sábado, 3 de maio de 2025

Esboço Bíblico Expositivo: John Egglen e Spurgeon – O Impacto de uma Fé Simples.

Texto-base: Zacarias 4:10 – _"Pois, quem despreza o dia dos humildes começos? Pois esses sete olhos do Senhor, que percorrem toda a terra, se alegrarão quando virem o prumo na mão de Zorobabel."_
I. INTRODUÇÃO

A história de John Egglen e Charles Spurgeon nos ensina que Deus usa pessoas comuns para realizar propósitos extraordinários.  

John Egglen foi um diácono da Igreja Metodista Primitiva em Colchester, Inglaterra, e desempenhou um papel crucial na conversão de Charles Haddon Spurgeon, que mais tarde se tornaria conhecido como o "Príncipe dos Pregadores".([Wikipédia, a enciclopédia livre][1])

Em 6 de janeiro de 1850, uma forte nevasca impediu que o pregador designado chegasse à igreja. Apesar das condições adversas, Egglen decidiu comparecer ao culto, caminhando seis milhas até a igreja. Com apenas 13 pessoas presentes e sem um pregador oficial, Egglen, embora nunca tivesse pregado antes, subiu ao púlpito e compartilhou uma mensagem simples baseada em Isaías 45:22: "Olhai para mim e sede salvos, todos os confins da terra". Durante o sermão, ele se dirigiu diretamente a um jovem visitante, dizendo: "Jovem, olhe para Jesus. Olhe! Olhe! Olhe!". Esse jovem era Charles Spurgeon, de 15 anos, que posteriormente descreveu esse momento como o início de sua fé cristã 

Após sua conversão, Spurgeon foi batizado em 3 de maio de 1850 e começou a pregar aos 16 anos. Em 1854, aos 20 anos, tornou-se pastor da Capela New Park Street em Londres, que mais tarde se tornaria o Tabernáculo Metropolitano . Spurgeon teve um ministério influente, pregando para milhares e deixando um legado duradouro na história do cristianismo

A história de John Egglen destaca como atos simples de fé e obediência podem ter impactos profundos e duradouros.

A grande lição dessa história é que ninguém está fora do plano de Deus. Mesmo as ações mais simples, quando feitas com fidelidade, podem gerar um impacto eterno.  

II. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E CULTURAL 

2.1. A Inglaterra no Século XIX

A Revolução Industrial trouxe desenvolvimento, mas também **grandes desigualdades sociais** e **duras condições de vida** para a classe trabalhadora.  

Nesse contexto, movimentos de avivamento, como o metodismo, ajudaram a propagar o Evangelho e a trazer esperança ao povo.  

2.2. O Papel das Igrejas Locais

Pequenas igrejas, muitas vezes sem pastores formados, eram mantidas por pregadores leigos, como John Egglen.
  
Esse modelo de evangelismo permitia que o Evangelho chegasse a áreas mais afastadas e a classes mais humildes.  

III. ANÁLISE DO TEXTO BÍBLICO (Zacarias 4:10) 

_"Pois, quem despreza o dia dos humildes começos?"_  

3.1. Contexto Bíblico
  
O profeta Zacarias foi levantado para encorajar o povo de Israel a reconstruir o templo após o exílio babilônico. 
 
Muitos judeus se desanimaram porque o novo templo parecia insignificante em comparação com o de Salomão.  

Deus, porém, não mede o sucesso pelo tamanho da obra, mas pela fidelidade de Seus servos.  

3.2. Aplicação à História de John Egglen e Spurgeon

Egglen poderia ter pensado que sua pregação era insignificante, mas Deus usou sua fidelidade para transformar a vida de Spurgeon.
  
O templo de Zorobabel começou pequeno, mas foi essencial para a história do povo de Deus.  

O impacto de Spurgeon no mundo cristão mostra que **pequenos começos podem gerar frutos eternos.  

IV. PRINCIPAIS LIÇÕES ESPIRITUAIS 

4.1. Deus Usa Pessoas Simples para Cumprir Seus Propósitos
 
📖 1 Coríntios 1:27 – _"Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes."_

John Egglen não era um pregador famoso, mas foi obediente.  

Muitas vezes, pensamos que só grandes líderes podem impactar vidas, mas Deus usa cada um de nós no lugar onde estamos.  

4.2. A Fidelidade no Ordinário Produz Frutos Extraordinários
 
📖Lucas 16:10 – _"Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito."_  

Egglen simplesmente cumpriu sua responsabilidade de falar sobre Jesus naquele dia, sem imaginar o que aconteceria.  

Pequenas atitudes de fidelidade no dia a dia podem transformar vidas.  

4.3. Nunca Subestime a Importância de um Testemunho Simples
 
📖Mateus 5:14-16 – _"Vós sois a luz do mundo [...] Assim brilhe a vossa luz diante dos homens."_

Às vezes, pensamos que nosso testemunho ou nossa palavra não farão diferença, mas Deus pode usar qualquer situação para tocar corações.  

Se Egglen tivesse ficado calado naquela manhã fria, Spurgeon talvez não tivesse se convertido naquele momento.  

V. APLICAÇÃO PRÁTICA  

1. Seja fiel no que Deus lhe confiou – Seu trabalho, sua família, seu ministério são campos onde Deus pode agir através de você.  

2. Nunca despreze oportunidades de servir – Você nunca sabe como Deus pode usar suas palavras e ações para transformar a vida de alguém. 
 
3. Pregue o Evangelho sempre, mesmo que pareça insignificante – Sua palavra pode ser o começo de uma grande obra que você nem imagina.  

4. Confie que Deus está no controle dos resultados – Egglen pregou sem saber o impacto que teria, mas Deus já tinha um plano.  

VI. CONCLUSÃO  

A história de John Egglen e Charles Spurgeon nos lembra que Deus não precisa de grandes nomes para cumprir Sua vontade, mas sim de corações dispostos e fiéis.  

Egglen nunca se tornou famoso, mas sua fidelidade resultou na conversão de Spurgeon, que levou milhares a Cristo e deixou um legado eterno.  

🙋‍♂️Pergunta para Reflexão:

_"Será que estou disposto a ser fiel nas pequenas coisas, confiando que Deus pode usá-las para Sua glória?"_  

🙏Desafio:
 
Esta semana, busque oportunidades para servir, falar de Jesus e encorajar alguém, mesmo que pareça pequeno. 
 
Ore para que Deus o use, assim como usou John Egglen.  

Espero que esse esboço seja útil para você! Se quiser que eu aprofunde algum ponto ou inclua mais referências, é só avisar.😊🙏

🤝Nos laços do Calvário que nos unem.  

✝️ Pr. João Nunes Machado




sexta-feira, 2 de maio de 2025

Esboço Bíblico Expositivo: João Batista – O Precursor do Messias( 02 )

Texto base: Mateus 3:1-17  
João Batista – O Precursor do Messias  

Um esboço bíblico expositivo para o tema "João Batista – O Precursor do Messias", baseado em Mateus 3:1-17, com contextualização histórica e cultural e uma análise detalhada do texto bíblico. O esboço é estruturado para uso em pregações, estudos ou reflexões, destacando o papel de João como aquele que preparou o caminho para Jesus.

Objetivo: Compreender o papel de João Batista como o profeta escolhido por Deus para anunciar e preparar o povo para a chegada do Messias, apontando para Jesus como o Salvador prometido.

I. Introdução

1. Apresentação do tema: João Batista é uma figura central no plano de redenção – o mensageiro enviado por Deus para preparar o caminho para o Messias, conforme profetizado no Antigo Testamento.

2. Contexto bíblico: Mateus 3:1-17 introduz o ministério de João no deserto e culmina no batismo de Jesus, revelando a identidade messiânica de Cristo.

3. Relevância atual: João nos ensina sobre a importância de preparar nossos corações para receber Jesus e de viver com propósito para a glória de Deus.

II. Contextualização Histórica e Cultural

1. Contexto histórico:

Período: João Batista iniciou seu ministério por volta de 27-29 d.C., durante o domínio romano na Judeia, sob o governo de Herodes Antipas e o sacerdócio de Anás e Caifás (Lucas 3:1-2).

Silêncio profético: Após séculos sem profetas (desde Malaquias, cerca de 430 a.C.), João surge como uma voz divina, cumprindo as promessas de Isaías e Malaquias (Is 40:3; Ml 3:1).

Esperança messiânica: Os judeus aguardavam um libertador que os livrasse do jugo romano, mas João redireciona essa expectativa para um reino espiritual.

2. Contexto cultural:

O deserto: O deserto da Judeia, perto do rio Jordão, era um lugar de significado simbólico – associado à purificação, ao êxodo e à renovação espiritual.

Estilo de vida de João (v. 4): Suas vestes de pelos de camelo e cinto de couro evocavam Elias (2 Reis 1:8), enquanto sua dieta de gafanhotos e mel silvestre refletia uma vida ascética, possivelmente influenciada por grupos como os essênios.

Batismo: Diferente dos banhos rituais judaicos (mikveh), o batismo de João era um ato público de arrependimento, preparando o povo para o Messias.

III. Análise do Texto Bíblico (Mateus 3:1-17)

1. A Chegada do Precursor (v. 1-3):

Localização: “Nos dias daqueles, veio João Batista pregando no deserto da Judeia” – o deserto, um lugar improvável, torna-se o palco do chamado de Deus.

Mensagem: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” – um convite à transformação interior como preparação para o Messias.

Profecia: Mateus cita Isaías 40:3 (“voz do que clama no deserto”), confirmando João como o precursor anunciado.

2. O Ministério de Preparação (v. 4-6):

Aparência: Suas vestes e dieta simples destacam sua humildade e autenticidade, contrastando com a pompa dos líderes religiosos da época.

Impacto: Multidões vinham de Jerusalém, Judeia e da região do Jordão, confessando pecados e sendo batizadas, sinalizando um despertamento espiritual.

3. Advertência aos Religiosos (v. 7-10):

Confronto: João chama os fariseus e saduceus de “raça de víboras”, expondo sua hipocrisia e confiança em tradições em vez de arrependimento genuíno.

Urgência: “Produzi frutos dignos de arrependimento” e “o machado já está posto à raiz” indicam que o tempo de julgamento estava próximo.

4. Apontando para o Messias (v. 11-12):

Limitação de João: “Eu vos batizo com água para arrependimento” – seu batismo era preparatório.

Superioridade de Jesus: “Aquele que vem após mim... vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” – Jesus traria poder transformador e juízo.

Imagem do juízo: A separação do trigo e do joio aponta para a obra definitiva do Messias.

5. O Batismo de Jesus (v. 13-17):

Submissão de Jesus: Ele vai ao Jordão para ser batizado, não por necessidade de arrependimento, mas para “cumprir toda a justiça” (v. 15), identificando-se com os pecadores que veio salvar.

Revelação trinitária: O Espírito desce como pomba, e a voz do Pai declara: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado” – o clímax do ministério de João é a apresentação pública do Messias.

IV. João Batista como Precursor do Messias

1. Cumprimento das profecias:

Isaías 40:3 – João é a “voz” que prepara o caminho.

Malaquias 3:1 – Ele é o “mensageiro” enviado antes do Senhor.

Malaquias 4:5 – Associado a Elias, preparando o povo para o “grande e terrível dia do Senhor”.

2. Características do precursor:

Humildade: “Não sou digno de desatar-lhe as sandálias” (v. 11; cf. João 1:27).

Fidelidade: Pregou a verdade sem medo, mesmo enfrentando oposição.

 Propósito: Seu ministério foi direcionado exclusivamente a exaltar o Messias, não a si mesmo (João 3:30 – “Importa que Ele cresça e que eu diminua”).

3.Transição: João marca o fim da era da Lei e dos Profetas e o início do Reino de Deus em Jesus (Mateus 11:11-13).

V. Aplicação Prática

1.Preparação: Como João, somos chamados a preparar nossos corações e os outros para encontrar Jesus, vivendo em arrependimento e santidade.

2.Testemunho: Devemos apontar para Cristo em nossas palavras e ações, reconhecendo que Ele é maior.

3. Coragem: João nos desafia a proclamar a verdade, mesmo em contextos difíceis.

VI. Conclusão:

João Batista, o precursor do Messias, foi um instrumento nas mãos de Deus para abrir caminho para Jesus. Sua vida humilde, mensagem poderosa e fidelidade até a morte (Mateus 14:10) nos convidam a refletir: estamos preparando o caminho para o Rei em nossas vidas e no mundo ao nosso redor?

Esse esboço pode ser ajustado conforme necessário. Se quiser mais detalhes sobre algum ponto ou uma abordagem diferente, é só pedir!

🤝Unidos pelos laços eternos do Calvário,  

✝️Pr. João Nunes Machado  






Esboço Bíblico Expositivo: João Batista – O Profeta do Deserto.

Texto base: Mateus 3:1-17  
João Batista: O Profeta do Deserto – História, Vida e Morte  

Um esboço bíblico expositivo sobre o tema "João Batista: O Profeta do Deserto – História, Vida e Morte", com base em Mateus 3:1-17, incluindo contextualização histórica e cultural e uma análise do texto bíblico. O esboço é estruturado para facilitar a exposição, seja em um sermão, estudo ou reflexão.

Objetivo: Explorar a vida, o ministério e o impacto de João Batista como o precursor de Jesus, destacando sua mensagem de arrependimento e sua morte como testemunho de fidelidade.

I. Introdução

1. Apresentação do tema: João Batista é uma figura singular na Bíblia – um profeta austero, corajoso e fiel, cuja vida foi dedicada a preparar o caminho para o Messias.

2. Contexto bíblico: Mateus 3:1-17 apresenta o início do ministério de João, sua pregação no deserto e o batismo de Jesus, marcando o início da revelação pública do Salvador.

3. Relevância atual: A vida de João nos desafia a viver com propósito, proclamar a verdade e nos preparar para a obra de Deus em nossas vidas.

II. Contextualização Histórica e Cultural

1. Contexto histórico:

Período: João Batista surge por volta de 27-29 d.C., durante o domínio romano na Judeia, sob o governo de Herodes Antipas (tetrarca da Galileia e Pereia).

Silêncio profético: Após cerca de 400 anos sem profetas em Israel (desde Malaquias), João emerge como uma voz que rompe o silêncio, cumprindo Isaías 40:3.

Expectativa messiânica: Havia uma forte esperança entre os judeus de que o Messias viria para libertá-los da opressão romana.

2. Contexto cultural:

O deserto da Judeia: Um lugar de isolamento e dificuldade, mas também de significado espiritual – era associado à purificação e ao encontro com Deus (como no Êxodo).

Vestimentas e dieta de João (Mateus 3:4): Suas roupas de pelos de camelo e cinto de couro lembram o profeta Elias (2 Reis 1:8), enquanto gafanhotos e mel silvestre refletem uma vida simples e ascética, possivelmente ligada aos costumes essênios (um grupo judaico da época).

Batismo: O ato de batizar no rio Jordão era inovador. Embora os judeus praticassem banhos rituais (mikveh) para purificação, o batismo de João era único por estar ligado ao arrependimento e à preparação para o reino de Deus.

III. Análise do Texto Bíblico (Mateus 3:1-17)

1. A Missão de João (v. 1-3):

Local: “No deserto da Judeia” – um lugar improvável para um movimento espiritual, mas escolhido por Deus para revelar Sua mensagem.

Mensagem: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” – um chamado urgente à mudança de vida e à preparação para a chegada do Messias.

Profecia cumprida: Mateus cita Isaías 40:3, identificando João como “a voz que clama no deserto”, o precursor prometido.

2. O Ministério de João (v. 4-6):

Aparência: Sua simplicidade contrastava com os líderes religiosos da época, mostrando que a autoridade vinha de Deus, não de status.

Resposta do povo: Multidões de Jerusalém, Judeia e da região do Jordão vinham confessar pecados e ser batizadas, indicando um avivamento espiritual.

3. Confronto com os Religiosos (v. 7-10):

Fariseus e saduceus: João os chama de “raça de víboras”, denunciando sua hipocrisia e confiança em linhagem (descendência de Abraão) em vez de verdadeiro arrependimento.

Juízo iminente: “O machado já está posto à raiz das árvores” – uma advertência de que o tempo de graça estava se esgotando.

4. Apontando para o Messias (v. 11-12):

Humildade: João reconhece sua inferioridade diante de Jesus: “Eu vos batizo com água... Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”.

Contraste: João separa o joio do trigo, mas Jesus trará um julgamento definitivo e purificador.

5. O Batismo de Jesus (v. 13-17):

Humildade de Jesus: Ele se submete ao batismo de João, não por pecado, mas para “cumprir toda a justiça” (v. 15), identificando-se com a humanidade.

Revelação divina: O Espírito desce como pomba, e a voz do Pai declara: “Este é o meu Filho amado” – a Trindade é manifesta, confirmando a identidade de Jesus.

IV. A Vida e Morte de João Batista

1. Vida:

João viveu com propósito claro: preparar o caminho para Jesus. Sua mensagem de arrependimento desafiava o status quo e atraía tanto seguidores quanto inimigos.

Ele foi preso por Herodes Antipas por denunciar o casamento ilícito deste com Herodias (Mateus 14:3-4).

2. Morte (Mateus 14:6-12):

Contexto: Durante um banquete, a filha de Herodias dança e pede a cabeça de João em um prato, a mando de sua mãe.

Significado: João morre como mártir, fiel à verdade até o fim, prefigurando o sofrimento de Jesus e dos discípulos.

3. Legado: Jesus disse sobre João: “Dentre os nascidos de mulher, não há maior do que João” (Mateus 11:11), destacando sua grandeza como o último profeta do Antigo Testamento e o primeiro a anunciar o Novo.

V. Aplicação Prática

1. Arrependimento: Assim como João pregou, somos chamados a nos arrepender e preparar nossos corações para a obra de Deus.

2. Coragem: João nos inspira a proclamar a verdade, mesmo diante de oposição ou risco.

3. Humildade: Seu exemplo de apontar para Jesus nos ensina a colocar Cristo acima de nós mesmos.

VI. Conclusão:

João Batista, o profeta do deserto, foi uma ponte entre o Antigo e o Novo Testamento, vivendo e morrendo para cumprir seu chamado. Sua vida nos desafia a ouvir a voz de Deus no “deserto” de nossas vidas e a nos preparar para o Rei que já veio e voltará.

Esse esboço pode ser adaptado conforme o público ou o tempo disponível. Se desejar aprofundar algum ponto ou incluir mais referências bíblicas, posso expandir!

🤝Unidos pelos laços eternos do Calvário,  

✝️Pr. João Nunes Machado  



Esboço Bíblico Expositivo: João Batista – O Precursor do Messias.

Texto base: Mateus 3:1-17  
João Batista – O Precursor do Messias  

Um esboço bíblico expositivo para o tema "João Batista – O Precursor do Messias", baseado em Mateus 3:1-17, com contextualização histórica e cultural e uma análise detalhada do texto bíblico. O esboço é estruturado para uso em pregações, estudos ou reflexões, destacando o papel de João como aquele que preparou o caminho para Jesus.

Objetivo: Compreender o papel de João Batista como o profeta escolhido por Deus para anunciar e preparar o povo para a chegada do Messias, apontando para Jesus como o Salvador prometido.

I. Introdução

1. Apresentação do tema: João Batista é uma figura central no plano de redenção – o mensageiro enviado por Deus para preparar o caminho para o Messias, conforme profetizado no Antigo Testamento.

2. Contexto bíblico: Mateus 3:1-17 introduz o ministério de João no deserto e culmina no batismo de Jesus, revelando a identidade messiânica de Cristo.

3. Relevância atual: João nos ensina sobre a importância de preparar nossos corações para receber Jesus e de viver com propósito para a glória de Deus.

II. Contextualização Histórica e Cultural

1. Contexto histórico:

Período: João Batista iniciou seu ministério por volta de 27-29 d.C., durante o domínio romano na Judeia, sob o governo de Herodes Antipas e o sacerdócio de Anás e Caifás (Lucas 3:1-2).

Silêncio profético: Após séculos sem profetas (desde Malaquias, cerca de 430 a.C.), João surge como uma voz divina, cumprindo as promessas de Isaías e Malaquias (Is 40:3; Ml 3:1).

Esperança messiânica: Os judeus aguardavam um libertador que os livrasse do jugo romano, mas João redireciona essa expectativa para um reino espiritual.

2. Contexto cultural:

O deserto: O deserto da Judeia, perto do rio Jordão, era um lugar de significado simbólico – associado à purificação, ao êxodo e à renovação espiritual.

Estilo de vida de João (v. 4): Suas vestes de pelos de camelo e cinto de couro evocavam Elias (2 Reis 1:8), enquanto sua dieta de gafanhotos e mel silvestre refletia uma vida ascética, possivelmente influenciada por grupos como os essênios.

Batismo: Diferente dos banhos rituais judaicos (mikveh), o batismo de João era um ato público de arrependimento, preparando o povo para o Messias.

III. Análise do Texto Bíblico (Mateus 3:1-17)

1. A Chegada do Precursor (v. 1-3):

Localização: “Nos dias daqueles, veio João Batista pregando no deserto da Judeia” – o deserto, um lugar improvável, torna-se o palco do chamado de Deus.

Mensagem: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” – um convite à transformação interior como preparação para o Messias.

Profecia: Mateus cita Isaías 40:3 (“voz do que clama no deserto”), confirmando João como o precursor anunciado.

2. O Ministério de Preparação (v. 4-6):

Aparência: Suas vestes e dieta simples destacam sua humildade e autenticidade, contrastando com a pompa dos líderes religiosos da época.

Impacto: Multidões vinham de Jerusalém, Judeia e da região do Jordão, confessando pecados e sendo batizadas, sinalizando um despertamento espiritual.

3. Advertência aos Religiosos (v. 7-10):

Confronto: João chama os fariseus e saduceus de “raça de víboras”, expondo sua hipocrisia e confiança em tradições em vez de arrependimento genuíno.

Urgência: “Produzi frutos dignos de arrependimento” e “o machado já está posto à raiz” indicam que o tempo de julgamento estava próximo.

4. Apontando para o Messias (v. 11-12):

Limitação de João: “Eu vos batizo com água para arrependimento” – seu batismo era preparatório.

Superioridade de Jesus: “Aquele que vem após mim... vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” – Jesus traria poder transformador e juízo.

Imagem do juízo: A separação do trigo e do joio aponta para a obra definitiva do Messias.

5. O Batismo de Jesus (v. 13-17):

Submissão de Jesus: Ele vai ao Jordão para ser batizado, não por necessidade de arrependimento, mas para “cumprir toda a justiça” (v. 15), identificando-se com os pecadores que veio salvar.

Revelação trinitária: O Espírito desce como pomba, e a voz do Pai declara: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado” – o clímax do ministério de João é a apresentação pública do Messias.

IV. João Batista como Precursor do Messias

1. Cumprimento das profecias:

Isaías 40:3 – João é a “voz” que prepara o caminho.

Malaquias 3:1 – Ele é o “mensageiro” enviado antes do Senhor.

Malaquias 4:5 – Associado a Elias, preparando o povo para o “grande e terrível dia do Senhor”.

2. Características do precursor:

Humildade: “Não sou digno de desatar-lhe as sandálias” (v. 11; cf. João 1:27).

Fidelidade: Pregou a verdade sem medo, mesmo enfrentando oposição.

 Propósito: Seu ministério foi direcionado exclusivamente a exaltar o Messias, não a si mesmo (João 3:30 – “Importa que Ele cresça e que eu diminua”).

3.Transição: João marca o fim da era da Lei e dos Profetas e o início do Reino de Deus em Jesus (Mateus 11:11-13).

V. Aplicação Prática

1.Preparação: Como João, somos chamados a preparar nossos corações e os outros para encontrar Jesus, vivendo em arrependimento e santidade.

2.Testemunho: Devemos apontar para Cristo em nossas palavras e ações, reconhecendo que Ele é maior.

3. Coragem: João nos desafia a proclamar a verdade, mesmo em contextos difíceis.

VI. Conclusão:

João Batista, o precursor do Messias, foi um instrumento nas mãos de Deus para abrir caminho para Jesus. Sua vida humilde, mensagem poderosa e fidelidade até a morte (Mateus 14:10) nos convidam a refletir: estamos preparando o caminho para o Rei em nossas vidas e no mundo ao nosso redor?

Esse esboço pode ser ajustado conforme necessário. Se quiser mais detalhes sobre algum ponto ou uma abordagem diferente, é só pedir!

🤝Unidos pelos laços eternos do Calvário,  

✝️Pr. João Nunes Machado