quinta-feira, 15 de maio de 2014

FRUSTRAÇÃO COM IGREJAS - UM MAL CRESCENTE E INCONTROLÁVEL

TEXTO BASE FP 4: 27

INTRODUCÃO

TEMA: FRUSTRAÇÃO COM IGREJAS - UM MAL CRESCENTE E INCONTROLÁVEL

2- Hoje praticamente é impossível manter um rol de membros de qualquer igreja atualizado ou minimamente ajustado.

8- Antigamente a migração se dava por motivos praticamente inexistentes hoje.

Um membro trocava de igreja por causa de seu trabalho que o obrigava a deslocar-se de cidade ou porque um filho ia para uma faculdade e os pais, quando podiam, mudavam juntamente com ele.
Basicamente o trabalho era o motivo principal.

Mas agora vemos raramente alguém apresentar este motivo como causa de troca de igreja. Vivenciamos algo totalmente novo no meio cristão.

Algo altamente destruidor, inibidor e falacioso.
Penso que alguns fatores ajudam aumentar esta migração em forma exponencial.

I. A Mobilidade Social

segunda-feira, 12 de maio de 2014

AS SEITAS PRINCIPAIS DO JUDAÍSMO

AS SEITAS PRINCIPAIS DO JUDAÍSMO


SEGUNDO o historiador eram três as seitas ou partidos em que estava dividido o judaísmo nos últimos dois séculos anteriores à era cristã: os fariseus, os saduceus,se os essênios.


Com exceção da seita dos ebonites, da qual nos ocuparemos extensamente por sua importância e transcendência, não se pode afirmar com segurança que hajam existido outras seitas antes destas.

A única entre as mais antigas manifestações de diferenciação que teve quase o caráter de uma seita foi a dos Nezirim.

Eles, todavia, distinguiam-se mais pelo aspecto exterior de tipo ascético que pela própria crença. Suas características eram essencialmente negativas: abster-se de toda bebida alcoólica, não cortar o cabelo, fugir das impurezas rituais, sobretudo de todo o contato com um cadáver.

O nazireado podia ser de dois tipos: um praticado raramente "ad vitam" e outro a tempo determinado de livre escolha.

Sansão e Samuel são os dois representantes típicos destas classes.

Parece que o costume do nazireado continuou até a primeira geração cristã.

As regras para o nazireado encontram-se expressas em Números,VI.

O nazir era considerado como pessoa sagrada e entre os mais graves delitos estava o de obrigá-lo a transgredir seu voto.


ESSÊNIOS

Uma das seitas importantes no período do segundo Templo era a dos essênios.
A origem do nome não é muito segura. Há quem o ligue a raízes gregas, aramaicas ou hebraicas, mas na realidade seu significado é obscuro.

Pelo que se sabe de suas características, o significado mais apropriado seria o de "puros" ou "pios".

O essenismo constituiu, nos séculos que vão desde o ano 150 (A.C) ao 70 (D.C.), uma comunidade religiosa judaica que tinha algumas características essenciais que afastavam-na do Templo de Jerusalém.

As fontes que temos encontram-sem em Filon e Flávio Josefo.

Parece que os essênios viviam, de preferência, nas planícies e que uma de suas principais sédes estava instalada no oásis de En-guedi sobre o Mar Morto.

Constituiam sobretudo uma ordem monástica; não se casavam e sua comunidade perpetuava-se somente com a associação de novos membros.

Não procuravam lucros pessoais, todos trabalhavam pelos congregados, com os quais viviam em comum.

Para ingressar na confraria deviam passar por diversas fases de noviciado; por sua sinceridade consideravam reprovável o juramento; seguiam rigorosas regras de pureza tomando banhos freqüentíssimos e usavam trajes brancos.

De sua teologia e de suas doutrinas se conhece muito pouco. Não se sabe se tiveram outros livros sagrados além do Pentateuco.

Parece que a idéia que eles tinham sobre a imortalidade limitava-se a considerar que a alma veio do céu e a ele volta depois da morte do corpo, se o mereceu.

Presume-se que atribuiam muita importância à magia e à arte de prever o futuro.

Consideravam um dever mostrar-se fiéis à autoridade nacional constituída, mas não à estrangeira. Com efeito, no ano de 66 uniram-se aos celotes na revolta contra Roma.

Tinham algumas particularidades que os afastavam do Templo de Jerusalém; a abstenção do matrimônio, a abstenção dos sacrifícios ensanguentados e o rito da prece olhando o sol.

Estes elementos são, na realidade, estranhos ao judaísmo e parecem haver chegado ao essenismo por via sincrética, aproveitados de tantas religiões que corriam pelo Oriente.

Não se pode determinar com exatidão se neste sincretismo intervieram a órfica, o helenismo em geral, o budismo ou o paganismo sírio-palestinense.

Parece muito provável que o essenismo contribuiu não só para o advento do cristianismo mas também para a sua difusão.
Na realidade, as distintas seitas judeu-cristãs apresentam muitas afinidades com o essenismo.


FARISEUS

Com este nome indica-se a seita mais importante que houve no judaísmo do Segundo Templo. Sua origem é incerta; parece que derivaram dos "hassidim", dos "pios" do templo dos macabeus e que formaram sua congregação paulatinamente, apoiando sua fé, sua crença e seu culto sobre a Lei Escrita e a Lei Oral, que os saduceus não aceitavam.

Não parece exato que sua formação remonte ao ano 175 (A.C.), quando houve uma cisão no Sanedrin.
Suas doutrinas têm uma origem muito remota. Seus adeptos pertenceram ao povo, ao contrário dos saduceus que pertenciam à aristocracia.

Por haverem saído dos fariseus todos os grandes doutores dos últimos séculos antes de Cristo e primeiro depois de Cristo, doutores que criaram a Mishná e, mais tarde, o Talmud, a seita dos fariseus foi a mais importante no judaísmo.

Politicamente foram favoráveis a qualquer forma de governo que não opuzesse obstáculos ao seu culto. Suas doutrinas são praticamente as que chegaram até nós através da Mishná e do Talmud.

Permitam-nos abrir aqui um parêntese, não para fazer uma defesa ou apologia do farisaísmo, mas para estabelecer a verdade histórica acerca desta seita, tão imerecidamente combatida por alguns escritores sectários, para os quais fariseu seria sinônimo de hipócrita e impostor.

Os fariseus foram os continuadores da seita dos "hassidim" ou piedosos, formada pelos mais renomados doutores do Talmud: Johanan ben Zacai, Rabi Aquiba, Simão ben Yohay, Gamaliel, Hilel, Ben Azay, inclusive Saul de Tarso que mais tarde trocou seu nome para São Paulo.

Eram homens que cumpriam zelosamente não só as leis escritas, mas também os costumes conservados oralmente. Distinguiram-se por sua conduta moral e sua moderação na vida.

Deixaram dispersos aqui e ali, no Talmud, numerosas máximas e sentenças dignas da meditação de todo homem culto, sincero e imparcial. Citaremos algumas delas:
"A verdade é o selo de Deus"

"Mais que toda ação religiosa, Deus quer um coração puro"

"Toda oração deve ser precedida por um ato de caridade"

"Aquele que comete uma falta em segredo, nega a onipotência de Deus"

"Se Deus reserva a recompensa das boas ações para o mundo futuro é com o fim de que os homens ajam neste mundo por convicção e não por interesse"

"Sêde dos discípulos de Arão, amai a paz e sacrificai tudo para mantê-la"

"Não julgues teu próximo até que te encontres no lugar dele"

"Julgai todo mundo com indulgência"

"Não envergonhai o próximo em público, porque isso poderia custar-lhe a vida e seríeis um criminoso"

"Mais vale estar entre os perseguidos que entre os perseguidores"

"Não te metas em nenhum assunto do qual possa resultar condenado à morte ainda que culpado"

"Ditoso o homem que sai deste mundo, limpo e sem pecado, como entrou"

Esta e outras centenas de máximas que o farisaísmo nos legou falam eloqüentemente da pureza de sua moral e de sua conduta e estabelecem irrefutavelmente que o sentido depreciativo que se lhe atribui não é outra coisa senão obra de quem estava interessado em caluniá-lo.


CELOTES

Ao lado destas três seitas maiores desenvolveu-se outra que teve sobretudo importância política, a dos celotes.
Celote, "kana" em hebraico, significa zeloso de algo. 

Durante a dominação romana foi uma seita rigorosíssima na observância da lei judaica e que perseguiu a independência territorial a mão armada. Sua primeira manifestação política deu-se no início da dominação romana.


SADUCEUS

Também para esta seita ou partido é difícil determinar a origem. Sabemos que existiu nos últimos dois séculos do Segundo Templo, em completa discórdia com os fariseus.

O nome parece proceder de Sadoc, hierarca da família sacerdotal dos filhos de Sadoc, que segundo o programa ideal da constituição de Ezequiel devia ser a única família a exercer o sacerdócio na nova Judéia. De modo que, dizer saduceus era como dizer "pertencentes ao partido da estirpe sacerdotal dominante". Diferiam dos fariseus por não aceitarem a tradição oral.

Na realidade, parece que a controvérsia entre eles foi uma continuação dessa hostilidade que havia começado no templo dos macabeus, entre os helenizantes e os ortodoxos.

Com efeito, os saduceus, pertencendo à classe dominadora, tendo a miudo contato com ambientes helenizados, estavam inclinados a algumas modificações ou helenizações. 

O conflito entre estes dois partidos foi o desastre dos últimos anos da Jerusalém judia.

Suas doutrinas são quase desconhecidas, não havendo ficado nada de seus escritos. Com muita probabilidade, ainda que rechaçando a tradição farisaica, possuiram uma doutrina relativa à interpretação e à aplicação da lei bíblica.

O único que nos oferece alguns dados sobre suas doutrinas é Flávio Josefo que, por ser fariseu e por haver escrito para o público greco-romano, não é digno de muita confiança.

Parece provável que as divergências entre saduceus e fariseus foram mais que dogmáticas, foram jurídicas e rituais. Com a queda de Jerusalém, a seita dos saduceus extinguiu-se. Ficaram porém suas marcas em todas as tendências anti-rabínicas dos primeiros séculos (D.C.) e da época medieval.


EBIONITAS

Dissemos que reservaríamos algum espaço para a seita dos ebionim ou ebionitas, cujo desenvolvimento abrange as épocas desde o profeta Samuel, ou seja, o século IX (A.C.) até o século II (D.C.).

Foi o profeta Samuel, que viveu há 2800 anos, que procurando na união a força de seu povo, e a pedido deste, instituiu a monarquia e fez proclamar Saul, rei de Israel.

Este reino era então administrado por juízes com um sistema autônomo de descentralização democrática. 

Foi também Samuel que formou a seita dos ebionitas ou "humildes", integrada pela "elite" intelectual da juventude de então e cujo principal objetivo era ensinar mediante a prédica, a propaganda e o exemplo.

Quase todos os profetas que dali surgiram, entre os quais estavam Isaías, Oséas, Miqueas, Habacuc, Amós, etc... são astros luminosos que aclararam e honraram a seita.

Os eleitos que chegavam ao último grau de instrução e de iniciação estavam encarregados de promover reuniões de propaganda para difundir seus princípios, para instruir e moralizar o povo. Saíam sempre em grupos "Lahakat Haneviím", reuniam-se em lugares altos onde executavam cantos e danças sagradas ao som de harpas, flautas e violinos.

O povo aglomerava-se ao redor deles, e quando a multidão era compacta e sentia-se emocionada pela música, os mais eloqüentes dentre eles pronunciavam discursos inflamados convidando-o a afastar-se do mal, do vício, da mentira, da injustiça e da iniqüidade.

Eram exortados a praticar a caridade e a justiça, a amar a verdade e a virtude, e depositar sempre confiança e esperança na Providência e a ter fé no porvir da humanidade.

A palavra eloqüente desses oradores e a sua música exerciam tal poder, que os ouvintes, nos refere o historiador Gräetz, cheios de entusiasmo caíam em êxtase e sentiam-se transformados.

Estes fervorosos apologistas da profecia, acrescenta Gräetz, dirigidos por Samuel e elevados pelo espírito divino, desempenharam uma parte considerável na revolução moral que se operou naquela época. 

O filósofo grego Teofrasto, sucessor de Aristóteles, em seu livro "Os caractéres" nos conta as palestras que manteve com os chefes ebionitas em sua visita à Palestina e participa de suas opiniões em detalhes interessantes.

Depois da morte de Samuel, o profeta Natan e depois dele Gad e o profeta Elias, foram sucessivamente chefes supremos da Ordem.

Com a morte deste último, houve dificuldade de eleição entre Isaías, Osías, Miqueas e Amós, dizendo-nos a este respeito o Talmud: "Vegadol shebeculam-Hoshea", o que quer dizer que Oséas prevaleceu sobre os outros (Talmud Pessachím, 87).

Sob sua direção a seita foi reorganizada numa base completamente nova, mais espiritual e mais moral.

A prédica e a propaganda tinham outro tema. Predicavam que a religião não consiste somente em cumprir o dogmatismo e o sacrifício, mas sim em amar e obedecer a Deus; praticar a caridade e a justiça; ter piedade do desgraçado; socorrer o pobre; proteger o órfão; defender a viúva; amar o estrangeiro e que estes atos são os que agradam a Deus, tanto ou mais que qualquer outra cerimônia do culto (1,22 S. P.R.

Otsar Israel; 1, 37, 2). Ensinavam que a faculdade de discernir e o conhecimento das coisas foram dadas ao homem para que possa separar o que é bom do que é mal e prejudicial, para que saiba o que lhe é necessário, o que deve desejar e odiar a fim de alcançar o que lhe foi destinado, isto é, chegar a ser perfeito e feliz.
Declaravam que o homem não foi dotado de pensamento e conhecimento somente para pensar, mas sim para trabalhar, porque todo pensamento e todo conhecimento não são mais que meios, pois a ação é o fim.

Proclamavam a viva voz que a vida do homem é uma longa agonia, somente suas aflições ficam, seus prazeres são efêmeros e quase sempre de conseqüências nefastas. Sustentavam que a vida não é mais que um sofrimento perpétuo: sofrimento do nascimento, sofrimento dos dias maus, sofrimento do fracasso e da irrealização dos nossos desejos e ilusões, sofrimento na velhice pela amarga decepção da vida e sofrimento final da morte.

Afirmavam que não há mais que um único meio de suavizar a miséria de viver, de tornar a vida mais tolerável: a prática da virtude, e que o único consolo consiste na posse de uma consciência sem mancha e de um coração puro. Os ebionitas tinham também seus signos de reconhecimento e suas reuniões e trabalhos iniciavam-se como em certas sociedades secretas.

À pergunta: "Sois ebionita?" devia se responder: "Três principiaram, cinco me completaram e sete tornaram-me perfeito" (Mishná, Sanedrin, 1, 2).

O chefe ensinava-lhes que esses números eram sagrados desde a antigüidade e que Moisés havia feito deles um uso misterioso na bênção que ordenou aos sacerdotes: Ievaréchecha Adonai Veíshmerecha,3; Iaer Adonai Panav Elecha Vihunéca, 5; Issá Adonai Panav Elecha Veiassém Lechá Shalom 7 ("Deus te bendiga e te conserve, Deus te ilumine e te conceda Sua graça, Deus te olhe com misericórdia e te conceda a paz").

Acredita-se que os ebionitas tinham seus signos, seu santo e sua senha e que usavam um "talit" no qual estava bordado um quadrado entrelaçado com um triângulo, em cujo centro havia quatro letras: Iud, Nun, Reish, Iud, que no alfabeto latino se traduz I.N.R.I. cujo significado representava os nomes dos quatro elementos: ar, fogo, água e terra.

Em cada ponta do triângulo estavam escritas estas três palavras hebraicas:

Fé, Caridade e Esperança, que atualmente são chamadas Virtudes Teológicas e que era o emblema da seita, tirada do sétimo versículo do capítulo 12 do livro de Oséias: "Afirma tua Fé em Deus, pratica a Caridade, e a justiça e põe Nele tua Esperança".

À entrada da reunião cada ebionita devia repetir os números misteriosos: 3, 5 e 7, quando então o Mestre respondia com estas palavras: "Filho bendito do nome sagrado:

o sublime número 9 simbolizado em Emet (Verdade) é o último ideal do esforço humano, o símbolo da verdade divina; tu podes entrar e iluminar-te com as luzes celestes que claream esta assembléia de sábios".

Ao encerrar a reunião, o Mestre repetia estas frases: "Recordemos que somos ebionitas, os mais humildes e os mais modestos servidores de Deus, da verdade e da justiça; que Deus está conosco - Imanu-El".


CARAÍTAS

Quando o governo judeu já tinha deixado de existir e o judaísmo havia ficado somente nas esferas ético-religiosas, foram muitas as controvérsias havidas entre os judeus, não só sobre assuntos particulares, mas também sobre o assunto básico que foi a admissão da Lei Oral ao lado da Lei Escrita.

Vimos que antes da queda do Segundo Templo já existia esta divergência entre os saduceus e os fariseus. 

Os caraítas seguem os saduceus e aceitam somente a Bíblia como base da vida religiosa.

O caraísmo foi iniciado por Anan ben David no século VIII (D.C.) e desenvolveu-se por obra de Benjamin de Nahawend na Pérsia ocidental. Com ele, seus sectários tomam o nome de "Bené Micrá", "Filhos da Bíblia", que depois passou para "caraim", o mesmo que "biblistas".

Esta seita desenvolveu-se de tal forma que começou a constituir uma ameaça para o hebraísmo rabínico.
No século X, chega-se finalmente à vitória do judaísmo rabínico, com o Gaón Saadiá. Mas o caraísmo não havia terminado.

Nos séculos XI-XII propagou-se pela Espanha e no império bizantino, onde ficou até depois da conquista turca.
Ao mesmo tempo difundia-se na Rússia; no século XIII é encontrado na Criméia e dali se difundiu por Wolhinia e Galizia. Houve entre os caraítas personalidades destacadas nos séculos XVI e XVIII. No século XIX o sábio Kikowtsh conseguiu demonstrar que os caraítas se encontravam na Criméia desde o século VIII. Baseado nisto foi concedida aos caraítas no ano 1863 a plenitude dos direitos cívicos.

Em 1910 havia na Rússia 13.000 caraítas e fora da Rússia, no Cairo, Constantinopla, Jerusalém e Galizia, de 2.000 a 3.000.


HASSIDISMO

Desde o princípio houve duas correntes no seio do judaísmo: de um lado o formalismo ritual da Bíblia e o Talmud e do outro, a tendência ao misticismo, ao ocultismo que criou a Cabalá e o Zohar. 

Daí a oposição entre fariseus e essênios na época do Talmud e entre talmudistas e cabalistas na Idade Média. 

O formalismo ritual, tão rigorosamente praticado pelas massas do povo na Europa Oriental entre os séculos XVII e XVIII, tendia fatalmente a produzir uma reação e daí nasceu o hassidismo, isto é, o sistema de "hassid", que em hebraico significa "pio".

Foi fundado no ano de 1740 na Polônia pelo místico Israel ben Eliezer, conhecido pelo nome de Baal Shem Tov: "o senhor de boa fama".

O "hassidismo", que começou por abandonar o formalismo ritual, despertou maior importância ao sentimento religioso que à prática. Proclamou a onipresença de Deus e por isso ordenou que a oração fosse feita com devoção psicológica e alegria especial, até chegar a um êxtase que permitia ao homem entrar em comunicação direta com a divindade.

Tornou sua a opinião da Cabala, segundo a qual toda ação humana tem suas repercussões nas esferas do mundo divino e assim o homem pio e justo, o "Tsadik", o ser que chega a despojar-se de todo pensamento material e que vive nada mais que pelo espírito e para o espírito, pode ser suscetível de modificar o curso dos acontecimentos.

Assim como o "hassidismo" teve eminentes defensores como um Dov Beer, Levi Isaac, Josef Ha-Cohen, etc., teve também grande oposição na pessoa do Gaón de Vilna e os "masquilim", isto é, os simpatizantes da cultura moderna.

Seja qual for a crítica que se haja podido fazer ao "hassidismo", este, segundo a opinião de Edmond Fleg, devolveu à alma popular o sentido profundo do divino que a casuística poderia ter lhe feito perder e deu à vida religiosa e social do judaísmo, nos dois últimos séculos, a forma de uma grande originalidade que inspirou a muitos escritores de valor.


ASHQUENAZIM E SEFARADIM

Concluindo, diremos algumas palavras sobre estes dois setores que formam o total do conglomerado judeu do mundo: ashquenazim e sefaradim.

Não o faremos analisando a estrutura destes dois setores como grupos irreconciliáveis, tal como fizemos com algumas seitas, das quais tratamos anteriormente.

Não excluimos a possibilidade de que em futuro próximo haja um franco entendimento entre eles, que afaste todo o germem da divisão.

Consideramos como muito provável, e nossa esperança marca esta direção, que ambos os setores se unam e funcionem num mesmo corpo. Nosso propósito é unicamente responder à nossa juventude, que a todo momento nos pergunta: "Que significam os termos ashquenazi e sefaradi?

Quando começou a cisão? Por quê razões começou? Como poderia chegar-se a uma junção entre os dois grupos? etc... etc...". É pois, para dissipar as inquietudes de nossa juventude que tratamos deste tema:

1.-Ashquenazi: deriva do termo bíblico "ashquenaz" (Gênesis, X 3), termo aplicado à Alemanha na Idade Média; é pois um adjetivo gentílico que se traduz por "alemão", seu plural hebraico é ashquenazim ou alemães, título dado ao setor representativo dos judeus da Alemanha, setor que na Idade Média estava representado pelos rabinos deste país.

2.-Sefaradi: deriva do termo bíblico "sefarad" (Obadia 1, 20), identificado como Espanha, o que prova que os profetas do exílio já tinham conhecimento de que um grande contingente de judeus expatriados por motivo da queda de Jerusalém havia se estabelecido na Espanha.

O plural de sefaradi ou espanhol é sefaradim (espanhóis).

Depois da expulsão da Espanha e Portugal, estes sefaradim dispersaram-se pela Turquia, Holanda, Itália, norte da África, etc.

Até a Idade Média, não parece ter-se feito, em parte alguma, menção de ashquenazim e sefaradim.

Neste período da história o pensamento judaico viu-se dividido em dois campos: de um lado, o rabinato do sul da França e Alemanha com Rashi, os tossafistas, Rabenu Guershon, Meier de Rotenburg, etc., que se consagraram unicamente à exegese da Bíblia, da Mishná e do Talmud; de outro lado, o rabinato da Espanha que com a exegese dedicou-se a cultivar a filosofia, a poesia, a gramática, etc.

Eram como dois corpos distintos formados sob condições de vida diametralmente opostas: o primeiro vivia perseguido e sob o feudalismo que apenas o tolerava, vivia sob o terror de expulsões intermitentes que paulatinamente transplantaram esse setor do judaísmo para Prússia, Polônia, Rumania, Galizia, etc.

Foi sob a influência rígida destes países que se forjou o pensamento escolástico e dogmático de suas produções e suas obras.

O segundo grupo vivia na Espanha em ambientes e condições extremamente favoráveis que lhe permitiam desempenhar um papel destacado em todas as atividades culturais.

De modo que, para diferenciar os que pensavam, escreviam e trabalhavam sob a influência do primeiro setor, chamou-se-lhes ashquenazim e aos do segundo setor sefaradim. Mais tarde, tanto um como o outro nome foram aplicados a todos os judeus dos dois setores.

Posteriormente estas distâncias no pensamento se ampliaram até chegar a diferenciar também algumas partes do mesmo ritual.

Por esta razão formaram-se dois ritos: Minhag Ashquenaz e Minhag Sefarad, que foram definitivamente instituídos, o primeiro pelos rabinos Simhá de Vitri e Moisés Iserles e o segundo por Rabi Amram Gaón e Rabi José Caro, respectivamente.

Fonte: http://colecao.judaismo.tryte.com.br/livro2/seitas.htm

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado

sábado, 10 de maio de 2014

atitudes sabias

TEXTO BASE Lucas.15: 11-32

INTRODUCÃO 

TEMA: ATITUDES SÁBIAS

Na visão do reino exigem atitudes sábias e atitudes de excelência, para que venhamos a crescer espiritualmente e dar bons frutos.

Iº Reconhecer que somente na casa do pai há fartura, há abundância. 

17. Há muitos cristãos que acham que a fartura está no mundo:
13. O filho estava trabalhando para o Pai.
No mundo há uma grande fome e miséria espiritual:
14. Quando nos afastamos da casa do Pai morremos espiritualmente.

IIº Levantar-me-ei: 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

AS DUAS MULTIDÕES EM QUAL VOCE ESTÁ?

TEXTO BASE LUCAS 7: 11-17

INTRODUCÃO

Depois de realizar um grande milagre na cidade de Cafarnaum, curando e libertando o servo de um centurião romano – pelo poder de sua Palavra, prossegue seu ministério de poder e vida, indo para em direção da cidade de Naim.

Naim – era uma cidade (certo pregador referiu-se a Naim, como o falecido esposo daquela mulher... viúva do seu Naim, dizia o pregador)

Naim – esta é a única vez que esta cidade é mencionada na Bíblia

Acredita-se que ficava situada ao sul da cidade de Nazaré, na Galiléia, próximo ao pequeno Hermom – da cidade de Naim se tem a vista da planície de Jizreel.

A mensagem que desejo vos pregar – parte da interessante cena:

Duas multidões: Uma sai da cidade acompanhando um funeral – Outra está entrando na cidade seguindo a Jesus – Lucas 7: 11,12

Estas duas multidões representam dois estados espirituais em que vive o mundo.

Estas duas multidões retratam o quadro atual dos dois grupos que divide-se a população do planeta Terra.

Estas duas multidões identifica duas formas de viver: Com Deus e sem Deus.

Estas duas multidões falam de dois grupos: o grupo dos desesperados e tristes e o grupo dos felizes e esperançosos.

Estas duas multidões nos revelam dois destinos: Céu e inferno....Vida eterna com Jesus e separação eterna de Deus.

Estas duas multidões ensinam sobre duas maneiras de vida: Uma com Jesus....outra sem Jesus...Duas Multidões – Em qual delas voce está...

I. UMA MULTIDÃO SEGUIA A MORTE E A OUTRA MULTIDÃO SEGUIA A VIDA

O perfil da multidão que seguia a morte:

a) A multidão que seguia a morte fazia coro de tristeza e lamento com a mãe chorosa...estavam todos de luto...somente lágrimas, pranto e dor...

b) Cortejo fúnebre – é ambiente triste e melancólico. Ninguém sorri, ninguém jubila...Somente lágrimas pela perda...A morte assim faz.

c) Aquela mãe aflita, chorava copiosamente...Parentes e vizinhos tentavam consola-la...Mas, não havia recurso...Estamos indo para o cemitério e lá deixarei meu filho único...

Como é grande a multidão que segue a morte:

Pv 16:25 Há caminho que parece direito ao homem, mas, o seu fim é caminho de morte.

Caminho de morte é o caminho da incredulidade – Jo 3: 16-18 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigenito, para que todo aquele que nEle cre, não pereça, mas tenha a Vida Eterna.

Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

Quem cre nele não é condenado, mas quem não cre já está condenado, porquanto não cre no nome do Unigenito Filho de Deus.

Caminho de morte é o caminho do pecado – Rm 6:23

Eu decido o caminho que devo andar...Veja por quais caminhos andou o filho pródigo – Lc 15......Mas, um dia mudou de caminho....

Caminho de morte é o caminho do desespero – Ef 2: 12 Naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos ao conrcertos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo

A multidão que seguia a morte ia triste – Mas, a multidão que seguia a Jesus, seguia a vida

Pv 8: 35 Porque o que me achar, achará a Vida e alcançará o favor do Senhor.

Jo 1: 4 Nele estava a Vida, e a Vida era a Luz dos homens
Jo 6: 47,48 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que cre em mim tem a vida eterna. Eu sou o Pão da Vida.

Jo 14: 6 Eu sou o caminho, a Verdade e a Vida

Jo 10: 10 O ladrão não vem senão a roubar, matar e a destruir.

Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundancia.

Saia hoje depressa, da multidão que segue a morte – Venha fazer parte da multidão que segue a Vida – porque segue Jesus.

Imaginem a cena – O rapaz é ressuscitado por Jesus. Já imaginou o coveiro impaciente...- E este defunto que não chega nunca....Abri cedo a sepultura para enterrá-lo...e o féretro não chega....

II. UMA MULTIDÃO SEGUIA UM SONHO QUE SERIA SEPULTADO, A OUTRA MULTIDÃO SEGUIA O SENHOR QUE REALIZA OS SONHOS

Lucas 7: 12 E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva...

Um dia aquela mulher sonhou em casar-se – Se casou. Sonhou tantas coisas com seu esposo... Mas um dia, aquele sonho morre (fica viúva)

Mas, eles tiveram um filho (único filho) – E, agora aquela viúva concentra todas as suas esperanças naquele sonho (meu filho) – certamente o rapaz era o arrimo da familia. (mas, de repente – aquele sonho também morre)

Ilustrar: (Estou a caminho do cemitério – sepultar os meus sonhos)

Ilustr: (Uma vez fui tomado por profunda reflexão – estando certa vez em um cemitério – Olhava os mausoléus e jazigos... – Disse:

Meu Deus, quantos sonhos e projetos não realizados que aqui estão sepultados...Quantos tesouros aqui guardados para sempre que o mundo nunca conheceu...)

1• Voce sabe o que significa a palavra EPITÁFIO...

Dicionário Aurélio: Inscrição tumular

O último cartão de visita de todos nós – o cartão tumular.
Que jamais no nosso esteja escrito: Sepulto aqui comigo todos os meus sonhos.
Sabe qual é o epitáfio do apóstolo Paulo... – Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a Fé...

2• Pessoas podem sepultar sonhos

Ela não ia sepultar o sonho sozinha – Tinha uma multidão com ela para sepultar o sonho.

José era um sonhador, um visionário... Mas, os irmãos cheios de ódio e inveja planejaram: Vamos sepultar os sonhos dele...

3• Não seja um coveiro espiritual...sepultador de sonhos...

O filho chega para o pai e conta seu sonho de profissão...O pai com desdém lhe responde: Voce não presta pra nada...

Il. (No discurso da vitória do pres. 

Eleito Obama – quem viu a reportagem do Reverendo Jessie Jackson chorando...)
Ele chorou, lembrando do sonho de M. Luther King – I HAVE A DREAM... Eu tenho um sonho!

Na viagem desta vida – Faça como fez Jacó – que levou Quatro coisas na sua bagagem: (Genesis 28: 10-17)

1º.) Jacó levou a capacidade de lidar com pedras – Discernimento e paciência

2º.) Jacó levou azeite consigo na viagem – a unção do Espírito

3º.) Jacó levou o coração de um adorador – fez um altar

4º.) Jacó levou a capacidade de sonhar – sonhou com uma escada

Enquanto a multidão triste e frustrada ia para o cemitério sepultar o grande, único e último sonho daquela viúva pobre – A outra multidão alegre e festiva seguia o Deus que realiza sonhos. Sabem por que...

Fazia parte daquela multidão – gente que sonhou em enxergar e agora estão vendo.

Gente que não andava, eram coxos e paraliticos....e agora estão andando e pulando. Gente que sonhou em um dia ser feliz – e agora cantam a felicidade em Cristo....Aleluia !

O mais lindo desta história – É o encontro das Duas Multidões – v.13-17

• O Senhor que ressuscita sonhos fez o milagre por etapas:

1º.) Ele consola - Não chores – Lc 7: 13

2º.) Ele nos toca com poder – Lc 7: 14

3º.) Ele para os que estão indo sepultar nossos sonhos – Lc 7: 14 (obs..)

4º.) Ele ressuscita os sonhos – Lc 7:14

Com razão canta a irmã Ludmila Ferber:

Se tentaram matar os teus sonhos

Sufocando o teu coração

Se lançaram você numa cova

E ferido perdeu a visão

Não desista não pare de crer

Os sonhos de Deus jamais vão morrer

Não desista não pare de lutar

Não pare de adorar

Levanta os teus olhos e vê

Deus está restaurando os teus sonhos

E a sua visão!

III. UMA MULTIDÃO SAÍA DA CIDADE, A OUTRA MULTIDÃO ENTRAVA NA CIDADE

A multidão que sai da Cidade (ou melhor dizendo – que não entrará na cidade):

1 Co 6:10 Não erreis, nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bebados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus. (Almeida Revista e Corrigida)

Ap 21: 8 Mas, quanto aos covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos – o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte. (N.V.Internacional)

Ap 22: 15 Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e aos homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.

(Almeida Revista e Corrigida)

1• O Encontro com Jesus – fez a viúva e toda aquela muldidão dar meia volta – e mudar o curso da viagem... Voltaram para a cidade

2• Conversão é meia volta – Lc 15:17 - E tornando em si (grego: metanoia)

3• Ilustr: (A conversão de meu pai – sua escravidão no pecado – um dia Deus lhe dá um sonho sobre o Céu, pouco tempo antes de sua morte...)

4• É melhor voltar e fazer parte da multidão salva pelo Sangue de Cristo que entra na Cidade – Ap 5:8,9................Ap 22:14

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado