domingo, 30 de dezembro de 2012

UMA IGREJA DIVIDIDA.

 UMA IGREJA DIVIDIDA.


TEXTO BASE I CORINTIOS 1: 10 -16


1.  Começamos o estudo desta carta na quarta-feira passada onde vimos :

2.  O perfil desta igreja :

Uma Igreja grande

Repleta de divisões

Muitos Cristãos eram esnobes  ( ricos X pobres )


Havia pouca disciplina na Igreja (permissividade moral e doutrinária )

Não queriam submeter-se a nenhum tipo de autoridade ( autoridade apostólica questionada )

Faltava humildade e consideração entre os irmãos (tribunais e não se preocupavam com a consciência dos outros )

Entusiasmo para com os dons mais dramáticos mas sem amor enraizado no coração

3. Pôr isso Paulo inicia sua carta definindo o que significa ser Igreja e vimos :

A igreja é formada pôr todos os que respondem ao chamado de Deus

Ela é a Igreja de Deus

Ela é caracterizada pelo Senhorio de Cristo

Ela é fruto da Graça de Deus

Ela é mobilizada pelos dons do Espírito Santo

Ela é sustentada pela fidelidade de Deus

4.Agora ele começa a tratar  do primeiro problema de Corinto, O fato de ela ser uma Igreja Dividida. Hoje gostaria de estudar os argumentos de Paulo contra a divisão e que convocam aquela Igreja a Unidade.

Iª 4 LÍDERES - 4 ÊNFASES  - 4 GRUPOS V11-12

As contendas em Corinto giravam em torno de 4 líderes com 4 ênfases importantes mas que geraram 4 grupos distintos e beligerantes

1.  Paulo

a)  Fundador da Igreja .e pôr isso muitos se sentiam ligados a Paulo pela conversão

b)  Sua ênfase era a nossa liberdade em Cristo

c)  Tudo o que Paulo dizia  aceitavam

d)  Reagiam as novas ênfases e quem sabe até a algumas heresias, mas começaram a imitar os métodos dos outros  formando o seu próprio grupo.

e)  É Fácil reagir ao comportamento carnal utilizando métodos igualmente carnais ao invés de tomar a armadura de Deus no poder do Espírito Santo

2.  Apolo (At 18: 24 = 19: 7)

a)  Oriundo de Alexandria  no Egito - cidade Universitária

b)  Grande capacidade Intelectual e oratória excelente

c)  Desenvolveu um ótimo ministério de ensino

At 18.27b ....auxiliou muito aos que pela graça haviam crido.

d)  Mas a ênfase no ensino e na sabedoria começou a gerar uma Elite espiritual
e)  Surgiram também comparações com Paulo que não tinha grande eloquência cf 

2 Co 10.10 e I Co 2.3-4

3.  Pedro

a)  Representa o Cristianismo Judaico

b)  Quando o fogo do entusiasmo se apaga surge uma alternativa “segura”
geralmente a letra sem o espírito.

c)  A ênfase estava em uma “doutrina forte” ou seja legalismo

4.  O partido de Cristo

a)  A elite espiritual

b)  Forte individualismo ( Quem precisa de líderes? Vivemos pôr revelação)

c)  ênfase na experiência

d)  início do gnosticismo

e)  ( este tipo de elite sempre tenta formar a sua própria Igreja pois todas as outras não são suficientemente espirituais para eles )

II.  O processo da divisão 

1.  Tudo isto esta revelado na palavra de Deus para que entendamos como as divisões surgem na Igreja.

2.  Elas estão aqui para o nosso ensino e proteção, pois esta continua sendo uma poderosa arma de  Satanás para freira o avanço da Igreja de Jesus .

3.  Os partidos ou facções citados em I Co 11.19 são tradução de uma palavra grega que tem como significado básico a idéia de escolha ou escolher .

4.  Cada grupo a princípio defendia aspectos diferentes da verdade  gerando as ênfases:

a)  Paulo - liberdade em Cristo  pelo evangelho

b)  Apolo - a necessidade de conhecimento da palavra e de sabedoria científica para dialogar com os judeus e gentios não crentes da cidade

c)  Pedro - a necessidade  de uma firmeza doutrina que atinja os nossos costumes e a nossa moral

d)  Cristo - Uma busca ardente pela experiência espiritual  e com o poder de Deus

5.  Quando um cristão ou grupo fica totalmente absorvido pôr um aspecto da verdade  negligenciando, excluindo, ou até mesmo rejeitando o todo da verdade que esta em Jesus, então atinge-se o ponto crítico. A seletividade  virou heresia, escolha, partido, quebra, cisão.

6.  Tais ênfases na Igreja de Corinto formaram partidos, cujos componentes estavam recusando a ter comunhão com os outros, ou mesmo a investir nas outras ênfases . Disto para a luta aberta foi apenas um passo.

7.  Exemplos de como isto pode acontecer conosco.

Música e não veja como importantes todas as outras atividades e dons da 
grupos de oração entre si  e a igreja toda nas suas outras ênfases.

Igreja

Ação social

Missões

Construção

8. Unidade é ver todos os lados da verdade e ser cooperador de todos os lados  pais a verdade inteira é a vontade de Deus para a Igreja

9. Aplicação => Como você tem se portado com as ênfases da Igreja ? Você é cooperador de todas? Não é de alguma ?  Pôr que ? Pôr causa de pessoas ? será que não está na hora de ter unidade ?

III. O  APELO À UNIDADE  V.10

1. Diante deste quadro perigoso para a Igreja Paulo faz um veemente apelo a unidade da Igreja  no v. 10

2.  Ele pede que haja uma mesma visão para a Igreja e que contemple todas as ênfases da verdade .

3.  Que neste sentido falem uma mesma coisa.

4.  O que ele pede é cooperação dentro de um relacionamento harmonioso.

5.  Todos somos mais motivados pelos dons que temos, mas precisamos cooperar com aqueles que tem dons diferentes dos nossos.

6.  Cooperação na construção

7.  Nunca pôr causa de pessoas mas pôr causa de Jesus

8.  Mantendo a visão do todo e não somente da parte considerando-a como meu rincão. Nada é nosso tudo é de Deus . Nem depende de mim só da graça.

9.  E quando os outros falham conosco é necessário viver o mais excelente caminho O amor  que perdoa que releva caminha a 2ª milha, que dá a outra face.

10. Conservemos a unidade caso contrário a Igreja perderá o seu testemunho.

IV. A RAZÃO DA UNIDADE .13-16

Pôr último Paulo nos dá a razão da unidade da Igreja

1.  A integridade de Cristo

a)  Jesus é uma pessoa é impossível dividi-lo em  partes

Entra Jesus no meu coração mas pôr favor deixe as suas pernas para o lado de fora .

b)  Ou o temos todo ou não o temos

c)  A Igreja como o corpo de Cristo precisa ter todas as ênfases simultaneamente e na mesma intensidade se não não é Igreja  ( Hoje  eu sou mais mão  (serviço)  do que coração (devoção) ; ou mais pé ( missão) do que toque  ( consolação))

2.  A cruz de Cristo

a)  Cristo é que foi crucificado pôr nós, ninguém mais.

b)  Nossa gratidão deve ser a ele todo e não a nenhuma outra personalidade.
c)  Nós os seguimos na totalidade do seu caráter e da sua vontade pois fomos constrangidos pelo amor dele

d)  Ele diz isto pôr que as ênfases giram em torno de lideranças fortes, mas o nosso compromisso é com aquele que morreu pôr nós na cruz.

e)  Não podemos ser do grupo de fulano ou siclano, ou da Igreja de beltrano , precisamos estar comprometidos com a cruz de Cristo .

3.  O Senhorio de Cristo

a)  Quando fomos batizados em nome de Jesus significa que aceitamos ser propriedade exclusiva de Jesus Cristo.

b)  Pôr causa do senhorio de Cristo preciso estar engajado em todas as ênfases do seu ministério através da sua Igreja

Conclusão:

1.  Unidade é o apelo

2.  Cooperação é a estratégia

3.  Amor e perdão são  os remédios

4.  Crescimento e poder serão os resultados

5.  Você está disposto?

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado!

VOLTANDO À ESSÊNCIA

VOLTANDO À ESSÊNCIA


TEXTO BASE ATOS 1: 3


1° Quando olho para o livro de Atos eu encontro os meus sonhos a respeito do que seja uma Igreja e um povo realmente comprometido com o Senhor .

2ª Tantos anos já se passaram e a história vai nos mostrando os desvios deste povo chamado cristão e de suas instituições eclesiásticas.

3° Mas  aqui eu vejo a essência, os fundamentos, a simplicidade daquilo que  eu acredito como cristão

4° Se desejamos , ser transformados para ser e fazer precisamos olhar para aquilo que é essencial e as vezes fica perdido em nossa vida .

5° Por isso , nesta noite, quero convida-lo a olhar para este texto e perceber as características essenciais destes primeiros cristãos que viraram o mundo de ponta cabeça com a sua vida e mensagem .


I. ELES CRIAM NO CRISTO RESSUSCITADO =ATOS 1: 1 - 3

1. Para eles Jesus não era uma teoria ou uma lembrança, mas era o messias que estava vivo entre eles

2. Esta seria a mensagem deles

3. E a presença deste Senhor a razão dos milagres que ocorreriam

4. Jesus agora continuava operando através da sua Igreja

5. Jesus esta vivo! E são as nossas experiências com ele que nos dão a firmeza e ousadia de nossa fé

6. Você precisa ter uma experiência com este Jesus ressuscitado, pois só ele tem o poder para transformar você para ser e fazer o reino de Deus


II. ELES ESPERAVAM O PODER DO ESPÍRITO SANTO= ATOS 1: 4 - 5

1. Eles tinham a consciência de que Jesus derramaria o seu Espirito Santo sobre eles e que não demoraria muito .

2. Eles em obediência aguardavam o cumprimento desta promessa

3. Eles não sabiam muito bem o que isto significava

4. Eles já tinham os seus olhos abertos para estenderem as escrituras , mas eles sabiam que algo mais do Senhor precisava ser buscado e esperado .

5. Por isso em perseverança aguardavam e buscavam serem cheios deste Espírito de Deus .

6. Quem já teve uma experiência com o Cristo Vivo, e já teve os seus olhos abertos para compreenderem a sua palavra tem de desejar e buscar mais .

7. A palavra nos diz que você já foi selado pelo Espírito, mas o Senhor quer nos encher com o seu  Espírito

8. Uma Igreja que quer ser transformada para ser e fazer não pode estar conformada com o que já recebeu do Senhor, ela precisa buscar que o Senhor encha com o seu Espírito Santo aqueles que querem obedece-lo e servi-lo .

III. ELES TINHAM UMA MISSÃO =ATOS 1: 6 -11

1° Mas para que ser cheio do Espírito Santo ?

2° É porque só no poder do Espírito poderiam cumprir tão grande missão : Serem testemunhas de um Cristo vivo  que esta no meio do seu povo e usa as vidas de pessoas simples e cheias de defeitos  como nós para se revelar o salvador .

3. Alguém boca fala do que o coração esta cheio

4. você só será testemunha quando o ardor do Espírito estiver queimando o seu coração

5. E a nossa visão se expandirá na medida em que nosso coração estiver cheio deste Espírito da graça .

IV. ELES CRIAM NA ORAÇÃO =ATOS 1: 12 -14

1ª Quase todo o capítulo do livro de atos vai nos mostrar a Igreja ou os indivíduos orando

2. Eles criam na bênção e no poder de Deus que são manifestas quando oramos

3. Eles não somente criam com experimentaram esta bênção e este poder

4. O meu sentimento é que Deus esta nos chamando, como nunca a que vivamos a bênção e o poder da oração .

5. O Senhor quer que a sua casa e o seu povo sejam conhecidos como a casa e o povo da oração.

6. Os sentinelas

7. Os faróis

8. As reuniões diárias de oração na Igreja

9. A sala de oração

10. Os incrédulos já descobriram , mas muitos de nós não . Por que ?

V. ELES CONFIAVAM NA LIDERANÇA DE DEUS =ATOS 1: 15 -26

1. Pode parecer a coisa mais esquisita o que os discípulos fizeram, sortear quem será o sucessor de Judas .

2. mas, para mim o que eles estavam dizendo é que criam que o Senhor era o líder deles e que ele podia revelar a sua vontade e sua liderança a Igreja como também a cada indivíduo.

3. O maior ensino aqui contido é que Deus quer liderar o seu povo nas grandes e nas pequenas decisões da vida .

4. e que um povo que vira o mundo de cabeça para baixo é aquele que  depende da revelação da vontade de Deus, que depende da ordem do seu Senhor para dar qualquer passo

5. E quando esta ordem é dada, mesmo que pareça a maior loucura este povo esta comprometido a obedece-la . Pois eles tem um Senhor Jesus .

VI. ELES ERAM COMPROMETIDOS UM COM O OUTRO = ATOS 1: 15 -26 

1. Uma grande mudança ocorreu naquele povo após a ressurreição de Jesus .
2. Antes, as suas preocupações estavam :

a) Com o reino humano e terreno ( precisaram ouvir o Senhor dizendo não lhes compete)

b) Com quem seria o maior

3. Mas depois, apesar das suas falhas e fraquezas eles eram um grupo que estava unido, fortalecido no amor e no perdão .

4. Antes desconfiados , agora confiando um no outro , porque sabiam o que o Senhor estava fazendo em cada um deles

5. esta era uma Igreja que viveu uma comunhão incrível

CONCLUSÃO:

1° Para mim estes 6 princípios precisam  nortear a nossa vida

2. Uma experiência com Jesus ressuscitado e vivo ( mais que uma tradição ou religião, uma experiência )

3. Uma busca ardente por viver cada dia o poder do Espírito Santo

4. Uma consciência clara do nosso propósito e missão ( ser testemunha do Senhor Jesus )

5. Experimentar a bênção e o poder da oração  ( que as pessoas saibam que somos um povo que ora e que enquanto oramos Deus age)

6. Um povo comprometido com a vontade de Deus

7. Um povo comprometido um com o outro

8. VOCÊ QUER TOMAR PARTE DESTA BÊNÇÃO ?

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado!

O TOQUE DA FÉ

O TOQUE  DA FÉ



TEXTO BASE MC 5: 21 -34

Jesus foi expulso de Gadara, mas encontrou uma grande multidão o esperando em Cafarnaum.

Dessa multidão, se destacam dois personagens: Jairo e a mulher do fluxo de sangue.

 Jairo era líder da sinagoga, ela era uma mulher anônima; Jairo era rico, ela perdera todos os seus bens; Jairo vivera doze anos com sua filhinha agora doente, ela padecera doze anos com uma doença incurável; Jairo pede publicamente a Jesus, ela pede em secreto.  Jesus atende a ambos, mas atende à mulher primeiro.

Vamos entender o que se passou com aquela mulher para que fosse curada por Jesus.


I. O TOQUE DA FÉ COMEÇA COM A CONSCIÊNCIA DE UMA GRANDE NECESSIDADE (MC 5: 25)

 Ela sofreu muito. Pode-se apontar quatro fatos sobre o sofrimento da mulher:
Um sofrimento prolongado

Doze anos de sofrimento, de fraqueza, de esperanças frustradas.

Um sofrimento que gera desesperança

Ela gastou tudo o que tinha com os médicos;

O Talmude fala de onze formas de cura para a hemorragia, ela deve ter tentado todas;

Ela tentou de tudo. Mas não conseguiu a cura.

Um sofrimento que destruía seus sonhos

Ela perdia sangue: sangue é sinal de vida.

Sua vida se diminuía diariamente.

Não podia gerar vida. O ventre que traz vida, nela trazia morte.

Um sofrimento que a separava do mundo

Não podia casar; se fosse casada, o marido podia divorciar-se;

Não podia chegar perto das pessoas;

Não podia participar dos cultos no templo e sinagoga.


II.O TOQUE DA FÉ ACONTECE QUANDO VOLTAMO-NOS DA NOSSA DESILUSÃO E BUSCAMOS A JESUS (v.27)

Os nossos problemas não apenas nos afligem, mas também nos arrastam aos pés de Jesus.

 Jesus foi o caminho de esperança para mulher

Jesus estava indo à casa de Jairo, para para para cuidar dessa mulher.

Ele se importa com todos. Quando tocamos as vestes de Jesus com fé, podemos ter a certeza da cura.

O que houve de especial no toque dessa mulher?

Toque intencional: ela queria tocar em Jesus; não foi por acaso;

Toque proposital: Ela tinha um desejo, ser curada;

Toque confiante: ela cria que seria curada, e por isso foi movida por sua fé;

Toque eficaz: ela recebeu três curas – física (o fluxo foi estancado), emocional (foi chamada de filha e teve o ânimo recobrado) e espiritual (tua fé te salvou).


III.O TOQUE DA FÉ ACONTECE QUANDO O CONTATO PESSOAL COM JESUS É O NOSSO MAIOR OBJETIVO DE VIDA (v.27-34)

 Muitos comprimem a Cristo, mas poucos o tocam pela fé.

 Não basta o ritual; a fé é o caminho gerador do milagre. Aqueles que tocam a Jesus pela fé são totalmente curados

Sua cura foi imediata.  Naquele momento, todo seu esforço de doze anos foi dissipado com uma ação de fé.

Sua cura foi completa. Em Cristo há cura para todos os problemas da vida.

Aqueles que tocam em Jesus pela fé são conhecidos por Ele.

Quem me tocou? Jesus sabe quem você é. ¨ Aqueles que tocam em Jesus devem fazer isso conhecido aos outros

Testemunhe

Conte os feitos do Senhor aos outros

Quando as bênçãos descem do céu, devem retornar ao céu em forma de ações de graça por parte dos que foram abençoados.

CONCLUSÃO:

Reconheça sua necessidade; Se lance aos pés de Jesus; Tenha sua relação com Jesus como maior objetivo de vida;  Seja curado de todos os seus males existenciais.

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado!

DEZ PRICÍPIOS BÍBLICOS PARA RESOLVER CONFLITOS

DEZ PRICÍPIOS BÍBLICOS PARA RESOLVER CONFLITOS

TEXTO BASE João 13: 35

Alguém me perguntou, recentemente,
 “Por que o mandamento de Cristo de nos amarmos uns aos outros é tão importante?”

A própria pergunta revela um problema.

Por que temos que perguntarmos sobre isso?

O Grande Mandamento deixa claro que o amor é o centro da vida com Deus, da vida cristã.

Jesus deixa claro que essa é a marca pela qual todos conhecerão que somos discípulos de Jesus Cristo (João 13: 35).  Sem essa marca, as pessoas têm direito de duvidar de nossa fé; pior, têm direito de duvidar de nosso amado Senhor.

Como falei, a pergunta revela um problema – o amor não ser tangível e visível entre nós o suficiente a ponto de termos que fazer a pergunta.

Grande parte da razão disso é que não entendemos como o amor se manifesta.

Tiago diz que fé sem obras é morta.

Parafraseando-o, eu diria que amor sem relacionamentos comprometidos e saudáveis é morta.

A gritante necessidade de sermos excelentes em nossos relacionamentos foi o motivo de eu escrever O Líder que Brilha (Sete Relacionamentos que Levam à Excelência).

Precisamos ser especialistas em liderança relacional!

Meu amigo continuou com suas perguntas. Me perguntou:

“Quais seriam princípios básicos para se restaurar um relacionamento rompido entre irmãos na fé?”

Ao meu ver, esses princípios se resumem em duas passagens: Mateus 18: 15 =22 e Gálatas 6: 1 e seu contexto.

Deixe-me compartilhá-los com você.  


I° Tome a iniciativa (Mat 18: 15): 

Porque o pecado de seu irmão pode acabar lhe contagiando (Lv 19: 17).

A pessoa que foi atingida pelo pecado é chamada a tomar a iniciativa, enquanto Mt 5: 23 =26

Indica que a pessoa que pecou deve iniciar o processo de pedir perdão.

A lição é: Quem perceber o problema primeiro deve tomar a iniciativa.

Como povo de Deus, precisamos entender a brecha terrível que abrimos para Satanás e contra nós mesmos quando

deixamos conflitos continuarem em nosso dia-a-dia.

Ao vermos nosso irmão com problemas, precisamos fazer o que pudermos para resgatá-lo (veja Lv 25: 25).


II. Examine sua própria vida:

Estando cheio do Espírito quando for falar com o irmão caído (Gl 6: 1).

Muitas vezes, o problema está tanto em mim como nele.

Às vezes, é meu orgulho ou meu ego que está sendo atingido e preciso reconhecer minha falta, tanto quanto, ou mais que a dele.

III. Trabalhe baseado no mal que você experimentou:

Não com base nos motivos (Mat 18: 15).

Não podemos e não devemos julgar as intenções do coração de outra pessoa.
Normalmente, devemos basear o confronto em fatos.

Existe uma exceção.

Quando nos sentimos feridos, pode ser necessário compartilhar nossos sentimentos.

Nesse caso, não estamos procurando corrigir a outra pessoa, mas, tentando ajudá-la a entender nosso coração, dando

lhe o presente de expressar o que estamos sentindo.

Precisamos fazer isso visto que assumimos responsabilidade por nossos sentimentos, uma vez que a outra pessoa não é responsável por eles.

A outra pessoa é responsável por suas próprias ações; nós escolhemos e somos responsáveis pelos sentimentos com os quais reagimos:

Paciência, ira, frustração, misericórdia etc.

Se quiser aprofundar esse conceito, veja meu livro Aprofundando a Restauração da Alma (Mundo Cristão), págs. 260-263.

IV. Corrija com um espírito de brandura e humildade: 

E fique aberto à possibilidade de você ter ofendido alguém e/ou de que o problema não é pecado em si, mas, sim, um mal-entendido (Gl 6: 1).

A falta de boa comunicação é a raiz da maioria dos nossos conflitos.

Nesses casos, não há erro em uma ou outra pessoa; mas ambas, precisam melhorar sua comunicação; isso normalmente requer mais tempo juntos, especialmente no casamento.

V. Resolva o conflito protegendo o nome de seu irmão (Mat 18: 15).

A razão pela qual tentamos resolver o conflito individualmente é não espalhar o problema ou a vergonha do nosso irmão para outras pessoas.

Canaã expôs a vergonha de seu pai, Noé, e acabou sendo amaldiçoado por ele, enquanto seus irmãos fizeram de tudo para cobrir essa vergonha (Gn 9: 26, 27).

Nossa atitude deve ser a de querer ajudar e resgatar nosso irmão, não condená-lo, julgá-lo ou expô-lo.

VI. Se não concordarem, busquem árbitro(s) que seja(m) aceitável(is) para ambos: ]
Geralmente alguém com autoridade espiritual (Mateus 18: 16).

O texto não diz que deve ser alguém aceitável para ambos, mas a experiência tem mostrado que isso pode fazer uma 
grande diferença.

Essa decisão feita em consenso ajuda ambos os lados a estarem abertos para correções.

Quando eu simplesmente pego uma ou duas pessoas que já estão convencidas do que lhes contei, o outro pode sentir-se pré-julgado e não aceitar essas pessoas como árbitros ou testemunhas objetivas.

VII. Leve o pecado a sério (Mateus 18: 17).  

Quando alguém peca e não está disposto a arrepender-se, ou às vezes nega que suas atitudes sejam pecaminosas, esse pecado irá contagiar outros (Hb 12: 15; veja a história de Acã em Js 7).

Por isso, Jesus leva o assunto até o fim: ou a reconciliação ou a separação.

Não dá para ficar dividido em espírito e ainda no mesmo Corpo.

Paulo trata o pecado não arrependido da mesma forma, com uma seriedade que requer exclusão.

Não se deve nem tomar uma refeição com alguém assim (1ª Co 5: ),
Ainda que o nosso alvo sempre seja a restauração dele (2° Co 2: 5 =11).

VIII. Leve a batalha espiritual a sério: 

Confrontando os seres espirituais antes de encontrar-se com o irmão caído, e também quando estiver com ele, se houver abertura (Mat 18: 18).

Esse versículo, dentro do contexto de resolver conflitos, nos leva a entender que existe uma ligação entre as decisões feitas na Terra e as feitas nos céus.

O que está sendo ligado e desligado pode ser o pecado ou o irmão, ocorrendo a mesma coisa quando este se libera do pecado ou se recusa a abandoná-lo.

Nossa batalha é contra a carne, o mundo e o diabo.

Quando a carne abre uma brecha, o diabo muitas vezes entra também (Ef 4: 25, 26; 1° Pe 5: 7, 8).

Então, nossas orações devem incluir um aspecto da batalha, entendendo que nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra poderes espirituais demoníacos (Ef 6: 12).

Quando prevemos que a luta pode ser dura, devemos nos vestir em oração com a armadura de Ef 6: 10 =18.

Faz muito sentido orar para Jesus amarrar ou acabar com o poder de qualquer ataque ou aflição demoníaca.

IX. Interceda antes e durante o encontro:

 Sabendo que a oração é eficaz, mas saiba, também, que Deus muitas vezes responde às nossas orações de forma surpreendente (Mt 18: 19, 20).

Esses dois versículos sobre oração são citados com muita frequência, mas quase nunca no contexto de resolver conflitos.

Se entendemos que a conversa que começa no versículo 15 continua até o final do capítulo, juntando a necessidade do confronto com a do perdão, então, os versículos do meio ganham um novo sentido.

O alvo do confronto do Mateus 18: 15 é poder chegar a orar juntos no espírito dos versículos 19 e 20.

O Espírito quer transformar o quadro de divisão e ofensa em união e concordância.

Xª Leve o perdão a sério: liberando completamente o irmão que se arrepende ( Mateus 18:  21 =35).

O número sete representa a perfeição, então Pedro achou que estava perguntando sobre a possibilidade de um perdão repetido sete vezes, que chegaria ao ápice de perfeição.

A resposta de Jesus indica que devemos ir muito além do que parece perfeito aos olhos humanos, expressando um perdão infinito (sete vezes setenta).

Algumas vezes ficamos surpresos quando, algum tempo depois de termos perdoado a alguém, sentimentos de dor, tristeza, raiva, etc. ressurgem ou reaparecem.

Devemos perdoar tantas vezes quantas forem necessárias - não apenas quando a pessoa repete o mesmo pecado, mas, também, quando esses sentimentos surgem repentinamente através do tempo.

Esse tema é ainda mais complicado pelo perdão barato: perdoar da boca para fora, superficialmente, sem resolver a dor que sentimos e as consequências negativas com as quais teremos que conviver.

Na parábola do credor incompassivo que segue o texto que estudamos, a lição principal é sobre o perdão.

Devemos perdoar muito, porque temos sido perdoados de muito mais!

Embutida nessa parábola há uma lição sobre perdão barato.

Quando o credor incompassivo não se demonstrou digno do perdão, seu senhor retirou o perdão que havia estendido para ele, e Jesus conclui dizendo
“Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão” (Mateus 18: 35).

Devemos levar o perdão a sério, entendendo que a vida cristã não é composta de graça barata nem de perdão barato, mas da graça que custou o sangue de Cristo e de perdão genuíno.

David Augsburg desenvolve bem esta tese em seu livro Importe-se o Bastante Para (Não) Perdoar (United Press, esgotado).

XI° O arrependimento verdadeiro inclui restituição:

Dessa forma, evitamos cair num perdão barato, num arrependimento superficial (veja Lc 3: 7 =14 / Lc 19: 8).

Devemos pensar não apenas em como parar de fazer o mal, mas também em como reparar isso com o bem.

Às vezes, isso requer uma certa criatividade, mas o Espírito sempre pode nos iluminar a respeito.

Se o pecado se basear numa fraqueza do caráter do irmão e se ele estiver aberto (entendendo que arrependimento verdadeiro inclui reparar o mau com o bem), deve-se cogitar a realização de um discipulado que possa fortalecer seu caráter para evitar que caia outra vez nesse pecado (Lc 11: 24 =26; Hb 12: 12 =17 / Tiago 5: 19, 20).

Perguntas para discussão e aplicação (de preferência em grupo pequeno)

1° Qual a diferença que poderia fazer se os líderes de grupos familiares e da igreja de forma geral forem capacitados no uso destes princípios?

2° Qual dos onze princípios é mais difícil para você?  Por quê?

3° Em que situação ou relacionamento atual seria interessante você aplicar estes princípios?


Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado