sustentouno original é pastoreou) nas Escrituras: ele agora distinguia claramente como Deus havia cuidado dele através da sua longa e atribulada vida.

Também declara que o Anjo era Deus (capítulo 16: 10), uma teofania do Filho de Deus, que dois milênios mais tarde nasceu entre nós como Jesus Cristo. 

A palavra traduzida livrado também aparece pela primeira vez, significa salvar,remir, ou agir como libertador (Êxodo 6: 6, Levítico 27:13, Rute 4: 4, Isaías 59: 20), o que Deus é para todo aquele que crê em seu Filho.

Mesmo desagradando a José, Jacó colocou o nome de Efraim adiante do de Manassés. Séculos mais tarde vemos o cumprimento desta profecia pois:

a tribo de Manassés marchou debaixo do estandarte de Efraim no deserto (Números 2:18-24).
Josué, líder do povo de Israel depois de Moisés, veio da tribo de Efraim.

depois da divisão do reino nos tempos de Jeroboão, a tribo de Efraim (como predito no versículo 19) tornou-se tão predominante no reino do norte, que seu nome foi identificado com Israel (Isaías 7: 2; Oséias 4:17; 13:1).

Jacó deu aos filhos de José por herança mais terras em Canaã do que seus outros filhos teriam. 
Este foi um presente pessoal de um declive montanhoso onde estava Siquém (Josué 24: 32) perto de Sicar na futura Samaria (João 4: 5). 

Jacó primeiro comprou o terreno de um amorreu, depois teve que retomá-lo à força. 
Hoje é disputado entre os palestinos e o país de Israel (West Bank).

Tags: Andam, Bíblico, Caminho, Cristo, Cruz, Deus, Escrituras, Evangelho, Glória, Jesus, Palavra, Pastor, Porta, Poucos, Salvação, Salvador, Satanás, Verdade, Vida


Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado

ABEMÇÃO DA MÃO CRUZADA - JACÓ ABENÇOA OS FILHOS DE JOSÉ

 ABEMÇÃO DA MÃO CRUZADA - JACÓ ABENÇOA OS FILHOS DE JOSÉ


TEXTO BASE HB 11: 21

Lemos em Hebreus 11: 21 que: "Pela fé Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José, e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou."

Este capítulo nos dá outra oportunidade para vermos a maturidade espiritual de Jacó. 

Ele mudou muito desde a sua juventude, e seu exemplo nos mostra como a vida espiritual envolve crescimento e desenvolvimento.

A vida espiritual não é uma experiência emocional que acontece num momento, mas é descrita na Bíblia como andar no Espírito. 



Em 2ª Pedro 3: 18 lemos: "Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo."

Quando Jacó era jovem, havia preponderância do que chamamos de "a velha natureza". 

Assim como aconteceu com ele, devemos esperar o crescimento e amadurecimento do fruto do Espírito em nosso caráter. 

Mas rendamos graças a Deus por isto ser possível em nossas vidas, e pela paciência que Ele tem conosco. 

Também podemos agradecê-lo porque ele não interfere, como talvez nós faríamos, para forçar o desenvolvimento. 

Ele foi paciente com Jacó, e é paciente conosco.

José, ocupado com os negócios de Estado, foi correndo visitar seu pai quando soube que ele estava enfermo, e levou consigo seus dois filhos, Manassés e Efraim. 

Israel esforçou-se e assentou no leito para recebê-lo. 

Estes detalhes nos indicam o grande amor de José para com seu pai, e o respeito que tinha de seu pai.

Para Jacó, José era seu filho predileto, praticamente ressuscitado e elevado a um glorioso posto. 
José, ainda, havia salvo toda a sua família de uma fome calamitosa. 

Isto fez Jacó refletir na maneira como Deus encaminhou as circunstâncias da sua vida e lembrar-se da ocasião em que Deus apareceu novamente para ele em Luz, que ele chamou Betel (capítulo 35: 9-15), quando voltava de Padã-Arã, e o abençoou prometendo que faria dele uma multidão de povos, e daria a terra de Canaã à sua descendência em possessão perpétua.

Em sua juventude, Jacó pensava que era esperto e que conseguiria tudo mediante seus próprios esforços e artimanhas, mas agora, com a experiência de sua longa vida, ele demonstra que confia em Deus para o cumprimento de sua promessa.

A promessa de Deus feita aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, percorre a Bíblia inteira e tem três aspectos:

1 - a nação

2 - a terra

3 - a bênção

Os primeiros dois são os que Jacó cita para José. 

Mas o terceiro é o aspecto mais importante para nós: em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra (capítulo 28: 14). 

Dois terços da promessa, feita mais de quatro milênios atrás, já foram cumpridos (1 e 3) faltando apenas um terço (2) pois os descendentes de Israel ainda não possuem a terra prometida em perpetuidade. 

Quando lhes for dada pelas mãos de Deus, viverão em paz, segurança e tranqüilidade (Isaías 32: 17,18).

Nesta ocasião Jacó adotou como seus filhos diretos os dois filhos de José, que passaram a ter os mesmos direitos que seus próprios filhos, assegurando assim a José uma porção dobrada da sua herança. 

Em conseqüência, cada um dos dois netos formou uma tribo.

Disto deduziríamos que haviam treze tribos em Israel, pois Jacó tinha outros onze filhos. 

Acontece, porém que os descendentes de Levi não eram considerados como uma tribo, tendo sido dedicados ao serviço de Deus, ministrando como sacerdotes entre as tribos.

Jacó em seguida se lembra da sua querida esposa Raquel, mãe de José, da sua morte e sepultura próximo a Belém (ainda está lá).

Quando José fora vendido como escravo, Jacó pensara que ele estava morto e chorara por ele (Gênesis 37: 30). 

Mas eventualmente o plano de Deus permitiu a Jacó não só ver seu filho outra vez, mas também seus netos.

Nossas circunstâncias nunca são tão ruins a ponto de não podermos alcançar a ajuda de Deus: Jacó recebeu seu filho de volta, Jó uma nova família (Jó 42:10-17), Maria seu irmão Lázaro (João 11: 1-44). 

Nunca devemos nos desesperar, pois pertencemos a um Deus amoroso. Nunca sabemos o bem que Ele pode fazer surgir de uma situação que nos parece sem esperança.

José trouxe seus filhos a Jacó para que ele os abençoasse. 

Aquele sobre quem ele colocasse sua mão direita receberia a benção principal.

Como profeta de Deus, Jacó sabia que o mais novo, Efraim, teria preeminência sobre seu irmão mais velho: 

outra vez não seria exercido o direito à primogenitura. Sem saber disso, José colocou Manassés do lado direito de Jacó. 

Mesmo sem poder ver (pois como Isaque, Jacó havia perdido a visão em sua velhice, possivelmente devido a cataratas), Jacó percebeu quem era quem e simplesmente cruzou seus braços para que sua mão direita repousasse sobre Efraim.

É interessante ver quantas vezes Deus não mantém o direito da primogenitura; embora ele conste da sua lei (Deuteronômio 21:17), este direito é uma convenção que vem desde os tempos mais antigos, pela qual o filho mais velho recebe toda, ou a maior parte da herança paterna, junto com a responsabilidade de cuidar pela sua mãe viva e irmãs solteiras. 

Deus não se prende a estas convenções.

Ao abençoar José, Jacó faz a primeira referência a Deus como Pastor (sustentouno original é pastoreou) nas Escrituras: ele agora distinguia claramente como Deus havia cuidado dele através da sua longa e atribulada vida.

Também declara que o Anjo era Deus (capítulo 16: 10), uma teofania do Filho de Deus, que dois milênios mais tarde nasceu entre nós como Jesus Cristo. 

A palavra traduzida livrado também aparece pela primeira vez, significa salvar,remir, ou agir como libertador (Êxodo 6: 6, Levítico 27:13, Rute 4: 4, Isaías 59: 20), o que Deus é para todo aquele que crê em seu Filho.

Mesmo desagradando a José, Jacó colocou o nome de Efraim adiante do de Manassés. Séculos mais tarde vemos o cumprimento desta profecia pois:

a tribo de Manassés marchou debaixo do estandarte de Efraim no deserto (Números 2:18-24).
Josué, líder do povo de Israel depois de Moisés, veio da tribo de Efraim.depois da divisão do reino nos tempos de Jeroboão, a tribo de Efraim (como predito no versículo 19) tornou-se tão predominante no reino do norte, que seu nome foi identificado com Israel (Isaías 7: 2; Oséias 4:17; 13:1).

Jacó deu aos filhos de José por herança mais terras em Canaã do que seus outros filhos teriam. 
Este foi um presente pessoal de um declive montanhoso onde estava Siquém (Josué 24: 32) perto de Sicar na futura Samaria (João 4: 5). 

Jacó primeiro comprou o terreno de um amorreu, depois teve que retomá-lo à força. 
Hoje é disputado entre os palestinos e o país de Israel (West Bank).

Tags: Andam, Bíblico, Caminho, Cristo, Cruz, Deus, Escrituras, Evangelho, Glória, Jesus, Palavra, Pastor, Porta, Poucos, Salvação, Salvador, Satanás, Verdade, Vida

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado



O FILHO REINA PARA ENTREGAR O REINO AO PAI

TEXTO BASE AP 19: 6

TEMA:O FILHO REINA PARA ENTREGAR O REINO AO PAI

INTRODUÇÃO 

“E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já o Senhor, Deus Todo-poderoso reina” (Ap 19: 6).

Verdade Aplicada: A plena justiça de Deus será satisfeita de modo justo e justificável.


Objetivos da Lição:


1° Mostrar que Deus jamais deixará de justificar aqueles que recebem a justiça de Cristo.

2° Tornar relevante a submissão a Cristo como requisito para entrar no reino de Deus.

3°Reforçar que a justiça de Deus é sempre aplicada no tempo, na medida e no modo certo.

Textos de Referência: Ap 19.11-14,16

Cristo derrubará todo governo e autoridade e depois virá o fim da presente era, quando Ele entregar o reino a Deus, o Pai (1° Co 15. 24-26). 

Os eventos proféticos narrados em Apocalipse 19.11-21 a 20.1-15 enumeram esses governos e autoridades humanas e os inimigos de Cristo. Relatam também como será o fim deles.

 Falam ainda da inauguração do Milênio, quando inicia o processo de restauração da terra redimida e purificada, durante o qual Cristo reinará e vencerá, e julgará todos os demais inimigos, inclusive a morte.

O texto de Ap 19.1-20.15 pode ser visto como que se tratando da volta de Jesus com poder e grande glória depois de terem se completado os juízos de Deus sobre a terra. De forma geral, estes dois capítulos mostram os seguintes acontecimentos:

*Em Ap 19.1-6, João relata a alegria e triunfo que se ouve no céu por parte de seus habitantes, já que estes reconhecem serem justos os juízos de Deus sobre a terra, além de se alegrarem também com o já iminente Reino de Jesus Cristo sobre a terra.

*Em Ap 19. 7-9, João relata o regozijo em relação a vinda das bodas do Cordeiro, e além disto, ele se refere à boa aventurança daqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.

*Em Ap 19.10, João relata sua atitude de lançar-se aos pés do anjo que lhe falava para o adorar. O anjo, porém rejeita sua atitude, dizendo-lhe para não praticar tal ato, pois ele também era seu conservo e de seus irmãos. 
João e todos os demais seres celestiais ou terrenos, devem adorar somente a Deus, porque, conforme as palavras do anjo, “o testemunho de Jesus é o espírito da profecia” (Ap 19.10b), ou seja, nas palavras de W. MacDonald (1993, p. 1014) 

“o verdadeiro propósito da profecia é dar testemunho da Pessoa e obra de Jesus”.

*Em Ap 19.11-21, João descreve o momento da volta de Jesus com poder e grande glória, estando este acontecimento relacionado à batalha do Armagedom. 

O texto termina com o relato acerca da vitória de Cristo sobre a Besta, sobre o Falso Profeta e sobre todos os demais que encontravam-se unidos ao Anticristo.

*Em Ap 20.1-10, João descreve a prisão de Satanás por mil anos e na seqüência a instalação do Reino Milenar de Jesus Cristo sobre a terra. 

Este trecho termina descrevendo o fim de Satanás depois do mesmo ser solto e tentar mais uma vez enganar as nações.

*Em Ap 20.11-15, João descreve o juízo do Trono Branco, quando então acontecerá o juízo final de todos aqueles cujos nomes não se encontravam descritos no livro da vida. 

O fim desta presente era termina com o juízo do Trono Branco, quando então o último inimigo a ser aniquilado será a morte. Depois disto “um novo céu e uma nova terra” adentrarão a eternidade, quando então Cristo entregará o reino a Deus o Pai, conforme Paulo escreve em 
1° Co 15. 24-26: “Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. 

“Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte”.

I° O cavaleiro do cavalo branco e o seu séquito:

“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. 

E os seus olhos são como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas...” (Ap 19.11,12). Essa descrição não deixa dúvida de que Cristo é o Cavaleiro.

1° O perfil de Cristo como guerreiro e Juiz:

Ele é valente e corajoso e sozinho guerreará contra o ajuntamento dos ímpios, por isso, suas vestes estão salpicadas de sangue (Ap 19.3,15; Is 63.3). 

O nome Fiel e Verdadeiro (Ap 19.11b) contrasta com os nomes de blasfêmia da Besta (Ap 17. 3). 

Para um mundo que detém a verdade em injustiça (Rm 1.18), organizado e armado em franco desafio a Deus, Ele virá como um guerreiro que peleja com justiça. 

À sua Palavra fiel e verdadeira (Ap 19.15), nenhum infiel e mentiroso poderá resistir. 

É o Justo Juiz que julgará com justiça e destruirá todas as formas de impiedade e injustiça. Ninguém poderá se justificar diante dos seus olhos flamejantes (Ap 19.12).

Ap 19.11,12: “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. 

E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. 

E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus”.

Em Ap 19.11-21, João mostra como se dará o reto rno de Jesus à terra quando então Ele tomará posse daquilo que por direito lhe pertence. 

João contempla Jesus em um cavalo branco, porém em contraposição ao cavaleiro do cavalo branco de Ap 6. 2, sendo este o Anticristo que reinará, porém não tendo sobre si esse direito; Jesus Cristo, o Cavaleiro de Ap 19.11 traz em si o caráter quanto a sua fidelidade a Deus e a sua Palavra, além dEle trazer também sobre si, o direito de reinar sobre todas as nações, pois o principado está sobre os seus ombros (ver Is 9. 6,7), daí sobre sua cabeça haver muitos diademas. 

Os olhos de Jesus como chama de fogo retratam sua onisciência, e, portanto sua divindade, além de indicarem também o intento de Jesus em seu retorno de julgar. 

A veste salpicada de sangue é também um indicativo do julgamento que será realizado por ocasião da volta de Jesus, e, além disto, ela traz em memória, o sacrifício de Jesus na cruz do Calvário, sendo este o preço que foi pago pela redenção da humanidade. 

A menção da veste de Jesus salpicada de sangue retrata, por sua relação com seu sacrifício, a humanidade de Jesus, e desta forma, a identidade de Jesus é mais uma vez evidenciada nas Escrituras como sendo Ele verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. 

O caráter divino/humano de Jesus é ainda demonstrado, quando então João faz menção ao nome de Jesus como sendo “a Palavra de Deus”, ou de forma equivalente, “o Verbo de Deus”, nome este acerca do qual, ele próprio já havia escrito em Jo 1.1-3,14: 

“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 

Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele e sem ele nada do que foi feito se fez. 
[...]. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.1-3,14). 

O texto de Ap 19.11,12, mostra, portanto a vinda de Jesus como o Deus-Homem que reinará, tendo Ele esse direito não somente por ser Ele o Criador, mas também por ser Ele o Redentor de toda a humanidade, de toda a terra e de toda criação.

2° O perfil de Cristo como Rei:

Ele é Rei dos reis e o Senhor dos senhores (Ap 19.16). 

Ele regerá as nações como vara de ferro (Ap 19.15) e ninguém poderá resistir à plenitude de sua autoridade representada nos muitos diademas que usa (Ap 19.12). 

Este e outros traços de Jesus apontam para as diferenças gritantes entre Ele e os dominadores deste mundo tenebroso contra os quais Ele pelejará e vencerá, e julgará com justiça.

3ª Os exércitos de Cristo:

A descrição dos exércitos em Apocalipse 19.14 confere com o que se diz da igreja (Ap 19. 8) e, portanto, ela está aqui organizada em muitos batalhões, e segue a Cristo na campanha contra os povos estribados na impiedade maldade e injustiça. 

As roupas brancas e puras, em contraste com as de Cristo que estão salpicadas de sangue, sugerem que a esposa do Cordeiro não se envolverá na batalha, pois é o Esposo quem retribuirá (Is 63. 4) aos seus inimigos todo o mal que fizerem ao seu corpo e à igreja (Rm 12.19; Dt 32. 35). 

Em Ap 19.14, João fala dos exércitos que virão em companhia de Jesus, sendo estes “os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro”. 

Esta linguagem faz referência aos santos em corpos glorificados que estarão retornando com o Senhor por ocasião da segunda fase de sua segunda vinda, sendo que a primeira fase é aquela referente ao arrebatamento da igreja que já terá então ocorrido antes do período da Tribulação/Grande Tribulação. 

Pode-se dizer, portanto que os exércitos que seguem a Jesus envolvem tanto a igreja, quanto os santos do Antigo Testamento, já que estes também já se encontrarão em corpos glorificados, fato este que ocorrerá na ressurreição dos santos por ocasião do arrebatamento da igreja (ver 1° Co 15. 51,52; 1° Ts 4.13-18; Hb 11. 39,40; Ap 4.4). 

Com relação as vestes de Cristo salpicadas de sangue, estas já são assim vistas por João, antes de João fazer menção “ao lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso” (ver Ap 19.15). 

Apesar delas então trazerem algum tipo de relação com a batalha do Armagedom, em primeira instância, elas trazem em si um memorial quanto ao sacrifício de Jesus realizado na cruz do Calvário por ocasião de sua primeira vinda. 

Os santos em corpos glorificados não são vistos tendo suas vestes “salpicadas de sangue”, pois a obra de Jesus Cristo é única e suficiente para a redenção de toda humanidade, não sendo, portanto necessário nenhuma complementação por parte da igreja ou por parte de qualquer outra pessoa, ao sacrifício de Jesus já efetivado na cruz do Calvário. 

Em relação a visão de João quanto a vinda dos exércitos que há no céu em cavalos brancos, é interessante perceber a contraposição ao aparecimento do Anticristo, já que este foi seguido pelo aparecimento de um cavalo vermelho, um preto e um amarelo, símbolos de guerra, fome e morte; porém no caso de Jesus, o que ocorre é o oposto, pois os cavalos brancos e o linho fino, branco e puro trazem em si uma simbologia da paz e justiça permanente que haverá no reinado de mil anos de Jesus Cristo sobre a terra. 

Em Ap 19.16, João se refere ao fato de na veste de Jesus e na sua coxa encontrarem-se escrito a expressão “Rei dos reis e Senhor dos senhores”. 

Este nome sobre a veste de Jesus fala de sua supremacia e soberania sobre todas as nações, e além disto, este nome sobre sua coxa, fala da vitória de Cristo sobre todos os governos anticristãos, representados no momento da Tribulação/Grande Tribulação pelo Anticristo e confederações ligadas a ele.  

2. A vitória de Cristo sobre as Bestas e os demais opositores:

A vitória de Cristo sobre a Besta e sobre o falso profeta será precedida de uma grande celebração da vitória. 

A expressão ‘aleluia’ que aparece quatro vezes (Ap 19.1-6), é um convite a toda a terra para festejar dois eventos: A destruição da grande prostituta (Ap 19. 2) e o surgimento da esposa do Cordeiro (Ap 19.7). [...].
Em Ap 19.1-6, João relata a alegria e triunfo que se ouve no céu por parte de seus habitantes, já que estes reconhecem serem justos os juízos de Deus sobre a terra. 

Neste trecho, por quatro vezes, sendo estas as únicas vezes no Novo Testamento, aparece a palavra “aleluia” que tem sua origem a partir de duas palavras hebraicas, “halal”, que significa “louvor”, e “Jah”, forma abreviada do nome “Javé”, ou “Senhor”, o que indica então o significado da palavra “aleluia” como “louvai ao Senhor” ou “louvai a Yahweh”. 

Em Ap 19.1, João ouve o primeiro brado de “aleluia”, onde os habitantes do céu atribuem todo processo de salvação ao Senhor, e sendo assim glória, e honra, e poder pertencem a Ele; em Ap 19.3, este brado de “aleluia” é repetido, e agora em conexão ao julgamento da “grande prostituta”, quando então o sangue dos servos de Deus terá sido vingado. 

Em Ap 19. 4, o brado de “aleluia” é confirmado pelos vinte e quatro anciãos e também pelos quatro animais através da palavra “Amém”, seguindo-se então mais um brado de aleluia por parte dos anciãos e dos seres viventes. 

Em Ap 19. 5, João ouve uma voz que sai do trono, que dizia: 

“Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o temeis, tanto pequenos como grandes”; João ouve então “como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: 

Aleluia! Pois já o Senhor, Deus Todo-poderoso, reina” (Ap 19. 6). Conforme pode-se perceber o brado de aleluia de Ap 19. 6, o quarto brado de “aleluia” ocorre em resposta à voz que se ouviu sair do trono, estando este especialmente relacionado ao iminente Reino de Jesus Cristo já prestes a se manifestar sobre a terra. 

O quarto brado de “aleluia” é acompanhado por um convite para que todo o céu se regozije “porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7). 

A linguagem quanto à esposa como que tendo já “se aprontado” refere-se ao fato da noiva do Cordeiro, ou seja, a igreja, ser justificada na justiça de Cristo, e por isto ela já se encontra pronta; João vê, porém, sendo dado à “esposa” que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente, sendo tal vestimenta uma simbologia dos atos de justiça dos santos, o que indica que as boas obras devem acompanhar a vida daqueles que são salvos, pois é desta forma que os santos glorificam na terra o nome do Senhor (ver Mt 5.16; Ef 2.10; Hb 6. 9). 

Em Ap 19. 9 tem-se referência àqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro, sendo estes provavelmente todos os salvos não pertencentes a igreja, tanto os do Antigo Testamento, quanto aqueles do período da Tribulação/Grande Tribulação, conforme também compreende W. Malgo (2000, v. 4, p. 39,40), de acordo com o seguinte comentário descrito abaixo:

“Quem são esses convidados das bodas? Segundo meu entendimento, trata-se de salvos que não pertencem à igreja de Jesus: 

Os crentes da Antiga Aliança, os cento e quarenta e quatro mil e a grande multidão, que ninguém podia contar. Todos eles são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. 

Existem, portanto, duas categorias de salvos: 

A noiva, a igreja, e os convidados para as bodas. 

É preciso distinguir isso claramente. [...] Os convidados para as bodas não devem ser confundidos, portanto, com a igreja anteriormente arrebatada, que se encontra de linho finíssimo”.

1° O julgamento da Besta:

A Besta reunirá a excelência, tanto em artilharia quanto em recursos humanos e espirituais, para guerrear contra Cristo (Ap 19.19). 

Como o rei de Tiro, ela pensará que se tornou como Deus e quem sabe, até mais poderosa do que o Altíssimo, e que poderá destituí-lo e assentar-se no seu trono. 

Mas a derrota dela será amarga e definitiva: Será presa e lançada no lago de fogo e enxofre.

2. O julgamento da feitiçaria e dos feiticeiros:

A presença do falso profeta entre os exércitos das nações indica que elas invocarão todos os poderes espirituais inimigos de Cristo e dos remidos, como fez Balaque ao contratar Balaão para amaldiçoar Israel (Nm 22. 6). 

Será a última sessão de feitiçarias e encantamentos da história da humanidade, pois o feiticeiro-mor fará companhia ao seu senhor no lago de fogo.

3° O julgamento preliminar dos exércitos humanos:

As duas Bestas serão lançadas vivas no lago de fogo, mas os reis e exércitos das nações morrerão pela palavra poderosa de Cristo proferida contra eles (Ap 19.21). 

A morte deles é um julgamento preliminar. 

Depois do milênio eles ressuscitarão para o Juízo Final (Ap 20.15) e terão o mesmo destino de seus líderes político e espiritual: 

O lago de fogo.

Ap 19.15: “E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso”.

Em Ap 19. 15, João ainda mostrando como se dará a volta de Jesus, faz menção de sua presença junto ao lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso, o que indica que em seu retorno, Jesus seguirá para o local onde estará ocorrendo a batalha do Armagedom, quando então o Anticristo terá reunido todas as nações para tentar exterminar a nação de Israel (ver Ap 16.12-16). 

Em seu retorno, Jesus, porém salvará a nação de Israel dos exércitos do Anticristo, sendo este fato e os relacionados a ele também mencionados em Is 63.1-6:“Quem é este que vem de Edom, de Borza, com vestes tintas? 

Este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? 
Eu, que falo com justiça, poderoso para salvar. Porque está vermelha a tua vestidura? 
E as tuas vestes, como daquele que pisa uvas no lagar? 

Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém se achava comigo; e os pisei na minha ira e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura. 

Porque o dia da vingança estava no meu coração, e o ano dos meus redimidos é chegado. 
E olhei, e não havia quem me ajudasse; e espantei-me de não haver quem me sustivesse; pelo que o meu braço me trouxe a salvação, e o meu furor me susteve. 

E pisei os povos na minha ira e os embriaguei no meu furor, e a sua força derribei por terra”. 
A batalha do Armagedom deverá ocorrer, segundo escreve T. LaHaye (2004, p. 61), na planície de Esdraelon, em redor do monte de Megido, ao norte de Israel, cerca de 30 Km ao sudoeste de Haifa. 

O texto de Is 63.1-6, no entanto menciona a presença de Jesus por esta ocasião em Borza, uma cidade de Edom que ficava 50 Km ao sul do mar Morto, local hoje que corresponde à região onde está situada a Jordânia. Um outro texto, Jl 3.1,2,11,12 se refere a esse julgamento por ocasião da volta de Jesus como que acontecendo no vale de Josafá:

“Porquanto eis que, naqueles dias e naquele tempo, em que removerei o cativeiro de Judá e de Jerusalém, congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo e da minha herança, Israel, a quem eles espalharam entre as nações, repartindo a minha terra. [...] Ajuntai-vos, e vinde, todos os povos em redor, e congregai-vos (ó Senhor, faze descer ali os teus fortes!); movam-se as nações e subam ao vale de Josafá; porque ali me assentarei, para julgar todas as nações ao redor”. 

Estes versículos e outros relacionados a eles sugerem que a batalha do Armagedom ocorrerá em diversas fases, e desta forma, T. LaHaye (2004, p. 62) propõe que a batalha do Armagedom ocorrerá em oito fases, tendo ela início com a reunião dos aliados do Anticristo no vale do Armagedom e o seu final com a ascensão vitoriosa de Cristo sobre o monte das Oliveiras (ver Zc 14.2-4). 

A legenda abaixo referente ao mapa ao lado, mostra as oito fases do

Armagedom, conforme sugerido pelo autor citado acima:

1 – Reunião dos aliados do Anticristo no vale do Armagedom (Sl 2.16; Jl 3.9-11; Ap 16.12-16).

2 – Destruição de Babilônia (Is 13-14; Jr 50.51; Zc 5.5-11; Ap 17.18).

3 – Queda de Jerusalém (Mq 4.11-5.1; Zc 12-14).

4 – Os exércitos do Anticristo em Bozra (Jr 49.13-14; Mq 2.12).

5 – Regeneração nacional de Israel (Sl 79.1-13; 80.1-19; Is 64.1-12; Os 6.1-13. Jl 2.28-32; Zc 

12.10; 13.7-9; Rm 11.25-27).

6 – Segunda vinda de Jesus Cristo (Is 34.1-7; 63.1-3; Mq 2.12,13; Hb 3.3).

7 – Batalha de Bozra até o vale de Josafá (Jr 49.20-22; Jl 3.12,13; Zc 14.12-15).

8 – Ascensão vitoriosa no monte das Oliveiras (Jl 3.14-17; Zc 14.3-5; Mt 24.29-31; Ap 16.17-21; 19.11-21).   

Depois de descrever a presença de Jesus junto ao lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso, em Ap 19.17, João descreve a visão de um anjo que estava no sol, clamando com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu, para que estas se fartassem da carne dos reis, e dos tribunos e dos fortes, e dos cavalos, e seus cavalheiros, e dos homens, livres, servos, pequenos e grandes, o que indica a quantidade de pessoas de todas as classes que morrerão na batalha do Armagedom (ver Ap 14. 20). 

João vê“a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo e ao seu exército” (Ap 19.19), porém a besta, ou seja, o Anticristo não poderá resistir ao resplendor da vinda do Senhor Jesus Cristo, é o que Paulo mostra em 

2° Ts 2.8 “E então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda”, e assim a besta será presa “e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem”. 

O Anticristo e o falso profeta serão, por fim “lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre” (Ap 19. 20b); em relação aos demais aliados do Anticristo, estes serão “mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo” (Ap 19. 21b), e todas as aves se fartarão das suas carnes.


III.O milênio e o fim do dragão e dos seus seguidores:

O capítulo 20 de Apocalipse serve de base para muitas especulações sobre o futuro da humanidade. De fato, nele se fala da prisão de Satanás por mil anos, do Reino de Cristo que durará um milênio; de Satanás solto ao final de dez séculos e reunindo as nações contra o acampamento dos santos; e da cidade amada. 

Tudo isso, inflama a imaginação. Portanto, três pontos serão estudados neste tópico.
Antes de adentrar nos três pontos que serão estudados neste tópico é importante destacar as três visões acerca do Milênio que são consideradas pelos estudiosos do Apocalipse. Essas três visões, de acordo com T. LaHaye (2004, p. 125) são o pré-milenarismo, o amilenarismo e o pós-milenarismo, que de forma geral, de acordo com o autor citado acima, defendem as seguintes teses:

>O Pré-Milenarismo – Ensina que a segunda vinda de Cristo à terra e o estabelecimento do seu Reino ocorrerão antes do Reino Milenar de Ap 20.1-7. 

O pré-milenarismo dispensacional afirma que haverá no futuro, um reino literal de mil anos, em que Jesusgovernará sobre a terra, depois do arrebatamento, da Tribulação, e da segunda vinda. 
O pré-milenarismo ou quilianismo, como era conhecido na igreja primitiva, foi o primeiro dos três sistemas milenares a surgir. 

O pré-milenarismo foi abandonado durante a Idade Média, mas foi reavivado pelos puritanos no século XVII. 
Os comentários de Apocalipse neste estudo defendem a visão referente ao pré-milenarismo dispensacional.

>O Amilenarismo – Ensina que não haverá um Reino Milenar de Cristo sobre a terra no futuro, em sentido literal. 
A maioria dos proponentes diz que uma forma espiritual do reino está presente agora. 
O amilenarismo ensina que a partir da ascensão de Cristo, no primeiro século até sua segunda vinda (sem arrebatamento), tanto o bem quanto o mal vão aumentar no mundo, enquanto o reino de Deus coexiste com o reino de Satanás. 

Os amilenaristas crêem que Satanás está atualmente preso, porém ainda assim eles ensinam que o mal vai aumentar. Quando Jesus voltar, se dará o fim do mundo com a ressurreição geral e o julgamento de todas as pessoas. 

A visão é essencialmente uma espiritualização das profecias referentes ao reino. 
O ponto de vista amilenarista não estava na igreja mais antiga. Parece que ele surgiu como resultado da oposição ao literalismo pré-milenarista. 

O amilenarismo passou a dominar a igreja, quando os grandes pais da igreja e teólogos Agostinho (354-430) e Jerônimo (c. 345-419) abandonaram o pré-milenarismo em favor do amilenarismo.

>O Pós-Milenarismo – Ensina que o reino de Cristo está agora sendo estendido por todo o mundo por meio da pregação do evangelho e que a maioria das pessoas será convertida a Cristo, o que resultará em uma conseqüente cristianização do mundo atual. 
O pós-milenarismo ensina que a era atual é o Milênio, que não é necessariamente um período literal de mil anos. 

Os pós-milenaristas acreditam que por meios espirituais haverá um progressivo crescimento da justiça, da prosperidade e desenvolvimento em todas as esferas da vida, enquanto a maioria crescente de cristãos finalmente conquista o mundo para Cristo. 

Então, depois que o cristianismo houver dominado o mundo por um longo período de tempo (o glorioso reino de vitória da igreja), Cristo voltará. Nesse tempo, haverá uma ressurreição geral, a destruição desta presente criação, e o início do estado eterno. 

O pós-milenarismo difere do pré-milenarismo e do amilenarismo por sua visão otimista de que essa vitória se dará sem que seja necessária uma volta cataclísmica de Cristo para impor a justiça. 

Em vez disso, a vitória será resultado da aplicação firme dos meios disponíveis durante a era atual. 

O pós-milenarismo não se constituiu realmente em um sistema distinto de escatologia, senão após a Reforma. 

Ele foi então, a última posição importante sobre o Milênio a se desenvolver.   

1° A prisão do dragão:

Um anjo descerá do céu e prenderá Satanás para que ele não engane e perturbe as nações que sobreviverem ao derramamento das sete taças da ira de Deus. 

O propósito do milênio será provar a capacidade humana. Satanás estando preso, o homem não terá desculpas em dizer que Satanás o tentou. 

Deus provará que, mesmo governando em sua presença, e Satanás estando preso, ainda assim, o homem é inclinado a pecar (Sl 51.5; Zc 14.17,18).

Ap 20.1-3: “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. 

Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. 

E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. 

E depois importa que seja solto por um pouco de tempo”.

Com a prisão de Satanás, e a instalação do Reino Milenar de Jesus Cristo na seqüência, os sobreviventes ao derramamento das sete taças viverão sob condições favoráveis nunca vistas na terra desde que o homem pecou. 

Os homens terão a oportunidade de viverem diariamente na presença pessoal e física de Jesus, tendo ainda liberdade de escolha quanto à sua conversão à Jesus Cristo. 

A terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar, pois os povos em grande maioria se converterão ao Senhor (ver Is 11.9,10). 

Este fato, não elimina, porém a presença do pecado e de ímpios sobre a terra, e é desta maneira que o coração do homem será provado, testificando acerca de sua propensão ao pecado, ainda que Satanás encontre-se preso. 

Depois de relatar a prisão de Satanás, João fala de sua libertação quando os mil anos se acabarem, deixando claro ser importante que Satanás seja solto por um pouco de tempo nesta ocasião. 

A menção de João a este fato em conexão ao tempo de mil anos do Reino de Jesus Cristo indica que Deus permitirá que Satanás venha ainda a ser solto por um período de tempo, pois desta forma, Deus provará o coração do homem, ou seja, aqueles que viverem durante o Milênio, terão se convertido a Jesus Cristo por aquilo que Ele é, ou por aquilo que Ele pode dar ao homem? 

A motivação quanto à adoração do homem à Deus será desta forma provada no período após o Milênio.  

2° O Reino de Cristo:

O Reino de Cristo não dever ser confundido com o Céu, onde não há injustiça. 

Ele será caracterizado pela redução extraordinária do mal, pois Cristo, o Rei dos reis, detectará qualquer manifestação dele e julgará perfeita e imediatamente. Também não é a Nova Terra de Apocalipse 21.1, pois, nela habita a justiça (2 Pe 3.13) e no Reinado de Cristo a injustiça ainda estará sendo removida. Será o Dia do Senhor anunciado pelos profetas (Jl 2.31; Sf 1.14-18) e apóstolos (2 Pe 3.10; 1° Ts 5. 2,3). 

Será precedido das trombetas, e taças e se estenderá por mil anos (2 Pe 3.8). Será o período de restauração do cosmos e do planeta, depois do qual haverá novo céu e nova terra (Ap 21.1,5).

Depois de relatar a prisão de Satanás, João vê tronos e assentado sobre eles “aqueles a quem foi dado o poder de julgar” (Ap 20.4a). 

A visão de João indica que a instalação do Reino Milenar de Jesus Cristo depois da batalha do Armagedom, será precedida pelo julgamento das nações, quando então será dado o direito ou não às nações destas entrarem no Reino de Jesus Cristo (ver Mt 25. 31-46). 

O Milênio será um tempo de paz (ver Is 11.5-9) mesmo entre os animais; o tempo de vida das pessoas será bem mais prolongado (ver Is 65.20) e além disto as enfermidades físicas e preocupações com a saúde serão erradicadas (ver Is 29.18; 33.24); o Templo estará reconstruído e purificado (ver Ez 40-48); a cidade de Jerusalém será a capital do Reino de Jesus Cristo e o lugar aonde peregrinos de todas as nações virão para adorar o Senhor (ver Zc 14.16-21). 

João vê na seqüência de Ap 20.4 “as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão” (Ap 20.4b), ou seja, João vê as almas salvas durante a Tribulação/Grande Tribulação, as quais ressuscitarão para reinarem com Cristo na terra. 
Estas fazem parte da primeira ressurreição, e segundo Ap 20.5, os demais mortos não revivem até que os mil anos se acabem. 

O seguinte comentário feito por W. Malgo(2000, v. 4, pp. 78,79) acerca desta questão é interessante de ser considerado. 

“A primeira ressurreição é a ressurreição dentre os mortos. 

Dessa ressurreição participam todos os bem-aventurados. 

A segunda ressurreição é a ressurreição dos mortos. Isso significa, que por ocasião da primeira ressurreição, os santos ressuscitam do meio dos outros mortos, que permanecerão em suas sepulturas. 

Na segunda ressurreição, todos os mortos ressuscitam das suas sepulturas. [...] 
A primeira ressurreição ocorre em diversos períodos. 

A segunda ressurreição, entretanto, acontece globalmente, de uma só vez, após o Milênio, e então os ressuscitados aparecerão diante do grande trono branco para o juízo. 

No que se refere à primeira ressurreição e assim a todos os filhos de Deus, lemos em 1° Co 15. 22ss: ‘Porque assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria ordem: 

Cristo, as primícias; depois os que são de Cristo, na sua vinda. E então virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado bem como toda potestade e poder. 
Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos seus pés’. Com o primogênito Jesus Cristo, começou, portanto, a primeira ressurreição. 

Essa tem maravilhosos efeitos, retroativamente sobre todos os crentes da Antiga Aliança e adiante até ao arrebatamento, sim, até ao início do Milênio”.

3. Os últimos movimentos do dragão:

As guerras que haviam cessado com a prisão de Satanás recomeçarão quando ele for libertado. 

O caráter maligno dele será exposto. Então se completará a justa base do julgamento divino contra esta [...] criatura na qual um dia o Senhor achou iniqüidade (Ez 28.15). 

A soltura de Satanás exporá a iniqüidade da última geração de ímpios na terra (Ap 20. 8,9; Zc 14.17,18). Satanás e os ímpios farão o seu último ato de rebelião contra o governo de Deus. 

Nesta ocasião serão removidos da terra os últimos governos e autoridades humanas.
Ap 20. 7-10: “E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. 

E subiram sobre a largura da terra e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; mas desceu fogo do céu e os devorou. E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”.

Quando os mil anos do reinado de Cristo sobre a terra se acabarem, Satanás será ainda solto da sua prisão e lhe será permitido enganar as nações nos quatro cantos da terra chamados de Gogue e Magogue. W. MacDonald (2003, p. 1016) escreve acerca disto:

 “Essa referência a Gogue e Magogue não deve ser confundida com uma referência semelhante em Ezequiel 38-39. Na passagem do Antigo Testamento, Magogue é um território extenso ao norte de Israel, e Gogue é seu governante. 

Aqui as palavras se referem às nações do mundo em geral. Em Ezequiel o contexto é pré-milenar; aqui, é pós-milenar”.

O texto bíblico não diz quanto tempo ainda será dado a Satanás, porém Satanás conseguirá ajuntar as nações em batalha contra os santos, provavelmente contra aqueles que se converterão durante o Milênio, e contra a cidade amada, provavelmente uma referência a Jerusalém. W. Kelly (1989, p. 167) faz as seguintes considerações quanto a este fato:

“Vem então, como vimos já, a última prova das nações, após o reinado do Senhor ter cumprido o seu curso. Solto o diabo, este seduz ainda uma vez a carne e o sangue, analogamente ao que se deu em todas as outras dispensações. 

A glória que se expande de modo visível e admirável durante este período não tem qualquer eficácia para mudar o coração do homem [...] Que isto é verdade, e que o coração do homem, mesmo sob esse governo, não é renovado, vemo-lo nós, com perfeita evidência, no fato de Satanás, por fim, seduzir todos aqueles que não são convertidos – e que, como nos é dito, são inumeráveis ‘como a areia do mar’”.

Nesta batalha, fogo descerá do céu, e o fim de Satanás chegará quando então ele será, por fim, lançado no lago de fogo e enxofre onde já estará o falso profeta e o Anticristo, e onde serão lançados também os seus anjos, conforme Jesus mostra em Mt 25. 41, quando então Ele faz referência ao fogo eterno, como que tendo sido preparado para o diabo e seus anjos.
Referências Bibliográficas:

T.LaHaye, Glorioso Retorno, 2004, Abba Press Editora Ltda, São Paulo, SP.

W. Kelly, Estudos Sobre a Palavra de Deus – O Apocalipse, 1989, Depósito de Literatura Cristã, Lisboa, Portugal.

W.MacDonald, Comentário Bíblico Popular, 2008, Mundo Cristão, São Paulo, SP.

W.Malgo, Apocalipse de Jesus Cristo – Um Comentário para a Nossa Época, 2000, Obra Missionária Chamada da Meia Noite, Porto Alegre, RS.

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O APÓSTOLO PAULO E O ESPÍRITO SANTO

O APÓSTOLO PAULO E O ESPÍRITO SANTO


TEXTO BASE 2° CO 3: 6


“O qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, e o Espírito vivifica”.

Paulo, como ministro de Cristo, deseja que seus leitores entendam a nova dispensação do Espírito que chega até os nossos dias.

Objetivos da Lição:

1° Entender a dispensação do Espírito Santo demonstrada por Paulo.

2ª Conhecer como podemos desfrutar de uma vida vitoriosa sobre o pecado através do Espírito.

3° Mostrar como podemos nos habilitar para o combate espiritual contra o reino das trevas.

Textos de Referência: Ef 3.1-6

Não se sabe exatamente quando, mas se sabe que, após a conversão de Paulo, ele entendeu que se tratava de uma nova dispensação divina o que estava presenciando. 

E, como tal, ele deveria pregar o evangelho ciente do agir de Deus, diferenciado para essa nova época, que se despontava no horizonte da história. 

Vejamos alguns principais ensinamentos de Paulo acerca do Espírito Santo nesta lição.

De acordo com Tim LaHaye (2004, pp. 78-80) a palavra “dispensação” vem do substantivo grego  oikonomá, frequentemente traduzido por “administração”. 

Esta palavra é uma composição de oikos, que significa “casa” e nomos que significa “lei”. Quando unidas, “a idéia central da palavra dispensação é gerenciamento ou administração dos negócios de uma casa”. 


A palavra “dispensação” refere-se, portanto ao modo como Deus lida com a humanidade, ou como Deus administra a verdade em determinados períodos de tempo, sendo, porém importante destacar, conforme escreve o autor citado acima“que as dispensações não tem nada a ver com o modo como as pessoas são salvas de seus pecados”, ou seja, elas não são caminhos para a salvação, mas maneiras pelas quais Deus interage com o homem revelando sua verdade. 

A teologia dispensacionalista defende a interpretação literal das Escrituras; a distinção entre Israel e a igreja sendo isto a base teológica para o arrebatamento pré-tribulacional; e além disto, ela defende que as promessas do Antigo Testamento para Israel serão literalmente cumpridas no futuro, no período do Reino Milenar de Jesus Cristo na terra descrito em Ap 20. 

A teologia dispensacionalista entende a Bíblia organizada em sete dispensações sendo estas:

1° Inocência – Gênesis 1: 28 – 3: 6

2° Consciência – Gênesis 3. 7- 8.14

3° Governo Humano – Gênesis 8.15-11. 9

4° Promessa – Gênesis 11.10-Êxodo 18.27

5° Lei/Israel – Êxodo 19-João 14. 40

6° Graça/Igreja – Atos 2.1-Apocalipse 19. 21

7° Reino – Apocalipse 20.1-15

I° Antiga e Nova Aliança:  Aos seus leitores de Corinto, Paulo se autodenomina como um dos ministros de Deus de uma Nova Aliança (2° Co 3. 6). 

Tal pensamento divide a história religiosa do ponto de vista de um judeu convertido em duas seções: Antiga e Nova Aliança. 

Foi dessa expressão de Paulo que se nominou as duas grandes divisões principais da Bíblia de Antigo e Novo Testamento. 

Essa Nova Aliança é iniciada com a vinda de Jesus, mais especificamente depois de sua morte e ressurreição. 

Porém é o “Espírito do Deus vivente” que entra em cena atuando no interior dos crentes em Jesus, transformando-os positivamente.

Ex 19. 5-8: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha.

E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel. 

E veio Moisés, e chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas estas palavras, que o Senhor lhe tinha ordenado. 

Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o Senhor tem falado, faremos. 

E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo”.

Jr 31. 31-33: “Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor. 

Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo”.

2° Co 3. 6: “O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica”.

Em 2° Co 3. 6, Paulo contrasta a Antiga Aliança com a Nova Aliança. Ele começa observando a habilitação por parte de Deus ao fazê-lo ministro de uma Nova Aliança que em contraste a Antiga Aliança traz em si não a condenação da letra, mas a vivificação pela presença do Espírito Santo. 

A Antiga Aliança foi transmitida por Deus a Moisés por ocasião da entrega da lei no monte Sinai. 

Ao recebê-las os israelitas se propuseram diante de Deus a fazer tudo conforme fora dito pelo Senhor. 

Assim, as bênçãos do Senhor estariam condicionadas à obediência por parte de Israel à lei entregue no monte Sinai. Nenhum homem, no entanto foi capaz de cumprir toda a lei de Deus, e diante disto, todo homem se vê condenado à morte pela letra da lei. 

Na Nova Aliança, Deus assume o compromisso de abençoar a humanidade por meio da redenção em Cristo Jesus. 

A presença e as bênçãos de Deus, assim, já não estariam condicionadas ao cumprimento da lei por parte dos homens, mas a graça de Deus em Cristo Jesus. 

Por conseqüência, a Nova Aliança não traz em si a condenação da letra, mas a salvação em Cristo Jesus que cumpriu até a morte toda a justiça da lei, e daí Paulo se referir a vivificação proveniente do Espírito em decorrência da ministração da Nova Aliança, tendo sido esta firmada por Deus pelo derramamento do sangue de Jesus Cristo na cruz do Calvário.

Mt 26. 26-28: “E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. 

E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados”.

Hb 10.16-18: “Esta é a aliança que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor:Porei as minhas leis em seus corações, e as escreverei em seus entendimentos; acrescenta: 

E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniqüidades. Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado”.

1° O Espírito como escritor (2° Co 3. 2-6):

É curiosa a maneira como o Espírito Santo age nesse novo tempo. 

Ele atua através de seus ministros escrevendo as leis de Deus no coração de carne dos crentes em Cristo. 

De sorte que eles se tornam a carta de Cristo lida por todos os homens. 
Note que essa realidade espiritual se contrapõe à velha que era de “coração de pedra”. (Ez 11.19-20). 

Mas que Deus havia prometido transformar os corações no Antigo Testamento, e agora estava cumprindo a sua Palavra através do Espírito Santo. 

Nos dias de Moisés, ele subiu em Horebe e de lá trouxe as tábuas da lei de Deus, os homens deveriam cumpri-las, porém, eles não conseguiam resistir à sedução da adoração pagã e seus próprios impulsos. 

No entanto, os crentes em Jesus Cristo contavam com um recurso adicional para obedecerem a Deus: 

A pessoa do Espírito Santo, escritor da própria lei.

2° Co 3. 2-3: “Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens. 

Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração”.

Em 2° Co 3. 2-3, Paulo em defesa de seu ministério, refere-se aos coríntios como fruto e prova de seu trabalho. 

Neste trecho, ele, de certa forma, contrapõe a Antiga Aliança e a Nova Aliança através dos termos tábuas de pedra e tábuas de carne do coração. 

Na Antiga Aliança a lei foi entregue aos israelitas tendo esta sido escrita em tábuas de pedra. Estas tábuas representavam o coração endurecido dos homens insensíveis a Deus e a sua vontade. 

Deus, porém promete substituir o coração de pedra pelo coração de carne, ou seja, através da regeneração experimentada pelo “novo nascimento”, o homem tornar-se-ia sensível a Deus e a sua vontade. 

É neste coração de carne que o Espírito Santo encontra então lugar para ministrar a carta de Cristo a todos os homens, expressando através daqueles que se convertem a Jesus Cristo, o amor de Deus a toda humanidade.

Ex 24.12: “Então disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim ao monte, e fica lá; e dar-te-ei as tábuas de pedra e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar”.

Ex 31.18: “E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte Sinai) as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus”.

Ez 11.19,20: “E lhes darei um só coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne; para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os cumpram; e eles me serão por povo, e eu lhes serei por Deus”.

Ez 36. 26,27: “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. 

E porei dentro de vós o meu espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis”.

2° O Espírito como ministro (2° Co 3. 8):

Ao escrever, no interior dos cristãos, a vontade de Deus, tal ministério do Espírito vem acompanhado de uma glória sobre-excelente. Se Moisés, ao receber as tábuas da Lei, estava todo envolto da glória de Deus, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a sua face, fica uma exclamação, “como não será de maior glória o ministério do Espírito!” (2° Co 3. 8). 

A glória na face de Moisés foi forte o suficiente para que usasse um lenço, mas com o tempo ela desvanece; a glória, porém, da nova aliança, cujo Espírito é seu ministro direto operando um ministério de vida, é muito maior glória nos fiéis. 

Observemos que a igreja fiel tem glória divina, justiça divina, maior glória, e glória permanente. 

Todos esses dons são concedidos mediante o operar do Espírito Santo segundo a multiforme sabedoria de Deus!

2° Co 3. 7-8: “E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será de maior glória o ministério do Espírito?”

Em 2° Co 3.7-8, Paulo fala do “ministério da morte, gravado com letras em pedras”. 

Ele está mais uma vez fazendo contraposição entre a Antiga Aliança e a Nova Aliança. 

A Antiga Aliança, apesar de poder ser citada como “ministério de morte” já que ela ameaçava de morte, através da lei, aqueles que não a guardavam, veio em glória, e isto porquê, a lei traz em si a revelação quanto ao caráter Santo e Justo de Deus e o esplendor da sua glória. Por conseguinte, Moisés, depois de passar algum tempo com Deus, ao descer do monte, tinha seu rosto brilhando refletindo esse esplendor. 

A glória no rosto de Moisés, no entanto era passageira, e isto porquê ela refletia a função temporária da lei que era a de revelar ao homem a sua condição pecaminosa diante de Deus. Paulo mostra então a condição superior à Antiga Aliança da Nova Aliança, citando esta como sendo de maior glória, e isto porquê, o ministério do Espírito aponta não para a lei como meio de se alcançar a justiça, mas para a Pessoa Gloriosa de Jesus Cristo, que em seu ministério terreno cumpriu em caráter permanente toda a justiça que há na lei. 

A Ele exclusivamente seja a glória eternamente. Amém!

Ex 34. 28-33: “E esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos. 

E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai trazia as duas tábuas do testemunho em suas mãos, sim, quando desceu do monte, Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois que falara com ele. 

Olhando, pois, Arão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que a pele do seu rosto resplandecia; por isso temeram chegar-se a ele. 

Então Moisés os chamou, e Arão e todos os príncipes da congregação tornaram-se a ele; e Moisés lhes falou. 

Depois chegaram também todos os filhos de Israel; e ele lhes ordenou tudo o que o Senhor falara com ele no monte Sinai. 

Assim que Moisés acabou de falar com eles, pôs um véu sobre o seu rosto”.

Rm 10. 4: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê”. 

3° Transformados pelo Espírito (2 Co 3.12-18):

Antes como servos do pecado, o ser humano estava coberto de vergonha e muitos nem percebia isso, outros já estavam acomodados à situação. Mas agora libertos do pecado pelo sangue remidor de Jesus Cristo, todos foram transformados em servos de Deus. 

Não precisamos mais ter vergonha, podemos pelos méritos de Cristo desfrutar de liberdade, pois o Espírito do Senhor está no homem.

Diferentemente de Moisés que como ministro de um concerto glorioso, mas transitório, percebia o seu desvanecer, escondendo assim o rosto debaixo de um véu, porém, à medida que o tempo passa, como servos de Jesus Cristo, o homem se mantém em comunhão com Ele, e, com o rosto descoberto, há a transformação...

2ª Co 3.12-18: “Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar. 

E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. 

Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido; e até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. 

Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará. 

Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”.

Em 2° Co 3.12-18, Paulo volta a abordar a questão relacionada ao rosto de Moisés que brilhava quando ele desceu do monte. 

Ele se refere neste ponto ao fato de Moisés cobrir sua face com um véu para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. 

Paulo deixa explícito, através destas palavras, mais uma vez, o propósito transitório da lei.

Os israelitas não deveriam olhar firmemente para o rosto de Moisés, pois não seria através das obras da lei que eles receberiam a salvação de Deus, mas sim através de Jesus Cristo, o Único que cumpriu toda a justiça da lei. 

Conforme escreve W. MacDonald(2008, p. 546) “a glória do rosto de Moisés devia dar lugar a Outro Rosto”. 

Paulo fala então do coração endurecido dos israelitas ao insistirem estes na lição do Velho Testamento, ou seja, ao insistirem em buscar a sua salvação através das obras da lei e não através da fé em Jesus Cristo. 

Paulo retrata este fato como que estando o véu posto sobre o coração, no entanto o véu é tirado quando aqueles que se convertem ao Senhor Jesus contemplam que nEle se cumpre a justiça da lei. 

Os crentes em Jesus podem então desfrutar de liberdade, pois a lei já não tem nenhum poder de condenação sobre eles. 

Em 2° Co 3.18, Paulo fala então da transformação a ser efetuada nos crentes pela presença do Espírito Santo, sendo seu propósito conduzir os cristãos à imagem de Jesus Cristo, de forma que estes passam a refletir, como um espelho a glória do Senhor.   

II. Andando na carne ou no Espírito:

Aos seus leitores de Roma, Paulo ousadamente se inclui no rol dos carentes do agir sobrenatural do Espírito Santo. 

Ao tratar do relacionamento dos crentes com a Lei mosaica, a comunidade cristã romana mista de judeus e gentios, Paulo procura mostrar que, em Cristo, todos estão livres do conflito que a lei normalmente gera, como uma mulher que, agora viúva, fica livre para casar-se novamente sem impedimento algum. 

Semelhantemente ao tópico anterior, Paulo descreve a luta no interior para obedecer à lei, assim se considera um homem carnal, escravo do pecado, um miserável, mas que finalmente descobriu uma maneira vitoriosa de viver através de Cristo de acordo com o Espírito Santo (Rm 7.14,24,25).
1°  A lei libertadora do Espírito (Rm 7.25; 8.2):

A agonia do neófito na fé, ou do ignorante quanto a sua nova realidade espiritual foi descrita de três maneiras diferentes: “carnal, escravo e miserável”. Em Cristo, este homem tem recursos para abandonar essa vida desgraçada sob o controle do pecado, isto é, uma lei interior que lhe dominava impiedosamente, para viver agora sem condenação alguma, livre do poder do pecado, vitoriosamente e cantando um cântico de vitória (Rm 8.31-39). 

Ao estar em Cristo, o cristão esclarecido, passa a andar segundo o Espírito. Andar segundo o Espírito é um contraponto de andar na carne, que é inimizade contra Deus e gera morte.

No capítulo 7 da carta de Paulo ao Romanos, para demonstrar o domínio exercido pela lei sobre aqueles que estavam debaixo da mesma, Paulo introduz o modelo do casamento segundo a lei judaica, onde a mulher casada permanecia debaixo da autoridade do marido enquanto ele vivesse. 
A mulher estaria livre para se casar com outra pessoa, não sendo condenada como adúltera, se ocorresse a morte do marido. 

“Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido” (Rm 7.1-3). 

Paulo utiliza-se desta ilustração para mostrar a condição dos crentes em Jesus frente a lei. 

Estando os crentes unidos a Cristo em sua morte, estes estão mortos para a lei, ou seja, com a morte ocorre o rompimento da relação anteriormente existente, e assim a lei perde seu domínio (ou poder de condenação) sobre os crentes. 

Ao serem vivificados, os crentes vivem livres para pertencer a outro, no caso específico a Jesus Cristo que ressuscitou dentre os mortos. 

“Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus” (Rm 7.4).

A partir de Rm 7.11, Paulo evidencia o conflito existente na vida do homem, em função da consciência do pecado e do conhecimento da lei, onde este se acha então como um constante transgressor da lei. 

Os versículos 14, 15, 19 e 23 ilustram a situação desesperada do homem, da qual ele não pode ser livre, a não ser por meio da graça de Deus revelada em Jesus Cristo.“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. 

Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. 

Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros”. 

Tal conflito é ainda considerado no versículo 25, quando Paulo diz que com entendimento, serve à lei de Deus, mas com a carne, à lei do pecado. 

Como conclusão de toda essa discussão, Paulo conduz a si mesmo a seguinte pergunta: “Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7. 24). 

Na seqüência, ele diz:“Mas dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 7.25), e desta forma ele conduz todos a única resposta possível à sua pergunta, ou seja, o único meio do homem ser livre de tal conflito e da condenação da lei, é por Jesus Cristo, pois Ele foi o único Homem que cumpriu toda a lei de Deus. 

Sendo a justiça de Cristo, pela graça de Deus, imputada àqueles que crêem, Paulo conclui: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. 

Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.1).

2. A nova posição em Espírito: “Filhos de Deus” (Rm 8.12-17):

O crente não precisa viver em temor, com medo de seu antigo senhorio cruel e seu jagunço escravizador, o pecado. Satanás e o pecado foram depostos de nossa vida e agora nos tornamos filhos de Deus. 

De que maneira? Quando o Espírito Santo veio habitar em nós, Ele é o Espírito de Adoção, “pelo qual clamamos: Aba, Pai”. 

É bom relembrar que a justificação em Cristo, é o ato em que o homem é declarado justo pela obra redentora de Jesus de Nazaré na cruz do Calvário. 

O ato da justificação é aplicado ao indivíduo que crê, confessa a Cristo arrependido de seus pecados.

Rm 8.14-17: “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus.Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: 

Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 
E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados”.

Conforme visto anteriormente, ao final do capítulo 7, Paulo conduziu todos a única solução possível para aqueles que se encontram debaixo da lei do pecado e da morte: “Jesus Cristo, nosso Senhor”. 

Sua resposta é complementada a partir da declaração de Rm 8.1 que revela a impossibilidade de condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. 

Paulocomplementa este pensamento trazendo em seguida uma declaração quanto ao novo modo de viver daqueles que estão em Cristo Jesus: “Que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8.1b). 

A mesma linha de pensamento quanto a andar no Espírito é ainda apresentada, na seqüência do capítulo 8 nos versículos 12 e 13: “De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne. 

Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis”. 

A partir destes versículo, Paulo traz ainda a inclusão do tema relacionado a adoção dos crentes como filhos de Deus. 

Tal fato é importante neste ponto, pois em Rm 6, Paulo mostrou os crentes na condição de servos da justiça. 

Ele mostra, no entanto, que sua condição de servos não deve ser considerada em temor como se a mesma viesse, por alguma razão, resultar em severo castigo ou condenação, pois os crentes não são apenas servos da justiça, mas filhos de Deus por adoção, e adotados como filhos de Deus os crentes:

2° São guiados pelo Espírito de Deus a terem um comportamento apropriado aos membros da família de Deus

3° Mediante quaisquer circunstâncias, podem clamar a Deus a quem chama Aba Pai, o que indica a intimidade de relacionamento com Deus.

4°São herdeiros de Deus e co-herdeiro de Cristo, o que indica que são participantes das promessas de Deus.  

III° Ministérios do Espírito para hoje: ‘esperança e intercessão’ (Rm 8. 23-27):

Todo cristão genuíno pode celebrar: “adeus senhorio cruel, adeus pecado escravizador, adeus temor para sempre”. As dificuldades naturais acontecerão normalmente, os problemas e angústias continuarão. Estas são as nossas fraquezas próprias dessa vida. 

Com o pecado resolvido em Cristo e segundo o novo andar pelo Espírito, mesmo experimentando essas fraquezas contamos com a intercessão do Consolador. 

Essa nova realidade espiritual nos traz uma suprema esperança, a redenção do nosso corpo mediante a ressurreição ou transformação na vinda de Jesus (Rm 8. 23). 

Estes são os dois ministérios do Espírito Santo hoje junto ao crente: gerar uma viva esperança pela sua presença e interceder por ele em suas fraquezas.

Rm 8. 23-27: “E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. 
Porque em esperança fomos salvos. 

Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? 

Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos. E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. 

E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos”.

Depois de ter introduzido o tema sobre a adoção dos crentes como filhos de Deus, Paulo fala sobre as aflições do tempo presente, mostrando que os cristãos não estão isentos de passarem pelas mesmas. 

Apesar destas o cristão pode ter esperança, pois estes podem aguardar para o futuro a redenção do corpo, quando então receberão um corpo glorificado totalmente livre da condição do pecado, da corrupção da carne, do sofrimento, da enfermidade e da morte. 

Paulo fala também sobre a intercessão do Espírito “em nossas fraquezas”, já que o cristão muitas vezes sente-se desnorteado em sua vida de oração, não sabendo pedir como convém. 

O Espírito Santo, no entanto intercede junto a Deus com gemidos inexprimíveis, e apesar disto, Deus que conhece os corações, conhece também a intenção do Espírito em seus gemidos inexprimíveis, sendo esta sempre a conformação dos filhos de Deus à imagem de Jesus Cristo.

3. Guerreando através do Espírito:

Quer aceitemos ou não estamos envolvidos na maior guerra cósmica da luz contra as trevas; do bem contra o mal. 

Ao entrarmos na fragata da salvação, estamos em guerra, não existe zona neutra, mas importa que aprendamos a guerrear segundo Deus.

Ef 6.12: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”.

1° Não entristeçais o Espírito (Ef 4.30):

O primeiro aspecto a ser considerado é quem somos em Cristo hoje, a nossa identidade espiritual de agora. Se estamos em Cristo, fomos selado com o Espírito e por Ele temos acesso ao Pai (Ef 1.13; 2.18). 

Logo, está claro que devemos andar segundo o código do Reino de Deus, que, em submissão à Palavra do Rei, Ele nos transmitirá a direção do Caminho, que é Cristo, e esse Caminho nos levará para longe do lugar onde estávamos conectados, fazendo-nos conhecer a nova natureza herdada e como agradar àquele que agora nos ilumina. 

Note como Paulo escreve: “não deis lugar ao diabo”; e também diz: “não entristeçais o Espírito” que nos marcou para a vitória final. Uma vida sem vigilância, irresponsável, nos colocaria sob o domínio do reino das trevas de outra vez. 

É preciso romper com toda vida passada, a vida pecaminosa (Ef 4. 25-32).

Ef 1.13: “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa”.
Ef 2.18: “Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito”.

Ef 4. 25-32: “Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros. Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.

Não deis lugar ao diabo. Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. 

Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. 

E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção. 
Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós, antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”.

2° Ante a embriaguez, enchei-vos do Espírito (Ef 5.18):

Nenhum soldado entra numa guerra embriagado, isso é suicídio. Qual será o comandante que permitiria um soldado bêbado guerrear? 

A não ser que quisesse a morte do tal soldado. Atualmente, dirigir sob o efeito do álcool é crime, imagine ir para uma batalha? 

A embriaguez gera dissolução, isto é, gera uma vida dissoluta, descontrolada e pródiga. 

Por causa da embriaguez, seja pelo álcool, uso de drogas, ou outro prazer viciante, vai se dissolvendo a vida do indivíduo: ele perde o respeito da família, oportunidades profissionais, etc... Oposto ao prazer viciante, está proposto o encher-se do Espírito, que é encher-se da presença de Cristo.

Ef 5.18-20: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Pv 20.1: “O vinho é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio”.

Pv 23. 20: “Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne”.

Pv 23. 29-32: “Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas? 

Para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando vinho misturado. 

Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. 

No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá”.

Is 5.11 “Ai dos que se levantam pela manhã, e seguem a bebedice; e continuam até à noite, até que o vinho os esquente!”

Is 5. 22: “Ai dos que são poderosos para beber vinho, e homens de poder para misturar bebida forte”. 

Is 28. 7: “Mas também estes erram por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos pelo vinho; 

desencaminham-se por causa da bebida forte; andam errados na visão e tropeçam no juízo”.
Rm 14. 21: “Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça”.

3. Guerreando no Espírito: “Espada e oração” (Ef 6.17,18):

As armas da nossa guerra não são carnais, só se pode lutar com as armas e com os recursos que Deus oferece pelo Espírito Santo. É necessário fortalecer pela adoração, enchendo-nos do Espírito, como é visto no tópico acima. 

Mas precisamos nos revestir de Cristo, a nossa armadura espiritual. 

Nosso inimigo não são os homens, pois estes são fantoches de Satanás e seus asseclas (Ef 6.11,12). 

O Espírito Santo aplica em nós a armadura através da oração fervorosa, perseverante e abrangente (Ef 6. 18). Temos recursos de defesa e ataque que, ao nos revestirmos deles e por meio da atenção cuidadosa e da ousadia no batalhar, garantiremos a nossa sobrevivência e vitória diária.

Ef 6.17,18: “Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos”.

Referências Bibliográficas:

T. LaHaye; T. Ice, Glorioso Retorno, 2004, Abba Press Editora Ltda, São Paulo, SP
W. MacDonald, Comentário Bíblico Popular – Novo Testamento, 2008, 1ª Ed., Mundo Cristão, São Paulo, SP.

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Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado