quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

 
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são doenças infecciosas, provocadas por microrganismos, como vírus, bactérias e protozoários, que se transmitem através do contato sexual, desde que um dos parceiros esteja infectado. 

A possibilidade de infecção ou transmissão de uma DST é maior com o aumento do número de parceiros sexuais.

As DST mais frequentes e mais graves são:

I° Chlamydia: transmite-se através do sexo vaginal, anal e oral. 

Os sintomas aparecem de 7 a 21 dias depois de ter relações sexuais, como corrimento genital anormal e ardor ao urinar (disúria). 

1° Nas mulheres pode haver também dor abdominal baixa ou dores durante as relações sexuais (dispareunia). 

2° Nos homens pode existir inchaço e dores nos testículos. Se não for tratada pode causar danos nos orgãos reprodutores ou esterilidade permanente. 
Uma mãe infectada pode contagiar o bebé durante o parto, provocando um nascimento prematuro, pneumonia e infecções dos olhos do recém-nascido. Tratamento com antibióticos.

II° Gonorreia: transmite-se através do sexo vaginal, anal e oral. Os sintomas aparecem geralmente 2 a 10 dias após a relação sexual, como corrimento purulento pela uretra, ou pelo recto, ardor, prurido e vermelhidão local. 

Se não for tratada pode provocar infertilidade e dores pélvicas crónicas nas mulheres e esterilidade nos homens. 

Pode causar doenças das articulações, do coração ou do cérebro. Nas crianças infectadas durante o parto podem cegueira e doenças como meningite e artrite. Tratamento com antibióticos.

III° Hepatite B: transmite-se através do sexo vaginal, anal e oral, de partilha de seringas, de tatuagens ou “piercings” com instrumentos não esterilizados e através de transfusões ou contacto com sangue contaminado. 

Os sintomas aparecem entre 1 e 9 meses depois de contacto com o vírus da hepatite B, como febre, cefaleias, dores musculares, fadiga, perda de peso e de apetite, vómitos e diarreia. 

A lesão no fígado pode provocar urinas escuras, dores abdominais e icterícia. 

A maioria dos doentes evoluem para a recuperação, mas permanecem portadores da doença. 

A hepatite crónica pode evoluir para cirrose ou cancro do fígado. 

As grávidas infectadas podem transmitir a doença aos filhos que se podem tornar portadores crónicos. 
Não existe cura para a doença instalada.

IV° Herpes genital: transmite-se por contacto pele com pele durante as relações sexuais vaginais, orais ou anais. 

Os sintomas aparecem de 2 a 30 dias depois de ter relações sexuais, como comichão (prurido) e sensação de queimadura nas zonas genitais. 

Podendo provocar também dores nas pernas, nádegas e zonas genitais, corrimento vaginal, dores ao urinar e inchaço dos glânglios das virilhas. 

Não existe cura, podendo-se apenas reduzir bastante o tempo de recuperação com a toma de certos medicamentos.

Papiloma Vírus Humano (PHV): os vírus são transmitidos por contacto da pele infectada e com lesões com a pele de outra pessoa, durante as relações sexuais vaginais, orais ou anais, ou contacto acidental não sexual e de objectos de uso diário. 

O sintoma mais evidente é a formação de verrugas, com o aparecimento de condilomas que se desenvolvem no interior das zonas genitais, anais ou garganta. Não existe cura definitiva para a infecção sendo os meios de tratamento variados. 

As pessoas infectadas correm o risco de cancro do colo do útero, da vulva, da vagina, do pénis e do anús, devendo portanto realizar exames regularmente para vigilância.

IV° Pediculose Púbica (“chatos”): transmite-se por contacto sexual directo, passando os piolhos, larvas ou os ovos dos pêlos púbicos do hospedeiro para os do novo contagiado, podendo afectar raramente também as pestanas, pêlos axilares, coxas e pêlos do peito. 

O principal sintoma é o prurido intenso. 

O tratamento é efeito através da aplicação repetida de champô de lindano (Musside, Parasil, parasiticida Barral, Sacordema), e nas pestanas de vaselina, devendo ser lavados a quente os lençóis e roupa vestida nos últimos três dias.

HIV/Sida: transmite-se através do sexo oral, vaginal e anal, do contacto com sangue infectado ou derivados e da partilha de seringas com uma pessoa infectada. 

Os sintomas não são sentidos por todas as pessoas que contraem a infecção, sendo estes semelhantes aos de uma gripe, como febre, perda de apetite, perda de peso, fadiga e aumento dos gânglios, e desaparecendo geralmente ao fim de uma semana a um mês, e podendo o vírus estar “adormecido” durante vários anos. 

No entanto, este vai destruindo o sistema imunitário da pessoa infectada, deixando-a cada vez mais vulnerável a outras infecções que podem levar à morte, como a pneumonia, a tuberculose, a meningite, o sarcoma de Kaposi e outros tipos de cancro, e passando esta a ser um veículo de contágio. 

Não existe cura, mas certas drogas são utilizadas em conjunto para retardarem o aparecimento do estado final da doença, bem como antibióticos e anti-retrovíricos para combater outras infecções. 

Das crianças nascidas de mães infectadas com o HIV cerca de 20 a 30% contraem a infecção.

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado
Sífilis: transmite-se habitualmente através de relações sexuais vaginais, orais ou anais. 

Os sintomas na sua fase inicial, entre 3 e 12 semanas após as relações sexuais, são lesões indolores que se localizam geralmente nas zonas genitais, podendo também aparecer noutros locais do corpo. 

Esta pode ser tratada com penicilina. Se não for tratada, esta pode causar sérias lesões do coração, cérebro, olhos, sistema nervoso, ossos e articulações, podendo levar à morte, e estando a pessoa infectada igualmente mais exposta a contrair SIDA através das lesões que possui na pele. 

A grávida normalmente transmite a doença ao feto, caso não seja tratada, podendo ocorrer aborto e morte no período pós-natal. Caso não seja detectada a tempo, as crianças poderão ainda desenvolver lesões nos olhos, cérebro e coração.

Doença Inflamatória Pélvica: infecção bacteriana dos orgãos pélvicos femininos, como a infecção dos trompas, do endométrio (camada de revestimento do útero) e dos ovários. 

Os sintomas são dores persistentes, sensação de peso no baixo ventre, dores durante e após as relações sexuais, febre persistente, sangramento ou corrimento vaginal, arrepios. 

O tratamento é fundamental pois a infecção das trompas pode levar à infertilidade.

SÃO ORIENTAÇÕES ORIUNDAS DE UM PROFISCIONAL DA MEDICINA

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sábado, 30 de novembro de 2013

DEZ CONCELHOS PARA VOCES RESISTIREM AO SEXO ANTES DO CASAMENTO.

DEZ CONCELHOS PARA VOCES RESISTIREM AO SEXO ANTES DO CASAMENTO.


TEXTO BASE I TES 5:23



I Tessalonicenses 5: 19 - Não extingais o Espírito.

Gálatas 5: 22 - Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

I Tessalonicenses 5: 23 “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo”.

Gálatas 5: 24 - E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.

1) Evite más companhias. Se você andar com maus elementos ficará dominado por eles. A Bíblia diz: “Retirai-vos do meio deles, não toqueis em coisas impuras” II Co. 6:


2) Evite o segundo olhar. Você não pode controlar o primeiro, mas pode evitar o segundo, que se torna cobiça.

3) Discipline suas conversas. Evite piadas e histórias com sentido duvidoso. “As más conversações corrompem os bons costumes” I Co 15: 33.

4) Tenha cuidado com a maneira de vestir-se. Deve ser um assunto entre você e Deus as roupas que usa. Uma jovem recém-convertida falou: De agora em diante vou vestir-me como se Jesus fosse o meu acompanhante.

5) Escolha cuidadosamente os filmes e programas de televisão que assiste.

6) Tome cuidado com o que você lê. Muito da literatura contemporânea apela ao instinto sexual.

7) Esteja em guarda com respeito a seu tempo de folga. Davi tinha o tempo em suas mãos, viu Beteseba e caiu em complicações.

8) Faça uma regra de nunca se envolver em namoro pesado. Jovens cristãos deviam orar antes de cada encontro. 

A moça que tem Jesus Cristo em seu coração possui um poder sobrenatural para dizer “não” aos avanços de qualquer rapaz. E o rapaz que conhece Jesus Cristo tem poder para disciplinar sua vida.

9) Invista grande parte de seu tempo lendo as Escrituras - “Guardo no meu coração a tua palavra para não pecar contra ti”. Sl 119:11 – Memorize versículos e quando a tentação chegar, cite-os. 

A palavra de Deus é a única coisa à qual satanás não pode se opor.

10) Cultive a Cristo em seu coração e vida. Deus o ama e uma forte fé Nele tem livrado a muitos homens e mulheres de cometer imoralidades I Jo 2:14.

 Shalon Adonai!!!

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O QUE FAZER PARA HERDAR A VIDA ETERNA?

O QUE FAZER PARA HERDAR A VIDA ETERNA?

TEXTO BASE LC 10: 25 -28

INTRODUÇÃO


25.E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?

26.E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?

27.E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.

28.E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.


De todas as perguntas que poderiam ser feitas, nenhuma é mais importante do esta que foi feita por este doutor da lei: “Que farei para herdar a vida eterna?”. 

Essa pergunta revela uma inquietação que está enraizada no coração do ser humano, a realidade de que cada alma humana é imortal. 

Mas a questão não é se as pessoas vão viver para sempre, mas onde elas vão viver para sempre, se no céu ou no inferno.

O que nos chama a atenção nessa passagem é que esta pergunta não foi feita por uma pessoa comum da comunidade, mas foi feita por um doutor da lei, por um membro renomado da sociedade judaica. 

Ele era um membro de uma instituição religiosa com pessoas altamente educadas, proeminentes, poderosas e influentes; embora fossem duramente hostis a Jesus e aos seus ensinamentos.  

Este escriba, não identificado, teve um raro privilégio de perguntar a respeito da vida eterna para Aquele que é Ele mesmo a vida eterna (1Jo 5.20), no entanto, este homem é um trágico exemplo da oportunidade perdida, o escriba, apesar de fazer a pergunta certa a pessoa certa e receber a resposta certa, ele virou-se para enfrentar a morte eterna.

Por que este escriba perdeu a oportunidade de receber a vida eterna? Para respondermos a esta pergunta devemos analisar estes primeiros versículos.


I – A PRIMEIRA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE NÃO BASTA FEZER A PERGUNTA CERTA COM A MOTIVAÇÃO ERRADA (Lc 10.25).

Muitas vezes Jesus foi questionado a respeito da salvação, como lemos a respeito do jovem rico em Mt 19.16ss; Mc 10.17ss; Lc 18.18-23. 

Por isso o diálogo com este escriba toma um curso completamente diferente, apesar do conteúdo idêntico da pergunta.

Podemos destacar três atitudes desse escriba diante de Jesus:


1º - Este escriba se aproxima de Jesus com má intenção (Lc 10.25a). 

Aparentemente este homem se aproxima de Jesus de forma cordial. 

Observe que o texto diz que “ele levantou-se”. No Oriente Médio o aluno sempre se levanta para dirigir-se ao professor, por cortesia. 

Aqui o doutor da lei não apenas se levanta, para dirigir-se a Jesus, mas também o chama de “Mestre”, que é a palavra que Lucas usa para “rabi” [1]. 

As Escrituras fazem questão de destacar a falta de sinceridade deste homem. 

Não era a pergunta sincera de uma pessoa que estivesse disposta a aprender; era uma prova – um desafio ou uma pegadinha –, ou uma tentativa de confundi-lo [Jesus] com um dilema moral ou um paradoxo para o qual não existia uma resposta clara, como acreditava o especialista [2].

Como disse A. T. Robertson: “O espírito deste doutor da lei era mau. 

Ele queria armar uma cilada para Jesus, se fosse possível” [3]. 

A sua aproximação parecia ser de uma pessoa bem intencionada, mas o seu coração não era de uma pessoa assim. Ele tinha um coração maligno. 

Assim como Satanás se aproximou de Jesus para tenta-lo no deserto, da mesma forma este homem se aproximou de Jesus. 

O texto é claro em dizer que ele se aproximou de Jesus para “tenta-lo”.

O mesmo acontece hoje. 

Muitas pessoas se aproximam da igreja ou de pessoas cristãs para “tentar” com perguntas capciosas, com más intenções, com o desejo de nos pegar em alguma falha, seja em palavra ou no nosso comportamento.

É igual a história de um menino que queria pregar uma peça em um sábio. 

Ele colocou um pássaro escondido entre as mãos e colocou as mãos para atrás, e perguntou ao sábio: “o pássaro que está nas minhas mãos está vivo ou morto?”. 

Se o sábio dissesse que estava vivo o menino o mataria, se dissesse que estava morto ele o soltaria. 

Diante desse dilema o sábio então respondeu: “o pássaro que está em suas mãos o destino dele está em suas mãos”.

Existem muitas pessoas assim que passam pelas nossas vidas, por isso devemos pedir a Deus sabedoria para aprendermos a lidar com essas pessoas e com as situações que elas tentam nos colocar. 

Façamos o que nos diz Tiago 1.5: “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada”.   


2º - Este escriba fez a pergunta certa, embora tendo uma motivação errada (Lc 10.25b). 

A má intenção desse homem nos é descrita no texto. 

Ele queria “tentar” Jesus. Sua pergunta não era honesta. 

O homem não queria aprender, mas embaraçar. 

Queria colocar Jesus numa enrascada para depois se sentir superior [4]. 

Como já falamos, mas a despeito da motivação vil do especialista, a primeira pergunta que ele fez é uma pergunta boa. 

Na verdade, é a melhor pergunta já feita ou respondida, e era uma pergunta que mantinha ocupada a mente daqueles que se aproximavam de Jesus para aprender dele [5].  

J. C. Ryle diz que infelizmente, esta é uma pergunta com a qual poucos se importam. 

Milhares estão constantemente perguntando a si mesmos: “O que comeremos? Com que nos vestiremos? 

Como podemos satisfazer a nós mesmos? 

Como podemos prosperar neste mundo?”. 

Poucos, muito poucos, tomarão algum tempo para meditar a respeito da salvação de suas almas. 

Os homens odeiam este assunto, visto que os deixam intranquilos. 

Fogem do assunto e o descartam. 

Fiéis e verdadeiras são as palavras do Senhor: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela” (Mt 7.13) [6].


3º - Este escriba tinha uma teologia distorcida (Lc 10.25c). 

Pode parecer estranho que um membro de uma instituição religiosa fizesse essa pergunta. 

Afinal, o povo judeu estava convencido de que, como filhos de Abraão (Mt 3.9; Jo 8.39), a quem pertence “a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais” (Rm. 9.4-5a), 

seria garantida a entrada no reino eterno de Deus. 

Mas sua herança judaica não iria salvar aqueles cuja religião era rasa, superficial, hipócrita e externa (Lc 3.8; Rm 2.28,29).

Este escriba, no entanto, não estava preocupado com sua salvação, pois, para ele, ser judeu era o suficiente para herdar a vida eterna. 

Na mente desse doutor, a vida eterna era uma conquista das obras, e não uma oferta da graça. Para ele, a salvação era uma questão de merecimento humano, e não uma dádiva divina [7].

Hoje muitas pessoas pensam que herdarão a vida eterna pelos seus méritos, por estarem ou fazerem parte de uma instituição religiosa. 

Outros acham que basta ser uma boa pessoa que já é o suficiente para herdá-la. 

Como se a salvação partisse de nossas atitudes e não da graça de Deus.

A questão sobre herdar a vida eterna começou a aparecer, principalmente durante o ministério de Jesus e posteriormente com os apóstolos, por causa das dúvidas e medos causados por uma consciência incômoda e um coração descontente ((Mt 25.46; Mc 10. 29,30, Jo 4.36, 5.24,39; 6.27,40,47,54,68; 10.28; 12.25,50; 17.2,3; cf. At 13.48; Rm 2.7; 5.21; 1Tm 1.16; Tt 1.2; 1Jo 1.2; 2.25; 3.15; 5.11,13,20; Jd 21). 

Assim como Nicodemos que procurou Jesus à noite (Jo 3), muitos sabiam que eles não eram justos diante de Deus; que o seu verniz de atividades religiosas serviram apenas como cal, cobrindo um túmulo “que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia” (Mt 23.27).

Esse incômodo em relação a vida eterna só ocorre em corações sinceros diante de Deus. 

Veja por exemplo a mulher samaritana em João 4. 

Esta mulher apesar de ter uma má reputação tinha sede de saber onde era o verdadeiro lugar para se adorar a Deus. Ela tinha sede de Deus, e devido a isso, o Senhor, por misericórdia, se revelou a ela como o Messias prometido. 

O Senhor não quer de nós perfeição, mas Ele quer de cada um honestidade. 

A mulher samaritana foi honesta na resposta a respeito de sua vida conjugal, o doutor da lei foi desonesto na sua pergunta.


II – A SEGUNDA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE JESUS REVERTE A ARMADILHA (Lc 10.26-28).

Já que este escriba era um intérprete da lei ele deveria saber interpretá-la de forma correta. 

Por isso a pergunta de Jesus: “Que está escrito na lei? Como lês?” (Lc 10.26). 

A pergunta de Jesus era uma forma de desarmar o escriba da sua arrogância, ou seja, o escriba cai na sua própria armadilha. E isso ocorreu de duas maneiras:


1º - O escriba dá uma resposta comprometedora (Lc 10.27). 

Jesus estava se referindo ao Keri’at Shema, a leitura diária em voz alta de Deuteronômio 6,4,5: “Ouça, ó Israel: O SENHOR, o nosso Deus, é o único Senhor. 

Ame o SENHOR, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças”. 

Ao responder, o perito na lei citou a primeira metade da mesma passagem, acrescentando a segunda metade de Levítico 19.18: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento” e “Ame o seu próximo como a si mesmo” (Lc 10.27). 

Era um resumo perfeito das exigências morais da lei [8]. 

Quando lemos Mt 22.37-40 observamos que esta foi exatamente a mesma resposta que Jesus havia dado em outra ocasião quando outro perito na lei lhe perguntou: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” (Mt 22.36). 

E Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. 

Este é o primeiro e grande mandamento. 

E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”.

O escriba sabia interpretar a lei, mas não a sua aplicabilidade – A combinação das duas passagens da lei como síntese de toda a lei era nova em sua característica, ou pelo menos não era familiar. 

Não há nenhum relato acerca de como o mestre da lei encontrou essa resposta. 

De qualquer maneira, sua resposta evidencia que ele havia compreendido o cerne da lei. 

Na passagem do AT (Dt 6.5) fala-se de três órgãos fundamentais do ser humano: o coração, a alma e a força. 
Lucas acrescenta, conforme a Septuaginta, ainda “com todo o seu entendimento”. 

O coração, foco central da vida humana, precisa ser integralmente rendido a Deus. 

A alma, o eu, deve colocar-se de tal maneira a serviço de Deus que todos os impulsos sejam regidos pelo Espírito de Deus. 

A força ou a vontade deve estar às ordens de Deus. 

Por fim, Deus precisa poder dispor inteiramente do entendimento ou do pensamento, da capacidade intelectual. Assim essa composição de quatro elementos expressa a entrega total a Deus. 

O segundo dos maiores mandamentos na lei, a saber, o amor ao semelhante, somente pode ser cumprido em conexão com o amor a Deus. Somente a pessoa dominada pelo amor a Deus está em condições de, livre do egoísmo, valorizar o eu do próximo tanto quanto seu próprio eu [9].

Existem muitas pessoas que citam a Bíblia como poucos, mas vivem longe de praticar o que conhecem. 

Assim como esse escriba que era versado na lei, mas que tinha dificuldade de praticá-la conforme ele mesmo citava. 

Aliás, é bom destacar que viver da forma correta como está sendo explanado aqui só é possível mediante a graça regeneradora de Deus em nossas vidas.


2º - Jesus lança o escriba em sua própria armadilha (Lc 10.28). 

Quando disse para o escriba que ele havia respondido bem, que ele deveria fazer isso e alcançaria a vida eterna, Jesus não está ensinando que a salvação é mediante as obras da lei. 

Jesus está dizendo que se alguém praticar o que o escriba havia falado, tal pessoa certamente era perfeita. 

Só Jesus cumpriu os ditames da lei de forma plena, mas ninguém. 


Nós não conseguimos porque somos pecadores. 

Por isso que a salvação é mediante a graça e não por obras, como lemos em Efésios 2.8,9: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. 

Não vem das obras, para que ninguém se glorie”.

Mas as Escrituras nos deixam claro que é impossível alguém ser salvo por guardar a lei, como está escrito: 

“Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm 3:20), e “porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las” (Gl 3.10 cf. Dt 27.26). 

Como resultado: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23), De modo que “Não há um justo, nem um sequer” (Rm 3.10 Cf. 5.12; Gl 3.22).

Champlin diz que a contribuição do “legalismo” consistiu em dizer-nos claramente que “DEVEMOS fazer algo”. 

Pois a fé religiosa precisa transformar-se e manifestar-se na vida prática. 

O vício do legalismo consiste em incluir o “mérito humano” no quadro, diminuindo a operação do Espírito. 

A virtude da graça consiste em mostrar que o homem nada é e nem pode ser nada sem a operação do Espírito.

A corrupção da graça, pela – crença fácil – mediante o que os homens se olvidam que precisam do poder transformador do Espírito, oculta o fato de que assim não haverá verdadeira aplicação da graça à vida do indivíduo [10].

Por isso que Jesus diz para este escriba que ele havia respondido bem; faça isso e você alcançará a vida eterna. 

Mas a grande questão é exatamente esta, quem poderá fazer isso? Somos salvos mediante a graça e não por obras meritórias. Muito menos por guardar a lei.

Essa armadilha que o escriba tentou armar para Jesus foi a armadilha que ele mesmo caiu. Isso lembra da forca que Hamã fez para enforcar Mardoqueu foi a forca que o próprio Hamã foi morto (Et 7.8,9).


CONCLUSÃO

Esses quatro primeiros versículos desse diálogo era só o começo da parábola do Bom Samaritano. 

Este homem ainda estava longe de entender o que Jesus havia lhe falado. 

Se ele fosse uma pessoa humilde e tivesse feito a pergunta sincera sobre como herdar a vida eterna, a resposta de Jesus teria sido suficiente para ele. 

E, provavelmente, o escriba saberia que é impossível ao homem herdar a vida eterna pela prática da lei.

Esse escriba é o retrato de muitas pessoas hoje em nossa sociedade. 

Quantas pessoas pensam que herdarão a salvação por seus próprios méritos, por serem pessoas de boa reputação ou por fazer parte de uma instituição religiosa. 

Mas a Bíblia é clara em afirmar que o único caminho que leva o homem a Deus é mediante o sacrifício de Jesus na cruz. 

Não há outra forma de chegarmos ao céu por atalhos criados pelos homens. 

Se quisermos herdar a vida eterna só mediante a adoção de Deus pai mediante o Seu Filho Jesus (Ef 1.5).

Pense nisso!   

Bibliografia

1 – Bailey, Kenneth E. As Parábolas de Lucas, Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 1985, p. 77.

2 – MacArthur, John. As Parábolas de Jesus, Ed. Thomas Nelson, Rio de Janeira, RJ, 2018, p. 108.

3 – Robertson, A. T. Comentário de Lucas, à luz do Novo Testamento grego, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2013, p. 204.

4 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 338.

5 – MacArthur, John. As Parábolas de Jesus, Ed. Thomas Nelson, Rio de Janeira, RJ, 2018, p. 108.

6 – Ryle, J. C. Meditação no Evangelho de Lucas, Ed. Fiel, São José dos Campos, SP, 2002, p.177.

7 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 339.

8 – MacArthur, John. As Parábolas de Jesus, Ed. Thomas Nelson, Rio de Janeira, RJ, 2018, p. 109.

9 – Rienecker, Fritz. O Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba, PA, 2005, p. 157.

10 – Champlin, R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo, Lucas, vol. 2, Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005, p. 108. 

Postado por Pr. Silas Figueira 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

AS DEZ ÚLTIMAS GENIAIS PALAVRAS DE DEZ GRANDES HOMENS

AS DEZ ÚLTIMAS GENIAIS PALAVRAS DE DEZ GRANDES HOMENS



Se você for famoso e estiver prestes a morrer, é melhor começar a pensar nas últimas palavras que você vai falar. 

Dependendo da sua importância na história, as frases serão lembradas por séculos e séculos depois. 

A genialidade desses dez grandes homens permitiu que eles se despedissem da vida com frases incríveis, verdadeiras pérolas de sabedoria, honra e até humor (bem diferentes de quem fica apenas em pedidos de perdão).

Eis as últimas palavras de dez grandes homens: Pablo Picasso

“Bebam por mim, bebam por minha saúde. Vocês sabem que não posso mais beber.”

Ou seja, na próxima vez que você servir seu Chivas, obedeça o pintor espanhol: beba por ele.








Oscar Wilde